quinta-feira, 30 de junho de 2011

Arrive alive


Knowing reasons, I sleep to invade night
Descobri por acaso no youtube. Que delícia. Não há hipótese. São sempre estas que tem o dom de me explicar.

Midnight in Paris


Hoje vi Midnight in Paris. É um bom filme. Muito engraçado e cheio de escritores e artistas famosos do passado. Sou fã de Woody, não tem jeito. Adorei o filme.
Fiquei com vontade de ir a Paris. A única vez que fui foi em 1989, se não me engano. É de colocar entre as coisas a fazer em 2011 ou 2012.

diferente

Tinha chegado em Buenos Aires há minutos e logo percebi que ali tudo era diferente.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Eles vivem!

Encontrei os irmãos de um cachorro que a CBL tinha integrado num lindo mural em sua fachada e que a Câmara Municipal de Lisboa obrigou a retirar (a pintar por cima, com uma emocionante tinta monocolor). Fiquei tão emocionado quando passei! Stop the car!!
São seguramente do mesmo autor, o Dan Mabe.

grande sérgio. adoro o facebook

coisas bacanas, escritas por um colega bacana da escola e que hoje falamos 24 anos depois. nossa senhora. o tempo passa, as amizades não se esquecem. tudo verdade. o sérgio só não se lembrava que lhe chamavamos zizi, de gozação. o rafa era (e é) bom para apelidos.
"cara eu nunca me esqueci de ti, do Rafael e do Carlos (nomes que tenho na memória). tu mais ainda pq eu odiava jogar futebol e tu era zagueiro junto comigo (to certo?)... e lembro que uma vez tu levou uma bolada na cara... acho que tinha até sangue num dente.. ou algo assim... tenho pouca memória em relação ao fato em si. E pelo fato de tu ter ido morar em Portugal... bah isso me marcou muito, pois era um colega que eu gostava e tava indo embora."

terça-feira, 28 de junho de 2011

Sao Paulo, centro e quelinha

Estou ha poucos minutos de comecar a me mexer para ir para Congonhas e pegar o aviao para Porto Alegre.
Hoje de manha fui a 3 tribunais com a minha irma (e como foi tao bom passearmos e conversarmos assim. Ha anos nao tinhamos duas horas juntos). Na frente do segundo tribunal estava o Centro Cultural de Sao Paulo. Bem bacana, apesar de estar pouco utilizado. Sempre tive curiosidade de entrar quando passava por ele, numa via rapida, na qual ele se inclina para cima. 
Depois estive em outro tribunal, no centro da cidade. Na praca Joao Mendes (grande jota dos up, tem uma praca central em SP) estavam muitas pessoas empobrecidas. Entao fui na Se. Linda igreja. Muito grande. A mais bonita que vi por aqui no Brasil. No Rio, na Bahia e em Minas deve haver mais bonitas ainda, claro. Devem rir desta minha afirmacao.
Depois a minha irma me levou ao Patio do Colegio, praca onde nasceu Sao Paulo. E passeamos por mais alguns lugares do centro, como um centro cultural que fica num Banco do Brasil e ainda na "liberdade", rua de japoneses, ou bairro, nao percebi bem. ('e tao bom isso de escrever uma nota e nao correr atras do google, para completar totalmente a informacao).
Agora vou buscar meu sobrinho e, sem jogar memoria, vou para o Aeroporto.

Parque Ibirapuera

Hoje fui ao Parque Ibirapuera a pe. O caminho foi este. E o mp3 bombando.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

sobre tempo e como utiliza-lo

Em BA, sempre pegando frio na rua, nao senti muita falta. Mas o certo 'e que aqui em SP podia ter um violao nesta casa. Ontem, para alem do jogo de memoria, li bastante e ouvi minhas musicas argentinas "novas" no mp3: Tanghetto e Gotan Project.  Se tivesse um violao, nem que fosse para uns acordes... As vezes basta so olhar. Saber que ele esta ali, nos da uma paz. Eu as vezes 'e so olhar mesmo. Adoro vitrines com guitarras. Antes de ter a minha epizinha adorava ainda mais. Um prazer relacionado so com a contemplacao. Que nao chega claro.
A gente olha, olha, olha, toca uns acordes, guarda. Mas numa noite qualquer pega-se algum sentimento do ar e sai Peace of Me, ou Open your Mind, ou Sea and the Rocks ou ainda Sombras. Sea and the rocks 'e a que gosto mais. Peace tambem gosto muito, mas nao tanto da gravacao. Em Sombras consegui fazer uma coisa bacana. A Open, aqui bem crua, ouvi vezes sem fim no carro, no transito de Lisboa. Mas Open tem a versao com os UP que esta muito boa. Em todas elas pesquei um sentimento qualquer que se desenvolve nas cordas. 'E essencial ter um gravador a mao quando 'e assim.
E a TV, para que serve, sempre com tanto destaque nas salas das casas? Estou numa fase de completa falta de vinculo com a televisao. Tao bom. O tempo rende tanto.

Lisboa

Uma coisa que me tem agradado ultimamente 'e a forma como assino os livros de presenca nos centros culturais ou museus. Nao fico satisfeito se nao tem ali o espaco da cidade, para eu colocar "Lisboa".

memoria

Ontem fui 'a pinacoteca de manha, mais estacao da luz e parque da luz,
A chuva brutal organizou o programa familiar da tarde: jogar 285 vezes memoria com o meu sobrinho. Foi legal. 'E interessante como ele fica diferente na sua propria casa. Talvez nao me engane se disser que 'e a primeira vez que criamos cumplicidades. Para ele, eu sou o tio guta, que mora mais longe do que Porto Alegre.

domingo, 26 de junho de 2011

So a arte liberta.
Mesmo com falta de acentos no teclado.

50000

A Aldeia ultrapassou as 50000 entradas.
numa mina, la no fundo dela. a imagem 'e esta.

Sao Paulo

Hoje fui ao MASP. Talvez ja tivesse ido la antes e nao lembrasse. La em baixo dele obvio que sim. Fui tambem na Casa das Rosas e passeei na Avenida Paulista.
Sao Paulo tem muitas grades, demasiadas... Neste momento isto 'e criterio para mim, entre cidades que viveria e nao viveria.
Mas sim, vive-se culturalmente aqui. Apenas a avenida paulista ja tem muita coisa.

Tanghetto


Uma descoberta portenha. Amo o efeito que ele coloca neste violao.

de acentos e de teclados

Estou num teclado Apple, sem acentos. Sem paciencia para aprender a lidar com isso tambem.

Pingo a Soga


Conheci esta maravilha, palavra por palavra, na ida para Buenos Aires. Gracas ao meu MP3 e ao Delibab que copiei nele.

Richard

Impossivel aterrisar em Congonhas e nao pensar em ti, Richard.
Nossa, como pensei em ti. Lembrei das nossas brincadeiras em Cascais. Tinhamos 11, 12, 13. Ate quando em Portugal? Depois nos vimos algumas vezes em Santa Maria.
Pena foram as ultimas noticias que tive de ti. Um dia, que ainda vai longe, teremos oportunidade de conversar muito sobre isso tudo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

SP: o que fazer?

São Paulo é grande demais.
Talvez vá ao Parque Ibirapuera também, para relembrar outras viagens. E ir a uma pizzaria e a um japonês bem japa - bons programas. O resto é ir devagarinho, um daqueles bairrozinhos simpáticos que haja. Talvez o Centro também. Vou ver. É realmente muita coisa.
200 coisas em quatro dias me parece bom.

SP tomorrow

Em Porto Alegre, por 24 horas.
Amanhã São Paulo, até dia 28. Programinha mais familiar. Bom também. Vamos ver se rola o MASP, pelo menos para mim.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Retiro

Em Retiro (e em retiro) para assinalar que a viagem a Buenos Aires se aproxima do seu fim.
Foi uma viagem encantadora. Ainda irei escrever mais sobre a poderosa e lindíssima cidade, que é também um estado de espírito - pelo menos para mim. Talvez tenha sido isso mesmo que eu tenha vindo buscar aqui. Esta força, esta paz, esta perspectiva, esta auto-compreensão e esta tranquilidade.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

agradecimento

Amigos amigos são aqueles que não nos permitem descansar em véspera de uma viagem de 17 horas e não admitem que a gente falte a um churrasco de aniversário. Muito grato ao RV pelo sucesso do seu intento.

deixando o pago




(...)
E a trotezito no mais
Fui aumentando a distância
Deixar o rancho da infância
Coberto pela neblina
Nunca pensei que minha sina
Fosse andar longe do pago

(...)
Como é linda a liberdade
Sobre o lombo do cavalo
E ouvir o canto do galo
Anunciando a madrugada
Dormir na beira da estrada
Num sono largo e sereno
(...)

Delibab e Buenos Aires

Quando comprei Delibab, de Vítor Ramil, logo depois do concerto no Theatro São Pedro, não imaginava que iría ver o documentário indo em viagem para Buenos AiresE faz todo o sentido ver nesta viagem. O filme relata as vivências e pensamentos de Ramil e as gravações das milongas de um gaúcho que se fez em Porto Alegre, com referência a uma música pampeira e ao mesmo tempo urbanizada, de tudo isso que as lendas e a realidade tratam como algo muito próximo: a Argentina, o Uruguai e os pampas de Rio Grande do Sul.
Uma das coisas boas do Rio Grande é essa: as referências a nossos irmãos do sul e ao mesmo tempo, a integração na Republica Federativa do Brasil. O Rio Grande fala português, mais castelhanizado nas fronteiras, e respeita muitíssimo o castelhano.
Devia levar a minha guitarra para Buenos Aires. Mas não será nesta oportunidade. Um dia, quem sabe, volto só para compor canções. Nesta semana, no entanto, me darei por contente com meia dúzia de versos. Seria bom.

Amanecer

Amanecer
Jorge Luis Borges               
          
En la honda noche universal
que apenas contradicen los faroles
una racha perdida
ha ofendido las calles taciturnas
como presentimiento tembloroso
del amanecer horrible que ronda
los arrabales desmantelados del mundo.
Curioso de la sombra
y acobardado por la amenaza del alba
reviví la tremenda conjetura
de Schopenhauer y de Berkeley
que declara que el mundo
es una actividad de la mente,
un sueño de las almas,
sin base ni propósito ni volumen.
Y ya que las ideas
no son eternas como el mármol
sino inmortales como un bosque o un río,
la doctrina anterior
asumió otra forma en el alba
y la superstición de esa hora
cuando la luz como una enredadera
va a implicar las paredes de la sombra,
doblegó mi razón
y trazó el capricho siguiente:
Si están ajenas de sustancia las cosas
y si esta numerosa Buenos Aires
no es más que un sueño
que erigen en compartida magia las almas,
hay un instante
en que peligra desaforadamente su ser
y es el instante estremecido del alba,
cuando son pocos los que sueñan el mundo
y sólo algunos trasnochadores conservan,
cenicienta y apenas bosquejada,
la imagen de las calles
que definirán después con los otros.
¡Hora en que el sueño pertinaz de la vida
corre peligro de quebranto,
hora en que le sería fácil a Dios
matar del todo Su obra!

Pero de nuevo el mundo se ha salvado.
La luz discurre inventando sucios colores
y con algún remordimiento
de mi complicidad en el resurgimiento del día
solicito mi casa,
atónita y glacial en la luz blanca,
mientras un pájaro detiene el silencio
y la noche gastada
se ha quedado en los ojos de los ciegos.

Buenos Aires, 2.ª parte

Dez programas imperdíveis em Buenos Aires;
Passeios imperdíveis em Buenos Aires;
Imperdibles de Buenos Aires;
10 locais incríveis e imperdíveis de Buenos Aires.
Mais sítios (muito bom este site), entre eles o MALBA - que já fui e vou voltar.
E ainda o Teatro Colon, que tenho tanta curiosidade e estava fechado quando fui da outra vez.
Um percurso longo é certo, mas bom para conhecer, ler, descansar e, ao mesmo tempo, rir da nuvem de cinzas que atormenta o espaço aéreo. Um lindo ônibus, aliás.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

copa sim, despejos não

Outro dia li um colunista que dizia que a Copa ainda não gerou uma onda positiva no Brasil. Sem querer ser pessimista - mas sendo - acho muito natural. Por muitos motivos que oportunamente falarei. Por agora, só fico com a foto.

drogas


A música que passeia os mesmos acordes de without or without you durante um monte de tempo.
Miracle Drug sempre na aldeia: em 2004 (!), numa apreciação sobre o how to dismantle e em 2010.

domingo, 12 de junho de 2011

BA-SP

Programa das próximas duas semanas:
Buenos Aires, de 16 a 23 de Junho;
São Paulo, de 25 a 28 de Junho.
Que delícia e que privilégio.

brique

A redenção hoje estava muito animada. Muita gente na rua. Fantástico mesmo. Talvez resultado da diminuição do frio e do radiante sol. No meio disso, 4 cabeçudos dançavam, numa espécie de escola de samba, que desceu brique abaixo, no meio das banquinhas. Muito bom.
Mas no que me liguei mesmo foi no Conjunto Bluegrass, que estava tocando lá. São muito especiais.

galinhada e cerveja

estou prestes a ir comer uma galinhada (atenção que não é galinhagem - magnífica definição aliás, quem a escreveu estava inspirado) no meu vizinho de baixo. o mesmo que há pouco me telefonou (ali do andar de baixo!!) para me convidar para beber umas cevas e me convidou a levar as minhas latas de cerveja lá em baixo. é assim a vida. guardei uminha.

sábado, 11 de junho de 2011

a voluntários e a jornalista

Voluntários da Pátria fervilhando. As pessoas num vai e vem. Correndo. Os ônibus passando permanentemente, lembrando à massa de transeuntes que o seu lugar é na calçada. Caixas de som animadas pelos microfones dos lojistas, que vendem os melhores produtos do mundo. O camelódromo, as lojas de roupa barata, sapato barato, tudo barato. Fruteiras. Venda ambulante, com o canto do olho virado para o carro verde escuro da brigada militar, que passa fazendo alarde para dar tempo para as pessoas ajeitarem as coisas. E aí a jornalista me liga. Estou ligando para gwb? Sim, o próprio. Ok, é que como está na cbl, queria lhe perguntar se tem contacto com brasileiros, por causa de questões relacionadas com trabalho. 
Se tenho, mas penso que não são estes milhares à minha volta que quer entrevistar.
(que do car*** este recurso do mapa do local!!!! Apareceu ali para mim, de presente, enquanto eu escrevia o post!!!)
mas aparece só quando escrevo, não depois da publicação. q anti-clímax. vou ter de estudar isso.
de qualquer forma, bela ideia, já incorporei um link ao post. de futuro é de pensar sobre esse recurso.
e, de repente, todo este silêncio.

tempos

Hoje vi um documentário muito bacana: família braz - dois tempos.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

é só assim que vale a pena viver.
às vezes encontro uma parede na minha frente. parece pedra dura e que não vai sair dali. depois me dou conta que esta pedra é tão macia que eu próprio posso encontrar nela uma porta e uma janela, porque fui eu que criei esta parede. hoje pretendo encontrar esta janela, e mesmo uma porta bem grande, ainda que no meio das cinzas de um vulcão. há palavras que quero extinguir do meu vocabulário e substituir por outras muito melhores. as que gosto mais são liberdade, audácia, vontade, inconformismo, busca.
Chutar a tristeza para longe, porque a vida é curta e o tempo é uma urgência.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

um título qualquer adequado seria um que sublinhasse oscar wilde, mas estou sem imaginação

Terminei de ler "De Profundis", de Oscar Wilde. É um livro muito bom (que na verdade é uma carta). Muito reflexivo. Pudera. Fiquei achando que é um livro muito importante de ler. Retrata Wilde, claro está, mas também uma época e uma visão de mundo que não se pode perder, para não repetir jamais.
Ontem fui na exposição de fotografias de Guy Bourdin, na Casa de Cultura Mário Quintana. Interessante. Bourdin era meio doidão. Por isso já valeu conhecer.
Também esta semana vi o filme "o poder e a lei". Achei uma chatice. Já não estava acostumado a ver filmes assim. Mal começou, vi as imagens da abertura e já percebi que estava no lugar errado. Depois, é claro, o tempo passou e tal. O filme tem alguma acção. Mas tenho de ter cuidado. Ele não me cheirava bem e na falta de melhor, resolvi empregar duas horas nisso.

um 28 no largo da graça

terça-feira, 7 de junho de 2011

com muros de música em volta
"Mas quando se trata das forças dinâmicas da vida e daqueles que personificam estas forças, tudo se torna mais difícil. As pessoas que desejam apenas atingir a auto-realização jamais sabem para onde estão indo. Nem podem sabê-lo. Num certo sentido, o oráculo tinha razão quando afirmou que o importante é conhecer-se a si mesmo. Essa é a primeira meta do conhecimento. O mistério final somos nós mesmos. Quando tivermos conseguido pesar o sol na balança e medido os degraus da lua e desenhado o mapa dos sete céus, estrela por estrela, ainda restaremos nós. Quem pode calcular a órbita da própria alma?"
Oscar Wilde
De Profundis

segunda-feira, 6 de junho de 2011

quebrando o tabu

Vi há dias Quebrando o Tabu, o documentário onde Fernando Henrique Cardoso pretende abrir um debate sobre as más soluções que o Brasil oferece para a questão do consumo das drogas, em especial da maconha.
Confesso que fui com bastante cautela no filme. E que é muito difícil ver, sem ficar reflectindo sobre como é fácil um ex-presidente falar sobre um assunto que ele nem pensou enquanto era presidente. Ou que, se pensou, deixou guardado na gaveta. Parece que ele e Clinton (que também aparece no filme) não sabiam que as drogas eram um problema mal solucionado, enquanto mandaram nos seus países. E isso me custou um pouco a passar, ao longo do documentário. Bem como a impressão de que "este quer ser o Al Gore, versão descriminalização das drogas".
Tirando estas questões mais pessoais, acho o documentário importante. A sociedade brasileira consegue, em vários assuntos onde a realidade social clama por soluções humanas, ser inacreditavelmente atrasada. E este documentário pode abrir o debate. De certa forma o PSDB (ou pelo menos um símbolo tucano) ultrapassa o PT pela esquerda - só neste ponto, claro está - e isso é bom para ver se a Dilma acorda dos seus sonhos evangélicos. E, obviamente, querendo que a Dilma acorde, também é importante que a sociedade acorde.
Outra coisa que dá voltas ao estômago, é pensar no rigor com que a polícia tratou há poucas semanas atrás os manifestantes em São Paulo que defendiam a discussão em torno da questão da maconha. A polícia baixou o cacetete em cima deles. Agora, felizmente, há um documentário que vai dar o que falar e que apela à discussão e ao colocar a mão na consciência sobre o desvario irresponsável que é o tratamento dos usuários de droga no Brasil. FHC tem sorte de não apanhar da polícia. Assim devia ser com todos os que apelam à discussão da resolução de assuntos das sociedades democráticas.
Adenda: dois links bacanas, acabadinhos de postar no perfil do FB de um amigão:
A marcha mais bonita da cidade;
A guerra contra a droga falhou. Chegou a hora de descriminalizar.

gosto tanto

freedom  voyagers

espaço e tempo

Vantagens do fuso: às 16h00 já tinha as projecções, sem passar uma tarde toda ansioso por elas. E às 20h00 já sabia tudo. Mas isso são as considerações sobre o tempo. As do espaço são más. Gostava de ter estado perto do pessoal, é claro, como faço sempre.
Ouço Polar Dream, enquanto estou tomando café Melitta. À minha frente um livro de Habermas. Antes disso passei quase todo o dia em Portugal, via RTP N.

sábado, 4 de junho de 2011

O papelão

O papelão que estão fazendo Dilma, Lula e o PT. Tentando segurar algo insustentável politicamente. E que bom que é insustentável. O PT na oposição não admitiria jamais uma situação como essa. Ia bufar de ira com um caso Palocci de outro Presidente. E não me venham dizer que todos fazem. Houve um PT pré-mensalão que trazia sonhos. Ver as articulações todas para manter um Ministro que não explica o seu património - que se multiplicou 20 vezes em pouquíssimo tempo, em actividades profissionais do próprio, enquanto exercia actividades políticas - é mais um golpe de um machado muito pior do que o pragmatismo ou da real-politik (que estes a gente até mais ou menos faz um esforço para se conformar, quando tem gente bem pior para ocupar o leme do Brasil, no sentido de preocupações sociais). Mas admitir ocultação de explicações sobre património, quando há uma enorme suspeita, é impossível de engolir. Palocci quer defender os clientes. Do quê? O que eles fizeram é ilegal? Não é o tesoureiro de um pequeno comércio que está em causa. É um Ministro. E não é só o jogo da política, não são os jogos de cintura que se dão para manter um Ministro que não quer se credibilizar, para manter as maiorias. São os sonhos. É o crédito de um partido. Muita gente a duras penas fez o PT crescer. E a presidenta sabe isso melhor do que ninguém. Tudo isso vai sendo jogado pela janela. Este é um novo episódio. Um péssimo exemplo para o povo brasileiro.

Show

Ontem fui show para mim. Depois que se age, que se faz, que se toma uma iniciativa, tudo fica organizado. Tudo se simplifica. Tudo parece caminhar e tudo parece fazer sentido. 22h56 de Porto Alegre. Está chancelado.

futebol e filosofia

Tão bom de ler, este Sócrates: Esse futebol-arte que você diz já não existe. Os africanos eram os últimos da fila mas começaram a contratar treinadores estrangeiros e perderam a ingenuidade. A filosofia burocrática prendeu-os. E o ser livre quando preso não consegue expressar a sua arte.

complicado é isto

No meio de tantas coisas que me parecem complicadas, o que aconteceu com ela demonstra como nada é assim tão complicado. Lembro como ela cantava bem Madredeus. E como foram tempos divertidos aqueles em que ensaiavamos e tocavamos, lá no ACM. Tínhamos uma banda muito qualificada e que girava muito em torno da sua óptima voz. Nunca mais soube do seu paradeiro, a não ser acompanhando as coisas das novelas onde ela parece se ter especializado. E nunca vi uma única actuação sua em nenhuma delas. Mas é óbvio que estas experiências musicais sempre ficam. Tínhamos um grupo engraçado. O António, o David, o João Pedro, o Martinho, o Nélson, a Sónia e mais umas 4 ou 5 pessoas. Tocavamos num Hotel em Sesimbra, semana sim, semana não. Mas fixe mesmo foi tocar em Troia, para uma sala cheia, num Encontro Nacional da Juventude. Foi um fim de semana muito legal. O interessante daquela época é que eu achava que isso da música era tudo normal e que voltaria a acontecer na minha vida com extrema frequência. Nada disso. Foi um deserto até aos up, antes de ainda ter um outro projecto, bem complicado em termos de afirmação e conflitos pessoais, também no ACM. Basicamente eu e o baterista não íamos com a cara um do outro e ele tinha mais peso na relação de forças da banda. Um processo que culminou em atitudes duríssimas minhas. Nem parecia eu, mas eles mereceram. Voltando ao tema inicial, parece que está tudo muito complicado, muito preocupante. Resta torcer para que as coisas melhorem.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

up lx poa mail

Dei uma censurada num vocabulário menos condizente com a aldeia e passível de multa na nova zelândia e austrália, segundo li aqui.
guz escreveu:
mas sim concordo. acho q a parte ritmica está num paradoxo estrutural com o riff que entra em contratempo na ponte suspensa.
Em 2 de junho de 2011 17:32, zumbie escreveu:
Guzbli, o que se passou com a Jota Sound foi que a inversão da métrica no 3º compasso não combina muito bem com o triplicar da ponte na passagem da introdução a seguir ao 2º refrão. E claramente o crescendo da dinâmica de suspensão rítmica em off beat na 1ª parte de cada riff deixa um pouco a desejar pois nota-se perfeitamente que a escala está a acabar em fá.
É preciso treinar para isto não acontecer, certo?
Saúde, camaradazzzzzzz!

ruas, músicas, guitarras

Hoje, descendo a Coronel Vicente, olhei para a art 120 e percebi o engano em que me estaria metendo. Muito metaleira, apesar de muito bonita. Muito bonita mesmo. Talvez demais, talvez não. Pick-ups activos, diferentes, mas para já não. Entretanto, as saudades que tenho da minha jóia epi les paul vão acumulando. Ter um blog tem isso de bom também. Sei com exactidão o dia em que a escolhi para mim. Meu mestre Nicholas me ajudou na compra, além de me ter ensinado a fazer bendings. Um dia ele me disse que a minha era igual à dele. Bom, mas adiante. Saímos da aula, na Guerra Junqueiro, e fomos à Lismúsica, numa travessa da Cavaleiro de Oliveira com Almirante Reis. Acho que ainda não tinha o andar de baixo. Toquei, gostei, amei. Levei para casa ela, no seu case, que não é tão lindo como o case do jota, Morais Soares acima. Deixei-a em minha casa e corri para uma iniciativa qualquer. Era época de referendo.
E depois? Depois isso.

de tempos

Ando dividindo o tempo entre os up (acho que consegui fazer uns acordes bons para uma malha que atravessou voando o oceano e está aqui comigo), o Oscar, o Friedrich, o Jurgen e um caderno.

TV

Estou sem TV, por opção, como já estive nos meses em volta de Julho de 2009. Tenho é internet, que neste momento é bom. Teve uma época que foi questionável se era bom ou mesmo preciso ter. 
Sem fundamentalismos, sem respostas eternas, sem ficar pesando muito os prós e contras e sem valorações sobre se faz falta ou não, o certo é que objectivamente, sem TV, sobra muito mais tempo em casa. Escrita, leitura, estudos e guitarra saem amplamente beneficiados. É impressionante.

Mr Eastwood


Provavelmente a primeira música que ouvi de Dead Combo. E agora chega! Se não passo a noite postando estas maravilhas.

lógicas

Não tem qualquer lógica. É um raciocínio completamente estúpido. Mas é o que é.
É uma equação do tipo: y = 1,3 e 2y = 1.

up lx mail

Guzbli, seguem sounds.
O jota sound em versão baixo + bateria. É para treinar e a música ficar do marsupião.
Segue outra musiqueta do Pelso, ainda em estado embrionário. Muito embrionário. Muito embrionário mesmo.
Podes começar a imaginar cenas maravilhosas para adiccionar.
Saúde e abraços!

Combos de Junhos


Queria fazer o primeiro post de Junho com música e me lembrei de Dead Combo, do nada (ou do tudo, sei lá). Deles tenho particular gosto por Cuba 1970, que está aqui neste post. Estava seleccionando a música e, por acaso, vi a versão ao vivo, no São Jorge. Pensei de imediato eu estava lá! Aliás, com um queridíssimo amigo. E em que mês foi? Em Junho! Dia 4 de Junho passado. Fiquei chocado com os fios que pode ser que se unam no cérebro sem a gente saber, ou então com a coincidência. Sobre o concerto, assistimos sentados no chão, com a sala apinhada. Sortudos como o caraças nós, que não entramos na apresentação do DVD - na sala ao lado - que terminou quando a fila do concerto a sério já estava espalhada pela entrada do São Jorge como uma serpente gigantesca, lembrando o dragão que o São Jorge quer matar. Nós éramos os segundos ou terceiros da fila.