segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Seu Jorge e Almaz

Um dos cds que comprei ainda em Porto Alegre foi o Seu Jorge e Almaz. Só nestas últimas semanas é que  me dediquei a ouvi-lo. (uma das coisas boas de comprar muitos cds ao mesmo tempo é isso - ver o quanto eles rendem no tempo até à decisão de os sugarmos até ao tutano - isso é uma das minhas maneiras de experienciar a cena - dar tempo aos cds sabendo que o seu tempo chegará).
O Seu Jorge nunca me convenceu muito. Heresia talvez, dizer isso assim... Tive um enjoo enorme dele, com o cru e com aquele outro cd dele... Sul-América?* E não me aproximaria de mais nada dele. Mas este cd com os Almaz gostei muito e considero muito à frente. Muito bom mesmo. Um pouco fora do conceito anterior de Seu Jorge. Com coisas boas, como umas guitarras tocadas de forma muito espontânea, quase desajeitadas - no melhor sentido da palavra, muito groove - a sério - e com o guél de Seu Jorge quando canta em inglês. Parece, se não é, um cd gravado quase na íntegra em take direto. Se eu fosse o Seu Jorge este era o peixe que eu vendia. Bom, ele já vendeu, não tem nada a aprender... (escrevendo isso aqui aprendi que o cd é com os nação zumbi - está explicado!)
Aqui só uma palhinha.
* Corrigindo: América Brasil.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

pescaria

Na segunda passada, dia 20, gravei forest - que eu já andava tocando há algum tempo. Mas queria gravar outra canção também - tinha uma imagem na minha cabeça e um motivo para compor. Lá surgiu um acorde para começar a desmanchar o novelo. Foi mais ou menos duro o processo. Relativamente rápido encontrar os acordes. Depois veio a ideia de fazer uma segunda guitarra com uma espécie de eco. O efeito ficou bom. O problema mesmo foi achar o solo da terceira guitarra. Algo que eu gostasse - nem com notas demais, nem de menos. Tomei uma decisão "corajosa" de regravar as duas guitarras ritmo quando achei que precisava de mais um tempinho numa parte da música para o solo. Mas na verdade nem se pensa muito. Há um sentimento de urgência que toma conta de tudo. O resultado da noitada está no meu myspace, chama-se perfect morning e está lá forest também.
Lembrei também de quando gravei sea and the rocks. Muito mais difícil do que lembrar das notas e tocá-las é tocar da forma certa - assim uma relação entre mente e execução física. A ouvi-la hoje no myspace, achei ela muito menos pausada do que devia de ser e do que eu atualmente toco - sea é uma música difícil de tocar.
E acabo de perceber também que há uma versão de perfect morning que ficou cortada - mas a do myspace está certa.

vinho, festas, ressacas

Ressaca valente hoje depois de uma festa muito simpática ontem.
Vinhos de diferentes regiões quando misturados tem todo este poder?

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

façam um pause, a sério. vamos ouvir umas canções e depois continuamos.

youtube mix for the doors

Melhor leitura é impossível para estes dias musicais. Jack Kerouac, Pela Estrada Fora. E calhou eu passar os olhos numa entrevista com os sobreviventes dos Doors, na última Blitz. O Ray Manzarek a dizer que se não fosse Kerouac (entre outras leituras e vivências e ácidos) eles não existiam. E pronto, ando para aqui a ouvir Doors, de novo. Não os ouvia desde aquela fase dos 16 aos 18. Naquela época eu conhecia todas as músicas deles, talvez.
Uau e como ouvi An American Prayer - já nem sei o que tem dentro.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

UP no Chapitô VI: algumas notas mais

O nosso público infalível compôs a sala e isso foi muito bom, apesar do concerto ter atrasado, porque tivemos um problema check-sound: o transformador da minha pedaleira de efeitos pifou pela primeira vez* na vida, faltando 2 horas para o concerto. A isso se seguiu um passeio pelos paquistaneses do Martim Moniz, pela Lisboa multikulti, em busca de um transformador. Apesar do esforço cultural, nada feito - ficou o tv sem efeitos para eu ter os meus. Obrigado tv. Não ficou nada mal o nosso som, sublinhe-se. 
O Vasco - que cuidava da mesa de misturas - esperou pela minha chegada, com todo o seu empenho em que o som ficasse o melhor possível. Uma figura. Obrigado Vasco, obrigado eu por estar a trabalhar, ele respondeu. Sobre trabalhar também aprendeu-se muito, porque carregar a bateria do zumbi escadas abaixo e escadas acima não foi nada fácil. Na escada ajudou um amigo do tv, o joão, que não parava de dizer que temos de ir tocar a Berlim, que vão adorar o nosso som lá. É tentar entender o quanto desta frase tem de teor alcoólico, o quanto ele transferia de cervejas para o discurso. Ele saberá ou não dizer.
Outro amigo que ajudou, que não sei o nome, mas sei - porque ele me disse - que tem 80 guitarras, e vendeu 15, estava preocupado com fazermos um site no reverbnation e frisou várias vezes que temos de ter fotos boas e que a imagem é muito importante. Tive vontade de rir porque acho que ele pode ter ficado impressionado com esta pequena maravilha que eu gosto tanto.
* Sobre primeiras vezes, também foi a primeira vez que uma corda da guitarra do jota partiu a meio de uma música - foi nas mãos do tv - e também escolheu o palco do Chapitô. Este acontecimento, no entanto, foi muito menos grave. Até parece profissionalismo a rapidez com que troco as cordas - experiência que ganhei antes de ter mandado a minha guitarra ao Paulo Ribeiro, luthier do Phil Mendrix - Phil que não apareceu no show apesar das esperanças. Eu, da minha parte, só cheguei ao show em Bells, a quarta música. Antes estive digerindo tensão e para o futuro acho que é melhor voltar a entrar com alguma música mais rápida.

UP no Chapitô V: alinhamento

Ficou assim:
I Parte
Sonic flower
Flyin
Amanhecer
Bells
Open your mind
Requiem num fim de tarde
Back on the road
II Parte
Queda livre
Sea and the rocks
Transatlantica
Tudo o que o vento traz
Jotasounds
Encore
Sonic flower
Bells
Back on the road
Requiem num fim de tarde

UP no Chapitô IV: Sonic Flower

Que o concerto iria inaugurar Back on the Road (de que falei, pelo menos, aqui, aqui e aqui) era certo. O incrível foi a resolução de tocar Sonic Flower, música pouquíssimo rodada e treinada. Devemos ter tocado a primeira vez completa no próprio concerto. A história é engraçada. Terminado o set na quarta-feira, véspera do concerto, tínhamos meia hora de ensaio e começamos a tocar para descomprimir. E pegamos na Sonic. A Sonic tem uns acordes meus com uns delays e uns ecos que ficam muito bem. Tem o jota com um solo espetácular, com um efeito fabuloso que casa na perfeição com a minha guitarra. Eu e o zumbi simplesmente ficamos sempre passados a ouvir o solo. A bateria do zumbi se acertou muito rápido com as nossas guitarras. O certo é que na quarta - há dois dias! - a animação de tocá-la foi tanta, que rapidamente concebemos uma estrutura (ainda um pouco frágil e pouco treinada) e decidimos que iríamos abrir o concerto com a Sonic. Foi fantástico.

UP no Chapitô III: um ano depois

Os understood tocaram no Chapitô exatamente no dia 16. Dia em que eu, no ano passado, estava indo fazer uma jornada de reencontro e reflexão, me despedindo daqui.

UP no Chapitô II: o oceano

O oceano não foi barreira para uma enorme surpresa: a presença da mari e do salo no concerto. Esta é uma daquelas coisas que escrevo e ao mesmo tempo vou questionando se é mesmo verdade, se aconteceu, se não sonhei e vou acordar a qualquer momento. Fizeram uma viagem relâmpago de Porto Alegre para Lisboa para ouvir os understood no Chapitô e ainda me deram a notícia de que traziam outra pessoa junto para ouvir. Tudo um sonho.

UP no Chapitô I: É mesmo verdade

Cada concerto tem a sua história, mas este foi um concerto cheio de histórias, algumas quase inverosímeis. Daquelas que a gente quando conta tem de acrescentar um é mesmo verdade.
duas surpresas totais esta semana

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

correções no alinhamento

Flyin e depois Amanhecer; Queda livre e depois Sea. As únicas mudanças. Talvez a minha nova, que acho que se chama floresta ou caçada. Talvez nenhum destes dois nomes. Tenho de tocá-la mais umas vezes para perceber.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

gtalk sobre o cartaz de uma festa de carnaval

ai meu deus o chacrinha
vai encher
ta antiquado, parvo
perfeito portanto
tem qualquer coisa de bizarro que me agrada
decadente
ya

domingo, 12 de fevereiro de 2012

11-2-2011

Ontem fez um ano que tocamos no bacalhoeiro. E no dia seguinte fizemos duas horas de gravações em take direto, que são as que estão no myspace atualmente. Outros tempos.

alinhamento

Em primeira mão (e sujeito a ajustes)

I Parte
Amanhecer
Flyin
Bells
Open your mind
Requiem num fim de tarde
Back on the road

II Parte
Sea and the rocks
Queda livre
Transatlantica
Tudo o que o vento traz
Jotasounds

58

como é que é o fim desta porra? - zumbi, minuto 58 do último ensaio

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

up no bartô

Os Understood Project tocam dia 16 de Fevereiro no Bartô do Chapitô.
Vai ser uma festa.

super guitarra

O jota com uma guitarra super, cheia de efeitos perfeitos. E as músicas ficam muito mais mais. Ganham uma profundidade diferente.
Assim, o ensaio de ontem foi um dos mais bonitos, sem dúvida. Fazia meses que não tínhamos um som tão bom.
Também fixe foi sair do ensaio e ir comer um prego no "cantinho do táxi" com o tv, tentando fazer um set list especial para o bartô.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

por ser lá

Fiz os meus comentários habituais, que são sempre meio que provocações. Sobre o Celso Amorim, Ministro da Defesa, ser o que cuida da questão dos haitianos, sobre integração destes, etc. Sobre dar vistos para quem chega, preferencialmente. Não são ideias definitivas, mas são questões. E tendo a ser o menos burocrata possível nestas áreas. No que fui mexer. A pessoa que falou comigo, tão séria, me explicou como é diferente a questão por ser . Falou que nunca defendemos fronteiras abertas - onde já ouvi isso. Falou na potencialidade de conflito com os locais... Eu achei uma incoerência, claro. Se pensasse isso teria cuidado com o discurso que ando fazendo sobre situações parecidas mas em outras margens do Atlântico. Fiquei um pouco incomodado, acho que com certa razão. Chateiam-me estas argumentações ideológicas vestidas com pele de pragmatismo.

no blitz :)

"as guitarras infernais de jota com o baixo explosivo de tv levam os ouvintes numa viagem que mistura o rock, o experimental e o ambiente numa jornada de emoções e texturas" (...) "em queda livre lançou uma armadilha energética no concerto nos precarios inflexiveis, apenas passível de ser desarmada muitos minutos depois de uma espiral de transe e louvor ao rock mais sincero e direto" (...) "zumbi, tal como um shaman indígena, incorpora os espíritos do rock e os unifica com timbalões e pratos esquizofrénicos numa orgia de ritmos tribais em open your mind" (...)  "guz toca com um pedaço de madeira tosco a que chama guitarra, fazendo sons que parecem uma revisita ao infantário"

(a brincadeira foi na outra segunda de manhã eu dizer que isso tinha saído no blitz)

sábado, 4 de fevereiro de 2012

perto

Uma planície. Aqui e ali algumas árvores. O chão é dourado e amarelado. Ali muito ao fundo aqueles cavalos aproveitam algumas pastagens. A paisagem parece vazia ou incompleta. Mas é assim mesmo. Faltam pássaros, aparentemente. Mas eles estão num bosque perto. Pela manhã eles voam sempre por aqui.

vgm

vasco graça moura patético. tal como a sua petição retrógrada, conservadora e colonialista. é interessante ver como um senhor que poderia ter tantos tipos de argumentos (ou afinal não?) só consegue utilizar os piores.
conforme eu disse no fb - agora com linha do tempo - Graça Moura não quer que lhe imponham o acordo. Mas quer impor a sua grafia no CCB.

frio

Todo este frio. Fora pode estar todo o frio que.

5 x 5

No meu contador, agora mesmo.