quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Descomplicómetro

Às vezes acho e às vezes perco, o botão do descomplicómetro.
Parece que hoje o encontrei. Tenho de o manter perto de mim e carregá-lo sempre que necessitar, mas devagarinho, para não estragar.
É um instrumento fundamental para transformar as coisas difíceis em fáceis, manter as fáceis fáceis de fazer e não transformar as fáceis em difíceis.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

eo

tErminOu
agora só para o anO que vEm

Com Metro e Carris à mistura

Sem carro, mas com MP3, ouvindo Lobão e Paralamas do Sucesso.
Ou uma perspectiva optimista de pensar no meu regresso a casa.

jsf-ps-be-cml

Há umas polémicas engraçadas de acompanhar, como esta em torno de Sá Fernandes, do Bloco de Esquerda e do PS, na Câmara Municipal de Lisboa.

Dúvida e procura

Ser mediano em muitas coisas ou excelente em poucas?
Fazer muitas coisas ou centrar-se em algumas?
A propósito de um post n' A Outra Voz, escrevi o meu comentário.

JoeSatrianiReinoUnido

Joe Satriani vai dar show no Reino Unido
MAY 2008 UK TOUR DATES
12 Mon Birmingham Symphony Hall - Birmingham, England GB
13 Tue Newcastle City Hall - Newcastle, England GB
14 Wed Glasgow Royal Concert Hall - Glasgow, Scotland GB
15 Thu Manchester Apollo - Manchester, England GB
17 Sat Bristol Colston Hall - Bristol, England GB
18 Sun Bournemouth Pavilion Theatre - Bournemouth, England GB
19 Mon Cardiff St. David's Hall - Cardiff, Wales GB
20 Tue London Hammersmith Apollo - London, England GB
21 Wed Nottingham Royal Centre - Nottingham, England GB
Porque é que eu não pego um avião e vou vê-lo tocar?

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Matar primeiro, tentar compreender depois: Jean Charles

Na Wikipedia contam a história de Jean Charles:
"Jean Charles de Menezes foi um imigrante brasileiro confundido com um homem-bomba e morto no metrô de Londres com oito tiros à queima-roupa, por forças especiais da polícia britânica, treinadas por agentes israelitas experientes no combate a ações de guerrilheiros palestinos em Israel.
Jean vivia há três anos no sul da capital inglesa e, segundo as autoridades, foi confundido com um terrorista árabe que teria participado dos atentados da véspera, contra ônibus e estações do metrô de Londres. O erro foi admitido pela Scotland Yard, que informou que o brasileiro não tinha nenhuma relação com qualquer grupo terrorista. Segundo ela, o acidente ocorreu porque o brasileiro se recusou a obedecer às ordens de parar, dadas pelas autoridades."

Matar primeiro, tentar compreender depois


Faça o que fizer, nunca viaje sem saber a língua do país para onde vai.
Depois de Jean Charles, agora foi Robert Dziekanski a ser ceifado pelo mau entendimento por parte de uma autoridade.
Os polícias devem ter pensado que um "taser" (esta pistola eléctrica da foto) funciona também como tradutor. Como não perceberam o que Robert tinha para dizer (estando ele com um ar visivelmente transtornado), descarregaram-lhe energia eléctrica, numa tentativa de conseguir ligar-lhe os fusíveis do inglês ou do francês. Procedimento curioso (estará numa lei ou numa portaria?). No entanto, desligaram-lhe tudo com o choque - mataram-no.
Infelizmente, mesmo em versão irónica, os factos relatados não tem qualquer graça ou amenização possível. A verdade é que chegamos a um ponto inacreditável e intolerável de desrespeito pelas pessoas. E estamos em pleno Século XXI - com tecnologia, informação e possibilidades técnicas mais do que suficientes para não andar matando inocentes ao primeiro impulso, em nome de guerras que nada têm a ver com as pessoas.
Este é um acto revelador do relacionamento entre os povos que não se compreendem, um relacionamento sobretudo hostil, de captação de recursos sem contrapartidas, de ganância, de não partilha, de atitudes bélicas e não negociais.
Se, ao invés de andar a despejar balas ou electricidade no corpo das pessoas, os governos tentassem descobrir maneiras de, a montante, eliminar os conflitos que geram estes medos, estas agressões, talvez não fosse tão difícil ultrapassar isto. Talvez fosse possível viver em paz.
A opção não é esta.
Os países que se dizem das "democracias ocidentais" decidiram investir na segurança, na desconfiança e na suspeição. E proclamam-se defensores de valores universais de humanidade, que, evidentemente, não têm a mínima hipótese de sobrevivência contra este tipo de ataques, que jamais respeitam referências como a tolerância, a solidariedade e a compreensão.
Enfim, deixo aqui mais uma triste notícia do que querem fazer ao nosso mundo.
Matou-se primeiro para tentar entender depois.

S J A M

Um pouquinho de Seu Jorge no Além-Mar.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Efeito chamada


Se é admitida e até venerada a ambição da busca de matérias-primas em outros países e a desmultiplicação de iniciativas no sentido de aproveitar as oportunidades e esperanças relacionadas com investimento e capital, o mesmo não se pode dizer de fluxos humanos em sentido contrário, dos países terceiros para a UE.
O efeito de chamada, ou de procura, que um poço de petróleo origina, levando a mais pesquisas nos países de acolhimento das multinacionais europeias, não tem o correlativo raciocínio quando se trata de receber, regularmente, ou de regularizar, os cidadãos destes países. A não ser os altamente qualificados, claro.
Coitadas das pessoas, não tem a sorte de serem capitais imateriais. Se assim fosse estariam regularizadas. Se bem que, infelizmente, não estariam invulneráveis à vontade de ocultação e desregulamentação por parte dos seus titulares.

Portugal e Brasil

Portugal ganhou apresentando um futebol bem miserável contra a Arménia.
O Brasil empatou jogando pessimamente contra um Perú motivado. Foi um Perú versão "ave de rapina" o que procurou o empate, atacando um Brasil que parecia um animalzinho indefeso. Uns jogaram a sério, outros jogaram a brincar, sendo que a partida era muito séria.
Faço essa comparação para lembrar que é preciso algum crédito aos 3 pontos obtidos por Portugal no jogo de cima.
Os pontos valem muito e jogar bem (se tal for absolutamente necessário) é mais importante em Copa do Mundo.
Certo, eu sei que jogar bem é um regalo para os olhos. É bom e bonito. Também não gosto de ver talento esbanjado com tanto salto alto como fez ontem o Brasil. Mas é precisamente por isso que peço que pelo menos defendam com concentração depois dos golos, se não estão com vontade de dar espectáculo.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Demagogia

Hoje, a respeito de um comentário que fiz, acusaram-me de demagogia. Fazia tempo.
Gostei do "perdoa-me, mas isso é demagogia".
Foi no Sem Muros.
Não sei o que é a tal da demagogia. Espero a resposta.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

5 minutos passados

Fica-se 5 minutos calado, olha-se para o lado e passam-se 15 dias.
Quando um dia passa como numa hora, uma semana passa num dia e quinze dias parecem só dois.
Muitas ocorrências (relevantes ou não), muitas dúvidas (fundamentadas ou não), muito barulho (ensurdecedor ou não), muitas certezas (com convicção ou não) e muita agitação (sempre).
Sei que cai numa contradição em termos de proporção temporal, mas não importa. Os físicos quânticos dizem que o tempo não existe.