quinta-feira, 30 de setembro de 2004

Lea: o regresso

A propósito da lea, é preciso dar-lhe os parabéns.
Ela vai voltar para o curso que tinha trancado há já algum tempo, na faculdade, mais precisamente no ISCTE (que é o máximo).
Foi uma das boas notícias que recebi ontem, numa semana que não começou da maneira mais agradável.
Força lea, não desistas e procura sempre.

Corredos de Espernaça

Dito assim, ninguém compreende.
Eu explico.
O MSN messenger tem a grande virtude de pôr toda a gente a cometer erros, na ansia de tentar fazer a comunicação com mais rapidez.
A pressa é mesmo a inimiga da perfeição, contrariamente ao que diz a borboleta do Hotmail que diz "aqui a pressa é amiga da perfeição".
Mas então, voltando ao corredos de espernaça, a lea (uma amiga minha que tem este "nick", "apelido" em português do Brasil e "alcunha" em português de Portugal) me disse estas duas palavras novas, que achei extraordinárias. E a expressão "corredos de espernaça" foi proposta pela própria lea.
Espernaça é uma palavra linda: parece que é a esperança de quem efectivamente esperneia para conseguir atingir um objectivo. Parece uma esperança mais activa que a simples esperança.
Corredos é um neologismo para corredor. Quanto a este nada a dizer. Parece tanto como o outro, com a excepção do "s" em vez do "r".
Ai meu Dues, como eu disse um dia.

quarta-feira, 29 de setembro de 2004

Grêmio na segunda

O Grêmio já ninguém segura.
Imparável no caminho da descida de divisão.
Só com um cabo de aço para segurar este time na primeira divisão.
Mas eles querem mais: querem o último lugar. Vamos ver se atingem este nobre objectivo.
Parece que todo o time usa um escafandro, mas o melhor mesmo era comprarem um submarino, tamanha é a persistência do time em ficar abaixo da linha d'água, imerso nos lugares que lhes darão acesso a merecida e procurada despromoção.
Força Grêmio, o Internacional te apoia nesta cruzada para voltar para a Segundona.
Apesar de nunca termos lá estado, deve ser um lugar muito especial, aonde o Grêmio gostou de jogar no passado recente e irá jogar no próximo campeonato.
Boa sorte gremistas!

terça-feira, 28 de setembro de 2004

Última hora: a falência do sistema do aperta-aperta

No PÚBLICO de hoje.

Sistema de Quotas para a Imigração Só Legalizou Três Pessoas

O Sistema de Quotas Surgiu para Disciplinar a Entrada de Mão-de-obra Estrangeira no País e Combater, Assim, a Imigração Ilegal.
Mas, no Seu Primeiro Ano, Está a Revelar-se Um Fracasso a Toda a Linha: em 2004, Só Três Trabalhadores Entraram por Este Caminho no Mercado Laboral Português.
Houve 60 Candidaturas. As Vagas São 8500.
O Sistema Não Está Informado, Os Imigrantes Também Não e Os Empresários Continuam a Preferir Recrutar Ilegais.

Por RICARDO DIAS FELNER
Terça-feira, 28 de Setembro de 2004

A tentativa do Governo de regular a imigração através do apuramento das necessidades de mão-de-obra no país - tarefa que coube ao Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) - não está a ter resultados. Dos 8500 imigrantes que deveriam entrar em Portugal este ano, no âmbito da quota definida pelo Governo, apenas três obtiveram o visto de trabalho que lhes permite estabelecerem-se em Portugal e apenas 60 se candidataram.
Segundo dados do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), os três imigrantes legalizados ao abrigo do sistema de quotas são um brasileiro, um moldavo e um ucraniano, que irão exercer as profissões de trabalhador agrícola, escriturário e copeiro, respectivamente.
Este valor vai contra as todas as expectativas, quer do Governo, quer da oposição, quer de várias entidades ligadas ao mercado laboral e à imigração, a maioria das quais entendia que a própria quota de 8500 seria demasiado reduzida.
A fixação de um limite máximo anual de entradas de cidadãos de Estados terceiros foi considerada pelo Governo como "um instrumento decisivo para a regulação e estabilização das entradas em território nacional". O Governo acreditava que este sistema permitiria que o número de imigrantes que viessem para Portugal se ajustasse às necessidades do mercado de trabalho. Desta forma - defendia o Governo -, evitar-se-ia que continuassem as correntes de imigração ilegal e que bolsas de desemprego contribuíssem para a marginalização das comunidades estrangeiras.
Dos diversos ministérios que lidam directamente com o processo - MNE, Ministério da Administração Interna (MAI), e Ministério dos Assuntos Económicos e do Trabalho (MAET) - ninguém avançou com uma explicação para o fracasso desta filosofia, verificado até ao momento. Do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e do IEFP, apesar da insistência do PÚBLICO, também ninguém quis fazer qualquer comentário.
Mas alguns responsáveis relacionados com o fenómeno da imigração admitem que o falhanço do processo revela que os empresários portugueses continuam a preferir recrutar ilegalmente imigrantes - que entraram clandestinamente em território nacional -, em vez de enveredarem pelo processo oficial e legal.
Um dos responsáveis que ficaram mais admirados com a fraca concessão de vistos foi, precisamente, o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, Francisco Van Zeller. Recorde-se que Van Zeller mostrou-se muito crítico relativamente à quota fixada pelo Governo, em Janeiro (as 8500 vagas), dizendo publicamente que "lhe dava vontade de rir" por ser tão baixa relativamente às carências de mão-de-obra existentes em Portugal.
"Não sei bem o que aconteceu", disse. "Mas tenho a certeza que continua a haver uma grande falta de mão-de-obra pouco qualificada no país", referiu, acrescentando depois algumas hipóteses explicativas: "É possível que os imigrantes prefiram vir para cá clandestinamente. É possível que os empresários estejam mal informados sobre o processo ou sobre os procedimentos para contratar lá fora. Ou que muitas empresas, uma vez em dificuldades, tenham preferido os imigrantes ilegais, sem contrato", afirmou, salientando que os patrões em situação de crise "ligam pouco às leis".
Timóteo Macedo, presidente da associação Solidariedade Imigrante, também se mostrou incrédulo, mas não tem dúvidas que "isto só prova que as empresas não estão interessadas em trabalhadores legais": "Para quê ter que enfrentar a burocracia, para quê ter de fazer um contrato, se há por aí já tantos imigrantes ilegais prontos a serem explorados?", ironiza.
Outra das causas para o facto de o sistema de quotas não estar a funcionar relevará de não se terem concretizado os acordos bilaterais de contratação de trabalhadores celebrados com a República de Cabo Verde, com República da Bulgária e com a República Federativa do Brasil - em 1997 e em Maio e Setembro de 2003, respectivamente.
A lei que regulamentou o sistema por quotas, entrada em vigor no dia 12 de Março de 2004, deveria também agilizar os procedimentos burocráticos de legalização de estrangeiros, visto que a lentidão do anterior processo era apontada como uma das razões para o facto de os empresários não aderirem à contratação pela via legal. A avaliação dos pedidos de visto de trabalho passou a ser tratada, no prazo máximo de 30 dias, simultaneamente, por todas as entidades implicadas: Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), Inspecção-Geral do Trabalho e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

quinta-feira, 23 de setembro de 2004

Minolta ou Xerox?

A respeito de uma formação que estou fazendo, queria abordar aqui um princípio fundamental, no âmbito do Contrato de Trabalho, que tem sido esquecido por parte das entidades patronais e que se tem tornado numa grande preocupação para os aplicadores do direito.
Pelo menos, o nosso formador referiu este princípio, que eu confesso que não conhecia.
O princípio é o seguinte:
“Proibição de fotocopiar o trabalhador no local de trabalho”.
Pois é. Sei que estão embasbacados a pensar, “como não pensei nisso antes!?”. Mas a dura realidade de violações a este princípio já há muito é comentada no interior das grandes empresas.
Tudo começa com a instalação de uma máquina fotocopiadora no local de trabalho, que um dia aparece, não se sabe bem porquê.
No dia seguinte, ou até no mesmo dia, surge alguém para ensinar a trabalhar com a máquina. O trabalhador, nesta fase, já deveria se recusar o aprendizado do modo de funcionamento da mesma, que é, no fim de contas, a sua inimiga mortal. Mas não o faz, colocando em risco toda a sua integridade física e moral.
A partir do momento em que o trabalhador começa a conviver com a máquina miserável, começa a tirar fotocópias de uma série de papéis, da mais variada natureza. Inclusive, em alguns escritórios, fazem cópias de contratos de trabalho, que são terríveis, pois a mais pequena redução ou ampliação determina a sua invalidade para todo o sempre (isto também aprendi na formação).
Mas como eu ia dizendo, cópia aqui, cópia ali, e pronto, estamos vulneráveis a um dos mais eficazes métodos de pressão até hoje conhecidos: a “Fototrab”, ou a fotocópia do trabalhador.
Nas grandes empresas, fala-se a boca pequena, nas sub-caves dos armazéns, esta prática tem sido implementada.
Tudo se passa da seguinte forma:
O encarregado chega na sala com uma fotocopiadora portátil (sim, existem, da marca Shogun) e pede o auxílio do trabalhador.
O trabalhador extasiado com a fotocopiadora portátil, e sem medo das fotocopiadoras (pois como expliquei acima estas máquinas de sadismo estão a mercê de qualquer trabalhador, hoje em dia) diz: “eh pá, que esquisita esta tua máquina”, ou “bela máquina”.
O encarregado então dirá, ou deveria dizer (ao que consta dos Manual de Patifarias com Fotocopiadoras Portáteis Shogun, publicado pela editora Mais Um, em 1998): “Olha lá, aperta o botão azul”.
E pronto, o trabalhador apertará e está feita a fotocópia, em péssimas condições ainda por cima, porque o depósito de toner destas máquinas é reduzido, não fixando todos os detalhes dos trabalhadores.
São estas dificuldades de fotocopiar e as péssimas condições das cópias, que determinam a inclusão na doutrina laboral, da proibição acima exposta.
Foi um ponto onde a discussão esteve muito acesa, na negociação do último Código do Trabalho. A União das Confederações de Trabalhadores de Garimpo de Aveiras de Cima é que conseguiu que esta proibição constasse do Código, tendo admitido uma diminuição dos seus salários e um aumento das suas horas de trabalho, desde que não fossem fotocopiados.
Por seu lado, a Federação de Fábricas de Fusíveis para Relógios d’ Água, ainda tentou negociar, sugerindo que as fotocópias pudessem ser feitas, desde que autenticadas pelo Notário.
O resultado, porém, foi francamente positivo para os trabalhadores, que neste momento podem trabalhar em paz, sem haver risco de serem fotocopiados ao desbarato, livrando-se de todos os riscos inerentes a esta situação, como aparecerem na capa de algum cd pirata vendido na Feira da Ladra.
É necessário fazer a ressalva de que o trabalhador poderá ser fotocopiado fora do local de trabalho, como resulta, a contrário, do princípio acima enunciado.
Porém, a definição de local de trabalho adoptada, foi a da anterior Lei de Acidentes de Trabalho, que inclui no conceito em causa, o percurso do trabalhador até a sua casa.
Parece-nos que desta forma ficou tutelada a integridade do trabalhador individual, garantindo a Justiça e um dos mais elementares direitos dos trabalhadores.

quarta-feira, 22 de setembro de 2004

E - Government

Aproveitando que Santana Lopes está fora, fazendo discursos e em coquetéis da ONU, o seu governo fez uma pausa no chamado e-government.
Assim, a colocação dos professores do ensino secundário vai ser feita à mão, à pata, tudo em contra-relógio, até ao dia 30 de Setembro.
Em cima do joelho, tudo à pressa, pois um milhão de alunos estão à espera.
Chega de acusações contra este governo.
Chega de conversas.
Chega de má-vontade.
Chega de suspeição.
Temos de os abraçar e rezar para que estes 2 anos restantes passem depressa e sem muitos mais desastres.
Pois, afinal, eles são mesmo muito incompetentes.

terça-feira, 21 de setembro de 2004

Stargate - Capítulo I

Por diversas vezes, tentaram descobrir o enigma.
Como era possível uma ocorrência desta natureza, ninguém compreendia.
Foi então que na última edição da Revista Science, John Metalknorck, avançou com a seguinte teoria, que passo a explicar em termos mais simplificados, sem utilizar aqueles vocábulos estranhíssimos dos cientistas.
Em Janeiro de 1998, foram encontradas ruínas de umas termas romanas, em Conimbriga. Ora, ao proceder-se a escavações, qual não foi a surpresa, quando foi descoberta uma câmara subterrânea, com cerca de 100 metros quadrados de extensão.
No meio da câmara, havia uma porta gigantesca, com 2 códigos para descodificar.
Um dos códigos era o código que abria a porta e o segundo era relativo ao fechamento da porta.
Rapidamente foi reunida uma equipa internacional de cientistas, recrutados em diversas Universidades, contratada exclusivamente para proceder à descodificação da porta.
Após todos estes anos de investigação, foi descoberto o código de abertura (unlock-code door proceeding, conforme foi denominado por Alston Donald, cientísta americano) em Julho de 2004. Mas ainda não foi desvendado o seu código de fechamento.
Ora, os governos do mundo fizeram muita força para que o Stargate (Estargueite, segundo a versão portuguesa, do projecto, que encontra-se na internet em www.estargueite.pt, apesar da página estar cheia de problemas, às vezes não está no ar) fosse rapidamente aberto.
O cientista americano referiu que dever-se-ia abrir a porta, porque a chave para o seu fechamento iria mais facimente ser desvendada, após o "unlocking". Hans Ljundberg (sueco), Dimitri Baicev (russo) e Jean Poulet (francês) opuseram-se com veemência no princípio, tendo porém, na altura da votação retirado qualquer objecção.
Foi assim que em 4-7-2004 foi aberta a caixa de Pandora, através de um código de 20 dígitos.
Agora, tudo se alterou.

Catastrófe V: o esclarecimento a posteriori

Acho que tenho de fazer a advertência de que catástrofe e catastrófe não são a mesma coisa, conforme explico no texto "Catastrófe!".
Houve aí umas falhas interpretativas que me exigem que faça este esclarecimento.

Catastrófe IV: o ataque final

O exemplo acabado da catastrófe (ver o texto Catastrófe!, para perceber esta expressão) é a maneira como Santana Lopes e a sua Ministra da Educação estão gerindo a colocação de professores este ano.
O ano lectivo já começou, e 50.000 (cinquenta mil) professores não sabem da sua colocação ou se sequer irão ser colocados, por pura incompetência do Ministério, estando imensas escolas fechadas.

segunda-feira, 20 de setembro de 2004

Catastrófe III: o instrumento de censura.

Catastrófe, andei a pesquisar, também é um instrumento que foi muito utilizado pelos censores, no governo de Salazar.
É um instrumento que foi importado da Alemanha, dos tempos de Hitler.
Na verdade é um sensor, utilizado por um censor! É um belo trocadilho, que poderia pôr em causa o crédito desta artigo científico.
Passo a explicar: o catastrófe é uma espécie de caneta com uma ponta que tem uma lâmpada vermelha. Ao passar por partes do texto que ofendam, ou possam ofender, um determinado regime político, a luz vermelha pisca. Nesta ocasião, o censor poderá premir um botão na caneta, que imediatamente elimina toda a estrofe do texto.
Esta invenção, simples e engenhosa, estava a cair em desuso, mas hoje em dia a sua utilização voltou a ser promovida.
Sousa Lara, por exemplo, encorajava o seu uso e o usou vezes sem conta. Uma vez, deixou o seu catastrófe sobre um livro de José Saramago durante a noite, tendo o mesmo instrumento avariado para todo o sempre. Assim, Sousa Lara teve de encomendar um catastrófe novo, que no mercado negro de Berlim custa 1080,00 Euros. A ira que se apoderou de Sousa Lara foi tamanha, que passou a perseguir sempre que podia Saramago, o "ser amargo", como Lara gostava de o chamar. Desde lhe murchar os pneus do automóvel, até tocar-lhe a campainha a meio da noite, Lara não deixou mais Saramago em paz.
Até que Saramago, verdadeiramente chateado, ofereceu um exemplar de "O Evangelho segundo Jesus Cristo" para Sousa Lara, logo que o mesmo foi publicado. Numa notinha da carinhosa dedicatória, Saramago dizia: "sinto que me converti".
Ora, Sousa Lara, resolveu ler o livro, contente com a sua participação na conversão de Saramago.
Porém, foi só colocar o livro em cima da sua secretária, que toda a sua colecção de catastrófes, com o seu nome gravado, desataram a fumegar, tendo incendiado a gaveta aonde estavam guardados.
Foi nesta ocasião que Sousa Lara preferiu não indicar o nome de José Sarmago para concorrer ao Prêmio Nobel. Nobel este que já sabemos que Saramago veio a receber posteriormente. Esta é a história real sobre uma situação que nunca ninguém havia conseguido compreender.
Hoje em dia é Paulo Portas, Ministro da Defesa de Portugal, que tem feito muito uso deste instrumento.
Mas não sabendo muito bem como dosear o uso, às vezes apanha choques, que são a justificação para a sua queda de cabelo.

Catastrófe II: o terror dos artistas

Uma catastrófe é terrivel. Várias são terríveis.
Este problema ocorre muitas vezes com os poetas e escritores.
É um verdadeiro drama.
A catastrófe (do latim cata-strofi) é um insecto, da família das traças, que cata estrofes nos mais variados poemas, nos locais menos apropriados.
Vários poetas tiveram situações lamentáveis, a propósito do pequeno insecto cheio de bigodes.
Com Luis de Camões, por exemplo, ocorreu uma desgraça. A versão original d'Os Lusíadas, diz-se, tinha 22 cantos. Mas como Camões era muito descuidado, deixou o Livro embaixo da cama de uma musa que tinha a casa infestada de catastrófes. Assim perdeu-se uma parte de grande relevo da obra, aonde Camões profetizava o fim de Portugal em 2004, às mãos de um qualquer Sant'anna.
Fernando Pessoa também teve problemas com estes insectos, existindo uma teoria de que Almada Negreiros pregou uma partida ao Poeta, tendo introduzido os maldosos insectos num açucareiro do Café "A Brasileira", que imediatamente após saírem do recipiente assassinaram um dos pseudónimos do Fernando Pessoa, que assim nunca se deu a conhecer.
Existem algumas variantes de tal insecto. Por exemplo, o cata-parágrafos, que atacou toda a obra de José Saramago de uma só vez.
Também existe a mutação catapartitura (cata-partituris), que, como a história conta, Salieri, por inveja, ofereceu a Mozart num ramo de flores. Perderam-se muitas obras da música de Mozart assim. Após o falecimento de Mozart, Salieri dissecou os insectos, recolheu as sobras das partituras e compôs os seus temas mais famosos, chamados "partituris catatis in insectis", que toda a gente conhece, mas com outro nome, que não revelo para não pôr em causa o valor de Salieri, pois são os temas mais bonitos deste compositor.

Catastrófe!

A propósito da injustiça que é a limitação do pedido de Abono de Família da Segurança Social aos titulares de Autorização de Residência (leia-se ao menor portador de Autorização de Residência) o senhor Miguel, cidadão santomense, vítima desta injustiça, porque só tem Autorização de Permanência, sendo que o filho ainda não tem qualquer visto, resumiu numa palavra toda a sua (nossa) revolta:

"Isto é uma catastrófe!"

Nunca tinha me apercebido, mas catastrófe é francamente mais grave do que uma simples catástrofe.

A aparição

Bom fim de semana o que passou.
Entre outras coisas, o meu computador voltou para casa, depois de 2 meses passeando (estava com um problema).
A festa de aniversário do António e da Maria.
A festa de aniversário da Maria João.
A aparição de sexta feira.
O café do lago de espelhos.

sexta-feira, 17 de setembro de 2004

O primeiro ano da Aldeia Blogal

Não podia deixar de festejar aqui o primeiro ano deste blog, que vem acompanhando os meus dias e me dando oportunidade de guardar alguns dos meus pensamentos e algumas das coisas que quero recordar.
Há montes de coisas que não ficam aqui gravadas. E algumas que nem podem ficar. Mas elas acabam por ficar nas letras das músicas e nos poemas ou de maneira mais ou menos explícita.
O importante é que o blog acabou por criar vida própria e neste momento não é bem ele que vive para mim, mas sou eu que já sinto necessidade de lhe dar alimento e de preferência bom alimento, para não ficarmos todos enjoados.
Um ano é um ano e me lembro ainda de como foi complicado "postar" o primeiro texto, achando que podia ter erros e que cada erro era visto por todos os milhões de terráqueos.
Bem, estou satisfeito e vou continuar a cuidar deste espaço.
Parabéns para a Aldeia.

Livros para Timor - Leste

Pode enviar-se livros para Timor, como correio Económico (2kg=2,75 euros).
A Embaixada de Portugal em Dili em resposta a um e-mail de uma Sra. que se chama Ana Afonso, informou que são necessários manuais escolares de todas as disciplinas do 1º ao 12ª anos, com excepção de História de Portugal e Línguas Estrangeiras.
E que poderá ser enviado outro tipo de material, nomeadamente, Enciclopédias, livros de Banda desenhada, Atlas, Romances e Livros de Aventuras (direccionados mais para os jovens).
O material pode ser remetido para: Embaixada de Portugal em Díli - Serviços de Educação - Rua Presidente Nicolau Lobato, Díli - Timor Leste

quinta-feira, 16 de setembro de 2004

O Grêmio faz aniversário e o Inter é quem faz a festa

Carlos diz:
veio ontem foi o anivesario do Gremio: 101 anos
Carlos diz:
demos 2X0 para eles festejarem por muitos anos de vida
Carlos diz:
por isso vamos la
Carlos diz:
PARABENS A VOCE NESTA DATA QUERIDA MUITOS ANOS DE VIDA! PARABENS A VOCE
Carlos diz:
LIGUEI para o Ervin, gabriel e filho da Zelia (felipe) para dar os parabens
Carlos diz:
o Ervin principalmente disse que eu estava debochando dele! imagina eu fazendo isso
Carlos diz:
para o meu amigo de loja trouxe um chocolate
Carlos diz:
ahahahahahahha
Carlos diz:
melhor que vencer da Argentina é vencer do Gremio
Gustavo (viva o CSKA) diz:
é verdade
Gustavo (viva o CSKA) diz:
posso por esta tua conversa no meu blog?
Carlos diz:
É a primeira vez que ha um Gre-nal por uma competição sul americana
Carlos diz:
fazem 3 anos que começou e é reconhecida pela fifa
Carlos diz:
é o nome é deste campeonato é SUL AMERICANA
Carlos diz:
o Cuca treinador de futebol que chegou no gremio há dois jogos esta dizendo que quer 5 contratações ate 6 feira
Gustavo (Inter 2-0 Grêmio (de aniversário estes, 101 anos) diz:
ehehehhehehehehehee 5! eu acho q precisa 22! ate amanha!
Carlos diz:
data limite para as contratações para o Brasileiro de 2004 ou segue a sua vida
Carlos diz:
ja jogou a toalha ontem no final do jogo
Gustavo (Inter 2-0 Grêmio (de aniversário estes, 101 anos) diz:
espirito gremista
Carlos diz:
frases do Tecnico do gremio conforem esta na Zero hora de hoje:
" O Gremio toma um gol e acaba o mundo"
" é preciso ter uma reação, do contrario nao salva"
Não vou esperar o final do mes para receber o salario tem que reagir
"dinheiro se nao tiver da um jeito o que nao pode e cair para a Segunda divisão
Carlos diz:
ahahahahahaha ele esta apavorado
Gustavo (Inter 2-0 Grêmio (de aniversário estes, 101 anos) diz:
ehehhehehehehehe, tambem aonde foi se enfiar
Gustavo (Inter 2-0 Grêmio (de aniversário estes, 101 anos) diz:
pobres diabos vão descer
Carlos diz:
outra do cuca
" se nao mudar a atitude e a fotografia do time nada vai mudar
Gustavo (Inter 2-0 Grêmio (de aniversário estes, 101 anos) diz:
cara esperto

quarta-feira, 15 de setembro de 2004

O mundo está doente

Índios

Letra: Renato Russo
Música: Legião Urbana

Quem me dera, ao menos uma vez,
Ter de volta todo ouro que entreguei
A quem conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha

Quem me dera, ao menos uma vez,
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Explicar o que ninguém consegue entender:
Que o que aconteceu ainda está por vir
e o futuro não é mais como era antigamente.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
E fala demais por não ter nada a dizer

Quem me dera, ao menos uma vez,
Que o mais simples fosse visto como o mais importante,
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês
É só maldade então, deixar um Deus tão triste

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
Entenda, assim pude trazer você de volta pra mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim

E é só você que tem a cura para o meu vício de insistir
Nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi

Quem me dera, ao menos uma vez,
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes

Quem me dera, ao menos uma vez,
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Como a mais bela tribo, dos mais belos índios,
Não ser atacado por ser inocente.
Nos deram espelhos e vimos um mundo doente

Tentei chorar e não consegui.

domingo, 12 de setembro de 2004

A bola rolou na praia

A Casa do Brasil de Lisboa ficou em segundo lugar no I Torneio de Futebol de Praia dos Imigrantes, realizado na praia de Santo Amaro de Oeiras.
Neste torneio, organizado pelo ACIME (Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas), participavam 4 equipes. A saber: África; Brasil; Ucrânia; Resto do Mundo.
A Casa do Brasil era a representante do Brasil, como é óbvio.
Nosso time, no qual tive a honra de jogar, ainda que pouco tempo, porque a areia pesa imenso, teve os seguintes resultados:
No primeiro jogo vencemos o Resto do Mundo (que era o time do ACIME), por 3-0.
No segundo jogo, com a África, empatamos 0-0.
No terceiro jogo, pegamos de novo a África, na final, e fomos batidos por 2-0, ficando assim no segundo lugar.
O nosso segundo lugar foi uma óptima colocação e mesmo nós brasileiros (que achamos sempre que o segundo lugar é o primeiro dos últimos) consideramos bom. A equipe da África joga já há muito tempo junta, já tem um monte de campeonatos nos pés. Ia ser estranho se fosse fácil batê-los no torneio.
Como na minha opinião um time é um time, é um bloco, uma coisa só, não vou destacar os nossos melhores jogadores. Também, sinceramente, na areia é difícil destacar os melhores, porque aquilo nem é bem futebol, é uma guerra. Complicadíssimo de se jogar, para ganhar é necessário que o time seja uma massa muito homogênea, porque não há muitas condições de resolver os jogos com jogadas individuais.
Assim, destaco o time todo, com excepção apenas do Anderson, nosso capitão, que merece muitas palmas, pois tem levado muito a sério a nossa equipe, agendando torneios e jogos.
Aliás, era ele quem merecia ter ido receber a taça no palanque (e não eu) e receber dois beijinhos daquela mexicana que era uma verdadeira princesinha. Na hora o Anderson me pediu para eu ir, eu insisti que ele fosse, mas ele achou melhor ser eu e eu acabei tendo também esta honra.
Parece que o resumo do Torneio irá passar no dia 19/9/2004, no programa de TV do ACIME, "Nós", transmitido na RTP 2, aos Domingos de manhã, por volta das 10:00.
Ainda é preciso fazer referência que neste torneio não se mostrou nenhum cartão e sublinhar o facto de ter imperado, na maior parte dos casos, o espírito de Fair Play.
Parabéns para todos nós.

quarta-feira, 8 de setembro de 2004

Tudo serve

At the immigration desk, somewhere in Europe:
- Your name?
- Abu Dalah Sarafi.
- Sex?
- Seven times a week.
- No, no, no..... male or female?
- Male, female and sometimes a camel !

terça-feira, 7 de setembro de 2004

Pérola do Bushismo

Fugiu-lhe a boca para a verdade.
É uma pena que eu não tenha arranjado a data e local destas declarações, mas vi-as na TV e outro dia encontrei a citação na internet.
"Our enemies are innovative and resourceful, and so are we.
They never stop thinking about new ways to harm our country and our people, and neither do we"
George W. Bush

sexta-feira, 3 de setembro de 2004

A história do traço do 7.

Mais um facto histórico que anda a circular na net, verídico e de fontes fidedignas.

Eis a explicação sobre porque é que certas pessoas fazem aquele traço horizontal no meio do algarismo 7 (que, como se vê aqui, não pertence ao número).
Conta a lenda que uma multidão estava reunida aos pés do Monte Horeb, para ouvir os 10 mandamentos serem proclamados por Moisés.
Quando, ao chegar no sétimo mandamento, Moisés disse em alto e bom som "Não cobiçarás a mulher do próximo!", a multidão instantaneamente gritou, num sonoro coro:
"Corta o sete, corta o sete!"

Bush nos Jogos Olímpicos

Isto anda circulando na net e deve ser verídico. Aliás, é capaz de não ser, mas apenas pelo facto de o Bush não ter feito um discurso de abertura dos Jogos Olímpicos.

Bush begins his speech to open the Olympic Games:

He looks at his paper and says:

- Ooooo! Ooooo! Ooooo! Ooooo! Ooooo!

An aide comes over and whispers:

- Mr. President, these are the Olympic rings... Your speech is below.