quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Cidadãos romenos e búlgaros: a Alemanha e a França estão enrolando alguém.


A Alemanha e França vedaram a entrada da Bulgária e da Roménia no Espaço Schengen. Concretização: impedimento a livre circulação de pessoas.
A abertura dos mercados da Bulgária e da Roménia não foi considerada prematura. A circulação das pessoas é considerada. Esta é a União Europeia que se vai construindo. Uma União que às vezes gosta de lembrar: "atenção que somos uma união de dinheiro e de mercados, não de povos! E os cidadãos pobres que fiquem onde estão!".

Triste, triste, triste, essa união onde os mais fortes fazem o que querem e os mais fracos ficam a ver. Alguns do outro lado da vedação.

suspenso nas festas

Arrumar coisas. Tudo suspenso, no meio do vinho e da madrugada. Ressaca e alegria, ainda que compliquem, facilitam a época, adversa a compromissos - para todos. Quem está atrás do balcão deseja, tanto como o requerente, a paz do Natal e das suas festas. Os dias que andam devagar. As gavetas que se enchem. Os assuntos que se escondem até 2011.
Presentes. E o Natal junto.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sobre pinturas

Umas bestas com um spray na mão. Sim, quem escreveu na fachada da Igreja São Vicente de Fora e na frente da Sé, que a Igreja e o SEF são iguais para os imigrantes, é porque não tem noção nenhuma da realidade. Aliás, aconselho um passeio por este site. A igreja é mais progressista do que muitos em matéria de migrações. Pessoalmente, tenho um respeito muito grande pela Obra Católica Portuguesa das Migrações. Aliados de peso para os imigrantes em Portugal, sempre que foram solicitados. Assinaram vários documentos, como este aqui... E não é só discurso. É real.
Outras (as mesmas? espero que sim! pelo menos seriam menos assim...) bestas com spray na mão escreveram também pela Graça: CGTP e PSP - a mesma missão: controlar e punir, ou algo desse tipo.
É uma espécie de sectarismo irresponsável, inconsequente, insultuoso e completamente abstraído da realidade... Nada mais. Nem ia escrever aqui... Mas me fere a vista todos os dias isso...

Cultura e cidadania

Em primeira mão, como sempre... Talvez tenha uma ou outra alteração, mas o caminho é mais ou menos este. Num Sabiá cantando perto de si...
Sempre que um fim de ano chega, na Casa do Brasil se ouvem com frequência as palavras balanços, análises, planos, projetos. Reflete-se sobre o ano que passou e planeja-se o futuro. Assim é, porque numa associação, numa coletividade, num centro de reunião e de comunhão de esforços, de interesses, de convívio, as pessoas que dela fazem parte devem discutir o que se fez e devem perspectivar o futuro.
Essa apreciação e essa planificação são consideradas essenciais na CBL. E acredito que uma das razões para a nossa associação manter uma presença viva e uma linha de coerência após tantos anos de existência, é a capacidade que tem de agregar pessoas, discutir idéias e respeitar e interagir com os seus associados. Cada pessoa tem sempre algo para acrescentar e tem as portas abertas. Pretendemos que a nossa associação seja mesmo nossa, que seja um trabalho conjunto de associados, sabendo que isso só resulta bem, se houver abertura de quem dirige e interesse dos associados em participar.
Gosto de tentar sintetizar o trabalho que nos empenhamos em fazer na CBL, com duas palavras-chave: cultura e cidadania. O que fazemos diariamente na nossa associação está muito ligado à interpretação do que queremos para uma cidadania plena, o trabalho que fazemos para garantir a cidadania das pessoas, do que julgamos importante para uma sociedade de encontro e troca de culturas, de interculturalidade, e uma cultura de cidadania e de participação.
Aliás, participação, estabelecimento de entendimentos, plataformas e redes, é algo que também tentamos cultivar. É de assinalar a excelente participação da CBL na III Conferência “Brasileiros no Mundo”. Carlos Vianna foi o artífice de um consenso alargado de associações brasileiras no mundo, em redor de um documento com importantes reivindicações centradas em dar mais voz aos brasileiros no exterior.
Associadas/os e amigas/os, um desejo de um Feliz Natal e um excelente 2011.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Xutos

Assim como no Brasil tem o Barão Vermelho, Portugal tem os Xutos e Pontapés. É a melhor forma de explicar para um brasileiro sobre qual é a banda de Rock 'n' Roll daqui.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Sobre tempo

O melhor que se pode querer é estar à frente do tempo. Para não se sentir falta dele.

dnA won I am

Já está ali nas músicas o myspace dos I am sonic rain. Muito boas as canções. A começar pelos seus nomes malucos. Excelente.

Le cool


Não costumo colocar as entrevistas aqui, mas essa - para a Lecool - foi tão boa de responder que não resisto a partilhar.

Gustavo Behr é Presidente da Casa do Brasil de Lisboa
Há quanto tempo em Lisboa? E como veio por cá parar?
Estou em Lisboa desde 1988. Vim ainda criança, acompanhando a minha mãe que vinha fazer o doutoramento dela aqui. O que era para ser temporário transformou-se num novo lar.
Como se envolveu com a Casa do Brasil?
Já conhecia a Casa do Brasil, de algum tempo. Mas quando acabei o meu curso procurei a Casa do Brasil para ver no que podia ajudar. Inicialmente ajudei dando apoio jurídico a brasileiras e brasileiros. Depois tive a felicidade de integrar a direcção.
Para já, explique-nos quais são as principais funções da Casa no contexto Lisboeta e como ela surgiu.
A CBL surgiu em 1992 mais vocacionada para a área cultural, debates e intervenção cívica. Com o passar do tempo ela se consolidou da forma que é hoje. Tem 3 vertentes: cultural; de apoio aos cidadãos e de intervenção política. A intervenção fundamenta-se sempre nas questões que vamos ouvindo dos nossos associados que nos procuram; suas preocupações e seus anseios. Fazemos chegar as suas preocupações às autoridades portuguesas e brasileiras.
Como contextualiza os brasileiros em Lisboa?
Os brasileiros são a maior comunidade de imigrantes em Portugal. Tal como os migrantes de outros países, são pessoas que vieram para Portugal para exercer uma actividade profissional e em busca de melhores condições de vida ou realização pessoal. Actualmente, os brasileiros trabalham sobretudo na restauração, serviços e, quando há, na construção civil. Os brasileiros integraram-se muito bem em Lisboa.
Qual a importância desta comunidade para a cidade?
Lisboa, desde sempre, é conhecida por ser uma cidade cosmopolita, de encontro de culturas. Os brasileiros trouxeram a sua forma de ver as coisas, trouxeram o seu trabalho, a sua cultura. Todas as cidades ganham com a diversidade cultural e com a vontade que os migrantes trazem na bagagem. Os portugueses sabem isso, aliás. É um povo habituado a migrar e a levar a sua força para outros pontos do planeta.
Pensas que os brasileiros são bem recebidos na cidade? Acha que há algo a mudar?
Penso que são bem recebidos de uma maneira geral, Lisboa é tradicionalmente uma cidade que recebe bem os imigrantes que se encontram aqui. Como já disse, Lisboa é uma cidade que desde o seu nascimento tem uma nota forte de diversidade cultural, de convivência dos povos. É evidente que sempre surgem alguns problemas e que ainda há coisas a mudar, a melhorar, mas acredito que isso vai sendo feito.
Sobre a Casa do Brasil, que ganhou um novo espaço, como a partir de agora ela pretende contribuir para a difusão da cultura brasileira em Lisboa?
Com este novo espaço a Casa do Brasil ganhou um novo fôlego para as suas programações culturais, que tem o objectivo de mostrar o Brasil em Portugal, Portugal aos brasileiros e ter uma aposta muito forte na interculturalidade. E temos procurado fazer várias actividades culturais em parceria com outras associações e entidades.
A casa nova chegou com uma programação intensa. Mais projectos para adiantar?
A Casa do Brasil está a definir diversos projectos para 2011.
A nível cultural assentarão na divulgação do Brasil em Portugal, através de exposições, cinema, debates, lançamentos de livro. E muitos projectos já estão inclusive em curso. No campo do apoio aos brasileiros em Lisboa também estamos a trabalhar para melhorar os serviços. Destaco o gabinete de psicologia, que pretendemos implementar rapidamente.
Mantemos as nossas actividades actualizadas no nosso site [ www.casadobrasil.pt ] e no Facebook.

RA2010

Antes foi lembrar do Brasil-Portugal.

Ganda festa

Ganda festa foi a Festa do Trabalhador, em 1 de Maio.
Coisa boa de fazer balanços - tipo relatório de actividades - é lembrar momentos bons e revivê-los. Mesmo que seja só para dizer "ganda festa!", "a melhor de sempre!", ou coisas do género.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Imperdível

Familiares afastados dos UP

É esquisito encontrar familiares dos Understood Project. Quando compusemos/compomos as músicas, nunca pensamos se vamos ser parecidos com isso ou aquilo. Isso, que seria altamente limitador, sequer foi alguma vez objecto de discussão, ainda que abstracta. Apesar de já termos tentado enunciar o que tocamos. Bom, o certo é que estava na Last.FM e caiu-me nos ouvidos lost (aí em cima) e vislumbra-se lá pelo meio as minhas guitarras, as do jota e até alguma batida do zumbie, dentro das devidas proporções. Isso também pode ser uma idealização, mas talvez a questão seja a do espírito da música. Só por não conhecer anteriormente é que não se pode chamar influência aos Somniaferum, apesar do restante repertório ter algumas coisas bem diferentes de up.
Uma nota final. Quando ia ouvindo lost ia pensando e desejando que ele não cantasse para confirmarmos parentesco mesmo.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Esses amigos não estavam nas contas

Que pena, estava confiante com mais uma felicidade que o colorado me ia oferecer. Mas, com muita propriedade, o Inter pode dizer: não se pode ganhar sempre!

os transistores e os plugs

Toquei num amp diferente - de transistores - conforme disse o kazooman*. O primeiro amp da noite, de válvulas (?), tinha uma coisa estragada (fazia semanas que tinha um problema, mas esse amigo quis me ajudar). O cara disse, muito entusiasmado: vou lhe trazer um amp com transistores. Vai notar a diferença e vai ficar agradado. E eu fiquei, claro, como ficaria com o outro. Depois ele me explicou uma montanha de coisas técnicas sobre o amp. Como fazer e não fazer. Fiquei satisfeito com o som, mas não entendi nada de nada do que ele estava dizendo. Nem queria entender. Só queria saber onde o plug se enfiava, onde era o volume e que ele fosse embora da sala para eu mexer e experimentar. Aliás, no momento que ele plugou a minha guitarra, eu tinha desplugado a minha atenção nele.
* gajo do estúdio kazoo

Talvez o contraste

A teoria da corda partida é mentirosa. Ontem o mizinho se quebrou e o ensaio não foi muito bom. Mas, com a rodagem, estou trocando cordas e as afinando em menos de 5 minutos. Foi engraçado e deu para rir. Antes de ontem um ensaio que acabou em promessas de gravar. Ontem um ensaio muito menos bom. Pode ser o contraste, é verdade.
Começamos a trabalhar requiem num fim de tarde. Open your mind foi muito mau. Trabalhamos também o fim de flyin, que está simpático. Além das outras, que tocamos todinhas. Ah, eclipse melhorou muito.
Talvez seja o contraste.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Eclipse

Apesar de não ter rolado o morfing com bujas* para todos, o TV e o Zumbi estiveram ouvindo as canções antes do ensaio. Foi boa ideia. Já se entra mais organizado. Vai ganhando corpo a ideia de gravar as músicas, já que o traidor irá viajar por meses. E escreveu-se a palavra concerto também num mail. O jotasound parece que ganhou nome: eclipse. Dizer ainda que quando uma corda se parte, parece ser sempre bom sinal*. O ensaio de ontem foi muito divertido e com músicas bem tocadas.
* comer (morfar) e beber cervejas (bejecas?);
* e não um desastre quando por uma qualquer intuição se leva cordas, depois de muitos ensaios sem levar sobressalentes.

Wikipensamentos

"Afinal todas as teorias da conspiração sobre um monte de coisas é possível."
Pensamentos plausíveis de quem vai lendo as notícias sobre os conteúdos das escandaleiras que o Wikileaks nos permite conhecer.

000's

Compras no Arrastão

Fui "às compras" no arrastão.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Lula - Assange e Palestina

Lula protesta contra a prisão de Assange e o governo brasileiro reconhece o Estado da Palestina com as fronteiras de 1967. Apesar do mandato estar no fim, Lula* continua afirmando o Brasil na política internacional, com uma visão progressista. Sem medos, com muita convicção e com a auto-estima de quem criou a sua própria força. Dilma, olhe para Lula.
* E um bom ministro no MRE: Celso Amorim. Antônio Patriota olhe para ele.

mva e a ar

Quando li pensei: também tu MVA. Claro que é um também tu atendendo funções, circunstâncias, experiências e motivações. E um também tu distante, não por qualquer embirração ou crítica. Acho que o MVA cumpriu o seu papel: ajudou na luta pelo casamento entre pessoas do mesmo sexo e no procedimento de mudança de sexo no registo civil. A partir daqui, na minha perspectiva, só o apreciaria se começasse a ser uma voz constantemente crítica com a sua própria bancada (como foi aqui).

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

um sentido

Outro bom momento, ainda do dia 9: encontrei os meus fones perdidos! Recuperei um dos sentidos!

what makes us so uncommon

Agora ouço the echelon effect - a música what make us so uncommon - que depois deste post vai juntar-se às músicas da aldeia.

moscatel, espaço e vida

Um moscatel doce ajuda a fazer um balanço do dia de hoje. Toca citizens of the empire no computador. O dia que ficou para trás foi um dia de trabalho - técnico, político e associativo - e um dia de afectos. Agora que o jogo das despedidas está mais ou menos oficializado, vou entendendo, cada vez melhor, que a pertença pode ser tão ampla como duas margens. E percebo que, felizmente, existem óptimas razões para ir e óptimas razões para voltar. Óptimas razões para assumir que é bom deixar sementes florescendo em várias margens. Acho que é mesmo essa a condição correcta. Com muita sorte cria-se uma ponte e o espaço passa a ser muito mais relativo.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Catão e Aníbal

Com o olhar grave e perdido em algum ponto da parede, Catão disse a Aníbal: Carthago delenda est. Não percebo nada, lhe respondeu Aníbal, Não podes falar em uma língua viva? Posso, disse Catão, ceterum censeo carthaginem esse delendam. Aníbal olhou para Catão com chamas nos olhos. Mas não ia pedir para repetir em outra língua que não o latim.
Catão, fazendo uma careta para manifestar o seu incómodo sobre as vestes de uns jovens que passavam, respondeu ao olhar: Aníbal, não me chateies com isso agora. E atenção que a fila para comprarmos os bilhetes está andando. Mexe-te.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Aníbal: parte III

Sim, Aníbal, só 600 anos depois de tu andares lá perto um comandante de uma força não romana conseguiu invadir Roma. Alarico, um visigodo. Ah, pois. Nem sabes o que é um visigodo. Isso aconteceu em 410. O que desperdiçaste foi um verdadeiro choque quando no futuro aconteceu. Bom, e Roma tinha sido, entretanto, muito mais do que podias imaginar no teu tempo.
Ui, queres saber sobre Cartago? Pergunta a um romano o que aconteceu. Ou melhor, pergunta a Catão, o velho.

Eleições coloradas

A nação colorada está votando.

Aníbal: parte II

Aníbal olhou profundamente para os olhos do entrevistador. Pode repetir a pergunta?

pausa da millenium

Prometo deixar o pessoal em paz agora com a saga millenium por uns tempos.

mais millenium

Hoje também vi o segundo filme da Trilogia Millenium. Não gosto de dizer essas coisas... mas não resisto, desta vez.
Os filmes, que são baseados no romance de Stieg Larsson, são uma simplificação grande dos livros, que são cheios de histórias. As personagens e os factos são muito trabalhados nas páginas. Há muitas histórias cruzadas, detalhes das personagens, que têm características muito marcadas. O leitor até vai adivinhando algumas dificuldades ou não em função do conhecimento que adquire das figuras. O livro é muito mais do que um filme de acção. Se bem que algumas partes se convertem num grande filme de acção sim...
Eu sou um pouco suspeito de falar isso tudo porque vivi muito os livros... E nem sempre consigo isso, que considero uma sorte. Bom, mas não quero destruir o filme ou dizer mal. Acho que sim, que devia se tentar fazer. Passei bons momentos vendo o desenrolar da acção. Penso é que ia precisar mais horas de filme para cada um dos livros. O melhor mesmo é ler e avaliar, quem queira cair no vício...

Inside Job


Inside Job é um documentário imperdível. É um banho de realidade. Devia passar nas escolas. Mostra como as coisas são piores do que pensamos e que estão para durar, se não fizermos nada.

Aníbal: parte I

A pergunta para Aníbal seria: Aníbal, sei que passou muito tempo, mais de 2000 anos, mas até hoje ninguém entende porque não marchaste sobre Roma com as tuas tropas. Podes explicar?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

61

61 posts em Novembro é um record da Aldeia Blogal. Nunca tinham nascido 61 posts num só mês. Pensaram que eu deixava escapar isso?
Parabéns aos poucos leitores, que mesmo assim, com tantos posts chatíssimos, arrumam paciência para vir aqui.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Livros: últimos

Asilo, Imigração, Nacionalidade e Minorias Étnicas - Feliciano Barreiras Duarte;
Regime Jurídico Comparado do Direito de Cidadania - Feliciano Barreiras Duarte;
Código Civil Anotado - Abílio Neto.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

hip ret

O que salta à vista com as denúncias de Wikileaks é a hipocrisia retórica de um espaço civilizacional que se pretendia detentor de práticas que seriam diferentes de outros regimes. Agora sabemos melhor o que já sabíamos: que, a ser diferente, é tão-só e apenas uma questão de escala e de maquilhagem.

Ten Words

Andei para aqui, tentando escrever um post. Não conseguia escrever muito, apesar de ter usado muito vocabulário. Depois, vi que tudo podia se resumir em ten words. Um bom instrumental nos dispensa da formalidade da palavra.

The end

Ontem terminei a trilogia Millenium. Acabei a rainha do castelo de ar. Comecei a ler os livros de Larsson em meados de Agosto.
Felizmente não ficam pontas soltas! Estava ansioso com isso. Quando achei que o livro estava terminando aconteceram coisas! Pensei "queres ver que isso fica sem solução? O que será feito de mim, com essa dúvida?". Mas não.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

palavras

Gostei da palavra intervalo. É conveniente, verdadeira, flexível e humana.

Gran Torino


Gran Torino é um filme emocionante e que revela aspectos muito verdadeiros da vida. Mostra como as pessoas podem ser contraditórias no discurso e na acção. E de como as acções valem mais do que as palavras.
É por aí que vai a minha análise, para fim de conversa, ou intervalo (em muitos mais sentidos do que se possa pensar). No entanto, sei que terá de haver mais desenvolvimento. Não sei se saberei concretizar melhor.

Balanços

Quando responder por escrito para uma entrevista é um verdadeiro balanço sobre a própria vida, Lisboa, trabalho, expectativas e metas.
Ainda faltam duas perguntas.

uma nova


Ontem tivemos ensaio dos UP. Foi uma surpresa. Não era para haver. O TV veio com um baixo diferente para poder chegar a horas, minutos depois de ter chegado do norte.
Trabalhamos numa música nova, do JP. Bells e Flyin ficaram mais soltas. Aliás, tocamos "a melhor flyin de sempre" segundo as palavras de um dos integrantes da banda, que também escreve no blog aldeia blogal. A diferença, simplesmente, foi uma terceira volta, de improviso, com uma sonoridade muito mais relaxada.
* na imagem: um dos logos dos understood project.

filmes do findi

No Sábado vi dois filmes de muito amor. Revi lost in translation (tirando os primeiros quinze minutos) que se enfiou como uma excelente surpresa no meu zapping de Sábado à tarde. E vi José e Pilar.
Vi lost in translation em 2004 - a primeira e única vez eu acho. É um filme de silêncios cheios de palavras. De hesitações, reflexão e pensamento. Fiquei muito impressionado. Lembrava que era super bom e significativo. Não esperava que a sensação manter-se-ia tão forte. E não escrevo mais por respeito a quem não viu.
José e Pilar está no mesmo patamar, com o detalhe das personagens serem reais (e talvez haja personagens reais de lost in translation, só que com outros nomes). E dá toda uma imensa saudade de Saramago. Como ele faz falta, como fazem falta os seus livros também.

Do outro lado

Aquele passo que tinha de dar. O pé pendia no ar. Equilibrava-se, num equilíbrio artificial. O corpo mantinha-o no ar, mas cansava-se e perguntava: porque não pisas o chão em frente e pronto? O pé não sabia responder. Sexta o passo foi dado. Na verdade já tinha sido dado. Mas foi pisado. Com esse passo vem todo um caminho junto. E não, o passo não foi na lua. Foi em dois chãos. O que está em frente e o que está para lá, do outro lado.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Lisboa antes

Estou com muita vontade de ir ver como Lisboa já era linda antes de ser linda como é hoje.
No museu da cidade: Lisboa antes do grande sismo de 1755. E aqui já há um aperitivo.

Greve geral!

Foi greve geral. 3 milhões em Portugal não foram trabalhar, em protesto contra as políticas de austeridade. A ministra do trabalho disse que a adesão foi entre 5% e 95%. Os sindicatos falam em 85%, o Governo em 29% de adesão. Ao fim da tarde na Praça da Figueira muita gente se reuniu para ouvir um belo concerto na festa das/dos trabalhadoras/es.

É ouvir

Quando o sol bater
Na janela do teu quarto
Lembra e vê
Que o caminho é um só

Porque esperar
Se podemos começar
Tudo de novo
Agora mesmo

A humanidade é desumana
Mas ainda temos chance
O sol nasce pra todos
Só não sabe quem não quer

Quando o sol bater
Na janela do teu quarto
Lembra e vê
Que o caminho é um só

Até bem pouco tempo atrás
Poderíamos mudar o mundo
Quem roubou nossa coragem?

Tudo é dor
E toda dor vem do desejo
De não sentimos dor

Quando o sol bater
Na janela do teu quarto
Lembra e vê
Que o caminho é um só

Felizmente há rock, existiu (e existe em nossas cabeças) Legião e existe Barão.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

GPS

Com algumas palavras o muro ficou muito mais vulnerável e se abriram nele várias portas. Um mapa surgiu do chão. E luzes e sinaléticas de várias formas foram colocadas nas estradas. Com sorte ainda aparecerá um gps. Talvez nem seja preciso tanto. Mas sim, é bem vindo.

JSLX2010 e mais um telegrama meu

Foi bom vê-lo, mas houve problemas com o som. A guitarra dele estava muito alta em algumas músicas. Em certos momentos era um desperdício ver o teclas e o guitarra ritmo tocando. Simplesmente não se ouviam. Era como se não existissem, a não ser as suas figuras ali se mexendo ao som da música.
Adorei ouvir god is crying (tocou às 23:03). Muita energia. E why também foi um grande momento (23:19).
Foi o fim da tourné (se escreve assim?). O de 2008 foi o primeiro show. Fez diferença.
Achei que o "guitarra ritmo" estava com cara de cansado ou estava zangado. Sentou-se e tudo quando não tinha de tocar. Mas isso até humanizou o show. Achei bacana entender que havia ali uma coisa esquisita.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Telex

E agora chega de posts telegráficos. Nunca teria lugar nos Ladrões de Bicicletas.

JSLXCP

Hoje toca o Joe Satriani no Campo Pequeno. Sexta é que lembrei que ele vinha cá e que eu tenho o bilhete. É a primeira vez que vejo um concerto ali.
Uma praça de touros só devia servir para shows musicais. Falo em tauromaquia e lembro de umas coisas sobre IVA. Isso está mau.

Não quero relacionar uma e outra sigla atenção

Interessante.
AIDS (sigla inglesa) é usado no Brasil e SIDA (sigla portuguesa) é falado em Portugal. Uns se riem dos outros por falarem do outro jeito.
OTAN (sigla portuguesa) é dito no Brasil e NATO (sigla inglesa) é o mais comum de usar em Portugal. Uns acham esquisito a forma dos outros dizerem.
Moral da história? Haverá?

Antes tarde do que nunca

Isso foi um grande acontecimento esta semana: Papa Bento XVI admite o uso do preservativo para travar a Sida. Quantas mortes se evitarão? Quantas podiam ter sido evitadas?

Larsson: escrevam mais

Sobre filmes também, confessar que acho que me considero um gajo de sorte por não ter visto no cinema "Os homens que não amavam as mulheres" antes de ler os livros do Larsson. É que a trilogia Millenium tem sido uma grande companhia e estou preocupado com o seu fim próximo. Difícil achar livros que nos monopolizem o pensamento enquanto os lemos. Se tivesse visto o filme acho que não teria lido nenhuma linha da trilogia.
É evidente que verei o filme a seguir. Tenho pena que seja uma só película para toda a trilogia. Pelo menos foi o que me disseram. Nem sei como foram capazes, diga-se. A história do caso Wennestrom parece-me tão independente do resto. Mas não precisam me explicar antes de eu ver.

Potter: dividam mais

Ontem vi o sétimo episódio de Potter, no cinema. Felizmente o filme está dividido em dois, porque assim ainda não acabou. Gostei do filme e já não lembrava muito bem do livro. Depois de um tempinho é que comecei a lembrar dos horcruxes, por exemplo. Acho que isso é bom.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

the sea and the rocks

Descanso, guitarra, leitura, guitarra, tv, guitarra, janta, guitarra. Depois das 17hs, apesar da cimeira da Nato, minha estada em casa foi de absoluta paz.
Saiu the sea and the rocks. Guardei uma versão, para não me esquecer, aqui. E isso é tão verdadeiramente bom quando acontece.
Tem uma parte de sea que eu andava tocando bastante. Eu estava um pouco obcecado com os acordes. Na música este momento ficou pouco representativo, mas foi o que me inspirou. A parte do segundo efeito saiu enquanto atinava com o próprio efeito. Queria meter uns ecos sem distorção. Demorou a se resolver esse problema, mas valeu a pena. Quando esse trabalho acabou, havia nascido, espontaneamente, a segunda fase da música.

A pergunta que não quer calar

os senhores da guerra na cidade mais linda da península ibérica

Rótulos

Pouco importa o rótulo, como é óbvio. O que importa é o som. Pensei isso quando li "instrumental post rock". Isso de podermos chamar às coisas o que nós quisermos, a criatividade, a não limitação de nada com padronizações excessivas é um património a ser preservado, uma reserva de liberdade.*
* Por favor, não é para explorar contradições nisso, apesar de haver muitas.

Sobre acórdãos

Um acórdão engraçado e interessante para cara*.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

This will not destroy you, citizen of the village

Gostei tanto de ambas que já coloquei Citizens of the Empire e This will destroy you nas músicas, além de ter criado as respectivas listas no Youtube. Adoraria encontrar os cd's.
Instrumental post-rock band. Será que é assim que tinha de chamar uma banda que conheço?

Citizens of the Empire

Não conhecia, apesar de parecer-me tão familiar... Certo é que há alguém que podia ter composto as minhas "Sombras" e "Peace of me". Pelo menos eu acho muito similar a onda.
E sigo na temática: músicas bonitas com nomes assustadores.

Escudo de paciência

A melhor forma de ultrapassar o pensamento no trabalho que se vai ter, é concentrar-se no que se quer atingir. E dividir tudo em pequenas partes. Apesar de tudo ser uma chatice, é preciso esquecer isso e tratar tudo como se fosse um procedimento de conversas e diálogos que, de uma forma ou de outra, vai ser resolvido. E aquele escudo feito de paciência (com a burocracia, connosco e com os outros) é mesmo preciso tirar do armário.

Obrigadinho

Os hotéis 5 estrelas estão todos vigiados. Impressionante. Passei perto do Penta (ou ex-Penta) e do Ritz hoje de manhã, quando vinha da UCP.
E o meu futebol de Domingo de manhã foi ao ar por causa destes amigos que estão cá em Lisboa, que fecham ruas e espaço aéreo (!).

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Eu acho que esse remédio é mesmo um remédio, apesar do nome da canção

Graças à Last Fm esta jóia em meus ouvidos.
Encontrei 7 músicas geniais deles no Youtube.

A nata da Nato

Gostei do post do arrastão suspenda-se a democracia. E também da pergunta do José Castro Caldas: porque não vão reunir numa ilha ou num porta-aviões?
Sobre a Cimeira da Nato em Lisboa há muitas coisas que dizer:
1) De início reflectir sobre a intoxicação que alguns meios de comunicação social querem fazer (e devem estar conseguindo) de que isso está tudo em risco e que os anarquistas vão dar cabo de tudo durante a cimeira. Um lixo televisivo que passou num telejornal outro dia mostrava um treino de intervenção da policia, onde à saída de um metro uns "manifestantes" punham tudo a ferro e fogo. Com o detalhe de propagarem gases tóxicos (que era para mostrar um polícia equipado com um equipamento especial para isso) na estação de metro onde circulavam sem qualquer protecção;
2) Pensar sobre a colagem que querem fazer entre manifestantes e anarquistas;
3) Considerar um ultraje para a cidade de Lisboa terem criado zonas de circulação e uma espécie de zona verde lá para o lado do Parque das Nações. A Nato veio aqui para mostrar como a nossa cidade pacífica pode ser toda retalhada quando os donos do mundo e detentores do armamento mundial aparece aqui. Não, não fui lá. Nem quero ir;
4) Também acho nefasto este convívio com este medo da violência que estes senhores trouxeram. Nunca tinha visto Lisboa com este tipo de receios. É novo isso por aqui. Nunca existiu. Nem sei como Lisboa embarcou nessa furada;
5) Por fim, repetir uma questão que faço todos os dias. Se são bons, se querem a paz, se querem libertar o mundo das tiranias, se querem o progresso civilizacional, porque estas pessoas se sentem impelidas a se trancafiar, se esconder, se fechar, não deixar as pessoas chegar perto, verem ameaças em todo o lado?

Satisfação matinal mais ao pormenor

Segunda-feira de manhã. Eléctrico 28. Pouca gente. Sossego.
Absolutamente imerso num livro do Stieg Larsson, que já passou da metade. O que significa que todos os acontecimentos começam a se precipitar e a história nos puxa para dentro dela.
Algo me acorda do livro, no Largo do Calhariz - que não é bem um largo, admitamos, mas gosta que lhe chamemos assim por algum motivo. Olho para cima e entra Lisboa pelos meus olhos adentro. Ao fundo, a cúpula da Basílica da Estrela sobressai-se na multidão de edifícios. E completando o momento, para tornar isso tudo mais inverosímel, apesar de verdadeiro, veio aquele aroma intenso a café moído. Alguém tinha comprado e o tinha carregado para dentro do eléctrico, de certeza.
Acreditem, se quiserem. Foi uma conjugação poderosa.

Entalpia

O Orçamento do Estado nos ensina muitas coisas:

Entalpia é uma grandeza física que busca medir a energia em um sistema termodinâmico que está disponível na forma de calor, isso a pressão constante. No Sistema Internacional de Unidades a unidade da entalpia é o joule (J), e esta grandeza é geralmente representada pelo símbolo H.

Quando expressa em função da entropia S, número de elementos N, e da pressão P - para o caso de sistemas termodinâmicos mais simples - a entalpia H = H(S,P,N) é, assim como o são as respectivas Transformadas de Legendre, a saber a Energia livre de Helmholtz F = F(T,V,N) , a Energia livre de Gibbs G = G(T,P,N) e a energia interna U = U(S,V,N), uma equação fundamental para os sistemas termodinâmicos, sendo então possível, a partir desta e do formalismo matemático inerente à termodinâmica, obter-se qualquer informação física relevante para o sistema a qual esta encontre-se vinculada.

Electricidade

As luzes que desaparecem do tecto se multiplicam pelo chão.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

On-off


É como um interruptor.
Liga-desliga.
Umas coisas ligam, outras desligam. Umas a gente repara que estão desligadas e ligamos. Outras, deixamos desligadas.
Poupança de energia.

Satisfação matinal

28, cheiro de café, Stieg Larsson, Largo do Calhariz, cúpula da Basílica da Estrela.
Oportunamente explicarei melhor. Se precisar explicar!

domingo, 14 de novembro de 2010

Livros: parte VI

Direito Fiscal, Soares Martinez, Almedina;
Compêndio de Leis do Trabalho, António José Moreira, Almedina, 1999;
Código de Processo Penal, Anotado e Comentado, Maia Gonçalves, 2001.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Greve geral contra a austeridade

É muito interessante ver como uma acção pacífica de convocação a uma greve põe logo o patronato de um call-center em grande alvoroço.

torneio

Nunca vi tantos cavaleiros juntos nessa época do ano.
Deve haver algum tOrnEio.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Invejas

A inveja é um sentimento horrível que puxa o mundo todo para trás. Faz as pessoas serem más, irracionais e desejarem o mal dos outros, ainda que o bem de um faça respingar qualidade e mais oportunidades para todos.
Enfim, ainda sobre o episódio de hoje: como seria bom ver algumas entidades funcionarem melhor quando se trata de coisas graves e não quando se trata de andar atrás de quem é pequeninho e está bem intencionado.
A pintura está muito bonita. Estamos a melhorar.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

melodias II

Em poucos minutos pode-se ganhar um dia inteiro.

Concreto e abstracto

Pequenas satisfações, não supríveis pelas grandes causas colectivas, permitem que o coração se mantenha no bom ritmo.

melodias

Umas músicas de domingo que continuam tocando na quarta.

Adiamento

Uma pausa por um dia na pressão, para voltar a perceber o que é um adiamento.

Livros: parte V

Manual de Direito Fiscal, Saldanha Sanches;
Guia dos Impostos em Portugal, 2002, Brás Carlos, Irene Abreu, entre outros.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

...

Vai ser giro.

Last e uma receita para trabalhar no OE

Voltei a assinar a Last.FM.
Só com o Youtube não resulta, porque não aparecem músicas que eu nunca tenha ouvido.
E pronto: já estou, de novo, com a minha querida rádio "new age ambient", levitando enquanto trabalho.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Ainda ontem

O ensaio correu particularmente bem. Tocamos Bells, Flyin, Tudo o que o vento traz, Open your mind (que em dois takes parece que já está arrumada) e Sex on fire (que está com os dias contados).
A principal coisa para os ensaios correrem bem não é técnicas muito refinadas ou muito profissionalismo ou metas ou qualquer outra coisa. O pessoal está todo na mesma onda. O ensaio tem de ser divertido e cada um está ali para tocar em conjunto e sair satisfeito. Talvez as super ajudem. E o som ontem estava muito bom. Nem sempre conseguimos um som bom, com os amps, instrumentos e mais a vontade de começar a tocar rápido.
Agora não sou só eu a assumir que felizmente somos uma banda com um som diferente e com uma proposta bem esquisita de explicar. De uma conversa resultou que todos nós não sabemos dizer aos outros muito bem o que tocamos. Ah e parece que vai crescendo uma ideia que os vocais vão ser mesmo dispensáveis. Para mim isso sempre foi mais ou menos assim. Talvez haja lugar para um gajo nas teclas. Bom, mas isso é nesta semana. Quem sabe na próxima semana mudamos todos de opinião. A ampla satisfação é efémera. É preciso valorizá-la.

Open your mind em versão UP 4

Ontem ensaiamos. Os understood 4. E fizemos uma versão de Open Your Mind. Open nunca tinha tocado com mais ninguém. Só tocava eu e o pedal, com um monte de distorção e eco.
Ficou muito bom. Cheia de energia, como a open é. Nossa quantas vezes já ouvi esta música no carro, na sua versão inicial.

sábado, 6 de novembro de 2010

Buying a New Post and a New Music

Uma discussão - pessoal - que adio sempre (e hoje vou adiar de novo) é sobre o lugar que reservo às letras nas músicas, quando estou perante uma criação instrumental que me atrai muito. Com, evidentemente, excepções de falta de qualidade elevada ou letras absolutamente desapropriadas em termos de mensagem. Ui, e as que querem nos doutrinar enquanto ouvimos? Ui, ui, isso então é melhor eu não partilhar, porque tenho umas opiniões um pouco politicamente incorrectas e talvez infantis, que dão apenas o lugar da história ou espaços muito contextualizados, a variadas manifestações de música doutrinária, de todos os tipos. Na verdade, somos como somos: perturba-me saber que estão instrumentalizando uma coisa tão avassaladora como a música para fins que lhe ultrapassam, não passando a música de um ponto de partida, um meio. Isso me irrita um pouco! :) Ui, um dia tenho de pensar mais sobre isso. Sei que é discutível o princípio. E, se com dificuldade o enuncio, logo de imediato me aparecem vários argumentos e excepções avassaladoras. É um debate.
E ainda há a discussão sobre a ideia, objectividade, subjectividade, abstracção, concretização. 1000 coisas que permitem pegar num título, numa música que cria um certo sentimento, um certo ambiente e ele te levar para outro lugar, apesar dos "detalhes" da prosa.
Claro está que se a prosa é também perfeita, daí temos tudo. Difícil isso né?

Buying New Soul

Hoje voltando da Casa do Brasil, passei na Fnac e comprei um cd de Porcupine Tree que vinha namorando faz algum tempo: Recordings, de 2001. A primeira música, que acho fantástica, se chama Buying New Soul. A letra é difícil, não sei se pessimista. Acho complicado o seu entendimento. Talvez não a queira entender*. Deve ter sido construída para isso mesmo. É bem abstracta, pelo menos. Por isso, fico só com o título. Muito apropriado. Não sei se é bem "buying". Em certa medida é. Uma nova alma que floresce precisa sempre de uma certa convicção que lhe dê legitimidade, que lhe confira meios de sustentabilidade. Se a vontade quisesse poderia lhe podar os galhos e as folhas, ainda que fosse uma vontade que fosse muitíssimo doída. Uma vontade de negação. Não é esse o caso.
Os Porcupine Tree editam uns tesouros do baú que são sempre coisa muito boa. Tenho outro cd de músicas antigas deles - On the Sunday of Life - de quando eles ainda nem sabiam o que iam ser, que tem outras preciosidades. O instrumental de Buying New Soul é uma síntese, também, de minhas profundas convicções musicais.

*ver post seguinte, que acabou roubando o que eu tinha escrito aqui.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

The first

O primeiro passo.

Quero repetir isso


Página não encontrada

Lamentamos, mas a página que estava a procurar no blogue Aldeia Blogal não existe.

Erratas

Uma errata que vale 831 milhões de euros, ao Orçamento do Estado, que tem um time enorme para ser elaborado, que toda a equipe sabe que há uma data para entrar - porque é sempre no mesmo dia - relativiza qualquer erro que tenha visto na vida inteira.

A pasta

Até agora tudo é um quase começo.
Uma pasta ali no Windows Explorer que ainda não abri. Que olho, penso, pondero. Que sei que vou abrir, mas observo. Que sei que quando abrir vou ler e tratar de tudo o que está lá dentro, com muita motivação.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Uma nova energia

O editorial do próximo Sabiá:
Uma nova energia
Com a nova sede, achava-se que a Casa do Brasil iria crescer e potenciar as suas atividades.
O que aconteceu foi ainda melhor do que isso.
A entrega da chave, pela Câmara de Lisboa, levou a outras entregas. A entrega e a dedicação de dezenas de associados que se juntaram num trabalho muito bonito: ajudar na mudança, melhorar e embelezar o novo espaço da associação. O resultado está à vista de todos. Basta uma visita à nova sede da Casa do Brasil para se entender o que foi feito, como o imóvel foi valorizado, como a CBL transpira boas energias, uma dinâmica excelente, uma nova força.
Queria deixar aqui neste editorial um infinito agradecimento a cada pessoa que ajudou a CBL nesta etapa, que era tão difícil, e que se tornou mais fácil graças à força dos que se mobilizaram neste desafio. Foram dezenas de idas e vindas entre a sede velha e a sede nova, todos os fins-de-semana do verão, muitas subidas e descidas de escada, muito pó retirado, muita roupa manchada pela tinta. Sem a ajuda de muitos não teríamos feito a mudança, com tudo o que esta palavra significa, em tempo record.
E, falando em agradecimento, cabe fazer outro, particularmente especial, ao Embaixador Celso Marcos Vieira de Souza. Um verdadeiro amigo da CBL, que vestiu a nossa camisa e foi um defensor da causa da nossa nova sede. Por isso mesmo, numa das iniciativas de apresentação do novo espaço, descerramos uma placa e demos o seu nome a uma sala importante da sede.
Sabendo do excelente imóvel que possuímos e das novas possibilidades que ele nos oferece, de imediato lançamos diversos novos projetos. Como se pode ver neste Sabiá, a todas as outras atividades que prestávamos, juntamos agora várias novas: capoeira, dança contemporânea, roda de choro, bossa ‘n’ jazz, entre outras. Em breve contamos ter mais novidades a apresentar, um pouco à imagem do que tivemos a ousadia de fazer, com um “open-day” de 12 horas, no dia 16 de Outubro, onde apresentamos muitas atividades culturais da CBL.
É entusiasmante falar da nova sede. Ampliaria o espaço desta coluna só para poder falar mais ainda do assunto.
Mas o melhor mesmo é terminar com um convite: apareça, venha conhecer o nosso novo espaço! Associe-se!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

3.º Turno, por favor

Uma boa forma de esquecer das ansiedades e do futuro que se faz cada vez mais presente (cheio de check lists e tarefinhas importantes) era pensar nas eleições brasileiras - e o provável sucesso da Dilma travestida de mulher da igreja (ui que comentário cruel! e o post anterior? passou tão depressa? não, essa é parte da esperança que está no post. "travestida" é a chave mesmo. um desejo. ui cada vez que tento explicar pioro. vou pôr um asterisco*)
Bom, mas agora me tiraram as eleições. Agora, o sentimento obama do primeiro dia entra em estado de alerta, pois se pode perder em minutos, talvez segundos. Acho que conhecem a sensação. Aquela esperança. Aquela especial, que apenas se explica como sentimento obama do primeiro dia. Uma utopia refinada com muito idealismo. Chega inteiro mas vai desgastando, uma erosão constante. Daqui a pouco tudo se desmorona de uma só vez com mais soldados no Afeganistão, apesar da reforma de saúde moderada e da eterna promessa de reforma migratória. Ah e os dossiers da tortura. Enfim do SODPD fica só uma ténue lembrança.
Sem eleições, resta tentar fazer render, desesperadamente, as próprias eleições. Será que contaram bem os votos? De certeza que sim. Mas seria bom recontar para ter a certeza da derrota de Serra. É que até o Inter empatou em casa com o Santos.
Oh não! Vai voltar tudo! Vou ter de pensar naquela imensa massa de decisões e conversas complicadas! Esta semana! E o OE! Oh não!, outra vez.
* quero que a dilma desdiga rapidamente as suas declarações sobre aborto. gostava que ela dissesse: enganei-vos a todos pá! e até podia ser um pá à portuguesa.
[este sentimento obama do primeiro dia]

Dilma 13 no dia 31

Depois de ler umas coisas muito hardcore no facebook, escrevi umas coisas bastante Dilmistas.
Seja como for aqui está o fruto da discussão, que ainda não terminou:
Dilma. Felizmente Dilma. Com tudo o que há ainda a fazer, com todas as injustiças que ainda existem, com muitos problemas, o certo é que o caminho de Lula é um caminho que vem sendo trilhado e que permitiu um novo olhar para o Brasil, com esperança. Esse capital Serra não trazia.

Aliás, Lula demonstrou que um operário podia fazer uma presidência que permitiria mudanças reais na vida das pessoas e na economia brasileira.
Faltam coisas? Faltam. Há problemas? Há.
Fico espantado quando ouço que o Lula comprou os mais pobres, com o bolsa família. Antes os "comprasse" a todos e retirasse as pessoas da miséria, ao invés de entregar aos mesmos de sempre, como sempre foi antes. Preferiria que o dinheiro dos impostos do Brasil fosse sempre investido numa prioridade como o bolsa família. Seria tranquilizador.
Enfim, temos de nos manter vigilantes, puxar pelo Governo Dilma, exigir o que ela pode e o que não pode dar, mas hoje é um dia que se encerra, para mim, com a tónica de esperança.
Também, e isso então é um ponto assente, sem contestação, é um dia importante para os emigrantes brasileiros no mundo. Nunca um governo tinha feito tanto por eles, em termos de canais de comunicação, reconhecimento e mecanismos de audição. As conferências de brasileiros no mundo vão se cimentar, os canais com o Ministério das Relações Exteriores tem tudo para se aprimorar. Tem ainda seus problemas, mas criou-se uma coisa que não existia.

sábado, 30 de outubro de 2010

Peace of me

O acompanhamento da bateria em peace of me, no meu pedal, é ritmo n.º 2 e tempo 65. Ontem não encontrava este apontamento.
E foi escrever esse post e o JP telefonou-me a dizer que vem cá.
Fantástico.

Livros: parte IV

Leis da Banca, Menezes Cordeiro;
Código Civil, de 1998, cheinho de notas pessoais;
Manual de Direito Bancário, Menezes Cordeiro;
Lições de Direito Internacional Privado, Ferrer Correia;
Processo Penal Elementar, Henriques Eiras;
As Constituições Portuguesas, Jorge Miranda;
Da prática laboral à luz do novo Código do Trabalho, Paula Quintas e Hélder Quintas.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Livros: parte III

Direito do Trabalho, II volume, 2.º tomo, Contrato de Trabalho, Pedro Romano Martinez;
Formas de Governo, Jorge Miranda.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

nOvEla

lai lai lai e coiso e tal e aprovo hoje não aprovo amanhã manã manã e super irritados e nervosos mais os familiares e mercados zangados mas isso é insuportável mas é o q vai ser pq não há nada a fazer dizem eles mas o teatro continua

a novela continua, mas se sabe q acaba em casamento e com um viveram juntos e felizes para sempre

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Livros: parte II

Manual de Direito Constitucional, Volume I, O Estado e os Sistemas Constitucionais, Jorge Miranda;
Manual de Direito Constitucional, Volume II, Constituição e Inconstitucionalidade, Jorge Miranda;
Manual de Direito Constitucional, Volume IV, Direitos Fundamentais, Jorge Miranda.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Livros: parte I

Código Penal, de 1998, com montes de anotações pessoais;
Direito Administrativo, volume II, Freitas do Amaral, de 1998;
Código de Processo Penal, de 1999, forrado de anotações.

Please

O que me atrai em Please, do álbum Pop, dos u2, é a energia que vai gerando e sendo gerida pelos músicos. Acho uma música muito bem feita. A música vai crescendo devagarinho. Depois fica mais calma e volta a crescer várias vezes. Os momentos de Please chocam em mim como se fossem ondas. E às vezes o mar está tranquilo, às vezes está revolto. Primeiro são os músicos que trazem a música para o palco. Depois é ela que cresce sozinha e toma conta de tudo. No fim, é a música que comanda: os músicos não passam de suas marionetas. Quando os que tocam recobram a consciência, acalmam a música e tentam terminá-la. Nesta versão engatam com perfeição uma parte da Sunday Bloody Sunday.
Descobri que gosto muito de Please há bastante tempo. Liga-se ela na aparelhagem e, tendo uma guitarra perto, é quase inevitável que eu não tenha uma vontade gigante de acompanhar a viagem.

Um olhar qualquer

Há um tempo em que as coisas acontecem. Em que tudo se dá o direito de acontecer. À nossa frente. As coisas parecem não querer saber o que pensamos. Acenam para o fundo de nós e dizem: "agora é assim: faz". E nós, ao contrário do ocorrido no passado, abrimos a porta e convidamos este novo sentimento a entrar e a se sentar em nossa sala de estar. E até lhe trazemos vinhos e queijos. E o novo nos oferece outro aperitivo - que nem sabíamos que ele trazia - e ele nos conquista com um olhar qualquer que reconhecemos de imediato, de uma outra ocasião que não sabemos se faz parte do passado ou do futuro.
Ficamos olhando, tentando saber se temos ou não direito a uma intervenção no desenlace. O risco, os medos, tudo parece pequeno, de repente. Estão ali, assustam, mas são pouco demais para a acção que está em marcha. Tão diferente! Tão destemido. Uma coragem que parece ser mais do que é.
E, de repente, parece tudo tão desregrado face ao tempo em que as coisas não aconteciam e eram tão prudentes e tão pensadas e tão frias e tão conservadoras, tão imóveis e tão de costas voltadas para a vida. Com as emoções despertas, aquela racionalidade mais mesquinha foge e sabe que foi apanhada. Sabe que lhe descobriram a sua suprema fragilidade. A razão má sabe, de uma vez, que está errada e que os seus fundamentos sólidos assentam em bases que não lhe pertencem. Se a base da emoção começa a tremer muito, tudo o que já não é para ser se desmancha. O lindo cálice pode ficar completamente vazio de conteúdo e de sentido. Mas uma boa bebida doce pode encher outro copo rústico e menos elaborado. É uma sorte quando tudo acontece por boas emoções.
Mudanças. Mundanças (sim, com aquele "n" ali que parece errado). Queremos tanto nos esconder em castelos de cartas. De repente, a brisa se transforma num bom vendaval e vamos atrás dela.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Wo es arbeit gibt

O que será que eu disse?
»Viele glauben, Migranten würde in ein Land kommen und dann für immer bleiben«, sagt Gustavo Behr, der die brasilianische Migrantenverei nigung »Casa do Brasil« leitet. »Aber das stimmt eben nicht. Migranten gehen dorthin, wo es Arbeit gibt.« Und da es in Portugal immer weniger Arbeit gibt, kommen immer mehr brasilianische Migranten zu Casa do Brasil, um sich nach Rückkehrhilfen der Internationalen Organisation für Migration (IOM) zu erkundigen. Dieses Jahr wächst Brasiliens Wirtschaft Schätzungen zufolge um 7,53 Prozent. »Das weckt Hoffnungen auf ein besseres Leben«, sagt Gustavo Behr. Nach Angaben der IOM hat sich die Zahl der brasilianischen Migranten, die Rückkehrhilfen beantragen, seit 2006 vervierfacht. Die brasilianischen Einwanderer, die die größte Einwanderergruppe in Portugal bilden, kamen größtenteils während der brasilianischen Wirtschaftkise der späten achtziger Jahre nach Portugal. Jetzt treibt sie die portugiesische Krise zurück nach Brasilien.

Nostalgia antecipada

Ontem os UP 4 fizeram um ensaio muito bom. Tocamos "tudo o que o vento traz" pela primeira vez juntos do princípio ao fim. Foi entusiasmante. Mas o "vento", como chamamos, foi só um detalhe de um tempo muito bem passado. Aliás, esquecemos o tempo passar. Passou muito rápido. O homem teve de vir, mais uma vez, à porta, dizer que só podíamos tocar mais uma.
Outro indício de entusiasmo, este indício mais pessoal, foi que eu parti uma corda tocando. Não sei há quanto tempo isso não me acontecia. Mas sei bem que eu estava com "pegada" e as esticando o mais que podia em algumas partes. As músicas me pareciam estar com mais vida. Acho que isso aconteceu com todos. Talvez os 15 dias de intervalo tenham deixado a todos com muita fome de UP 4.
Os momentos após os ensaios dos UP, 2 e 4, são sempre momentos de reflexão sobre revoluções em marcha.

Traços

Como se pode fazer a um quadro, às vezes pinta-se por cima. O que está por baixo continua lá. Influencia. Gera traços que não saem. Às vezes se nota claramente. E é óptimo quando o que está atrás do novo são coisas boas.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Revolução

Uma autêntica revolução está acontecendo!

Fórum Imigração

fórum imigração :: 23 de Outubro | 10h30 :: Hotel Mundial, Martim Moniz


Programa


10.30 – 13 - Manhã

Abertura – Cecília Honório

Crise e políticas de migração

- Rui Tavares (Parlamento Europeu);

- Gerardo Marquez (Coordenadora dos Imigrantes de Málaga);

- Sónia Pires – (Amnistia Internacional).

14.30 - 17h30 - Tarde

Direitos fundamentais: educação, habitação, trabalho, direitos políticos

- Carla Santos (Associação de Melhoramentos e Recreativo do Talude);

- Eugénia Costa Quaresma (Obra Católica);

- Mamadou Ba (SOS Racismo);

- Maria João Freitas, Socióloga.

17.30 – encerramento – Francisco Louçã

Programa em esquerda.net

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Djadja

Não há jeito. Tigrala é muito bom. Tem uma muita e boa energia. Chegando em Lisboa pela A5, vinha ouvindo isso no carro. Aquela descida toda. Se não estivessem mais carros, não sei se não aceleraria mais do que é permitido, enquanto ouvia Djadja.

Mais uma novela

Sinceramente, não sei se alguém sabe se Passos aprova o OE. Não sei se ele sabe. Não sei sequer se ele saberá o que fazer se o PS aprovar os 6 pressupostos. E não sei se saberá o que fazer se não aprovar. Ou se aprovar só um bocadinho, só algumas medidas.
E não sei se o PS não apresentou uma proposta de OE tão miserável para o pessoal lhe chumbar esta porcaria e pronto. É um OE bastante vergonhoso. Claro no ataque aos mais empobrecidos. Com o OE chumbado terminariam duas lideranças de uma vez só. A de Sócrates, que já terminou, mas que terminará formalmente, e a de Passos, que, a não ser que saia bem disso tudo o que vem fazendo, pelo menos em relação a Revisão Constitucional e com OE, passando por alguns documentos na AR, apenas vem demonstrando o quanto consegue ser obtuso.
Seria muito bom na verdade: um futuro sem Passos, nem Sócrates.