terça-feira, 31 de agosto de 2004

O mar português

Sem dúvida, além de termos um Ministro da Defesa e do Mar (apesar de esta última pasta ser uma surpresa para o próprio), temos um cientista.
E foi por isso que Paulo Portas esclareceu a todos nós que:
"O nosso mar territorial não é uma selva".
Dito assim, pode não parecer muito relevante.
Mas é uma informação essencial.
Se ele não avisasse, provavelmente teríamos em Portugal dentro de pouco tempo, para além das activistas do "Woman on Waves", outros activistas, no âmbito ecológico, pois o tráfego intenso de barcos na selva, seria obviamente um risco para os animais.
Assim, fica já estabelecido, e quem melhor para o fazer que o Ministro do Mar, que o mar, pelo menos em Portugal, não é uma selva.
Fica a sugestão para que o mesmo Ministro nos diga qualquer coisa sobre o seu Governo. Ficaríamos todos mais descansados se ele fizesse alguma declaração do tipo:
"O mar português não é uma selva e o Governo de Portugal também não".

Mas as declarações são tão bonitas que merecem ser publicadas dentro do seu contexto, para não termos dúvidas da veia científica-artística-poética do nosso Ministro da Defesa e do Mar.
«Considero que não se deve usar de cinismo nesta matéria. Portugal é um país soberano e faz aplicar a sua lei no seu mar territorial. O nosso mar territorial não é uma selva», disse.
E acrescentou, com muita coerência e nenhuma demagogia:
«Se Portugal fizesse uma excepção neste caso, amanhã nenhuma autoridade marítima ou portuária teria autoridade para combater a pesca ilegal no mar, para combater o tráfico de droga no mar ou para combater a imigração ilegal que se faz por via marítima», sublinhou Paulo Portas.

quinta-feira, 26 de agosto de 2004

O Hino do Internacional de Porto Alegre

Celeiro de Ases
Nélson Silva, 1957

Glória do desporto nacional
Oh, Internacional
Que eu vivo a exaltar
Levas a plagas distantes
Feitos relevantes
Vives a brilhar

Correm os anos, surge o amanhã
Radioso de luz, varonil
Segue a tua senda de vitórias
Colorado das glórias
Orgulho do Brasil

É teu passado alvi-rubro
Motivo de festas em nossos corações
O teu presente diz tudo
Trazendo à torcida alegres emoções

Colorado de ases celeiro
Teus astros cintilam num céu sempre azul
Vibra o Brasil inteiro
Com o clube do povo do Rio Grande do Sul

sexta-feira, 20 de agosto de 2004

Voem borboletas!

Correr atrás de borboletas
Mário Quintana

"Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz
com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, de não precisar dela.
Percebe também que aquele (a) cara que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem (a mulher) da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas...é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar, não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!"

O Mário Quintana, poeta, já faleceu, mas vive no coração de todos os porto-alegrenses.

sábado, 7 de agosto de 2004

Há-des ter o visto

Duas frases que guardei esta semana:

"Um dia há-des ter comigo", frase proferida no autocarro 42.
"A Bernardina tem tudo. À Bernardina só falta o visto.", frase proferida no CNAI, pela própria.

Quero no escuro

"Minha Casa"
Zeca Baleiro
Intr.G
G C/G G
é mais fácil cultuar os mortos que os vivos
C/G G
mais fácil viver de sombras que de sóis
C
é mais fácil mimeografar o passado
G
que imprimir o futuro
D/F#
não quero ser triste
C/E
como o poeta que envelhece
D/F# G
lendo maiakóvski na loja de conveniência
D/F#
não quero ser alegre
C/E
como o cão que sai a passear com o seu dono alegre
D/F# G
sob o sol de domingo
A
nem quero ser estanque
C G
como quem constrói estradas e não anda
D/F#
quero no escuro
C/E D/F# G 2X
como um cego tatear estrelas distraídas
minha casa
A C G
amoras silvestres no passeio público
A C G
amores secretos debaixo dos guarda-chuvas
D/F#
tempestades que não param
C/E
pára-raios quem não tem
D/F# G 2X
mesmo que não venha o trem não posso parar
veja o mundo passar como passa
C/G G D
uma escola de samba que atravessa
C Em
pergunto onde estão teus tamborins
C Em G
pergunto onde estão teus tamborins
C D Bm
sentado na porta de minha casa
C Em
a mesma e única casa
D/F# G
a casa onde eu sempre morei