Uma catastrófe é terrivel. Várias são terríveis.
Este problema ocorre muitas vezes com os poetas e escritores.
É um verdadeiro drama.
A catastrófe (do latim cata-strofi) é um insecto, da família das traças, que cata estrofes nos mais variados poemas, nos locais menos apropriados.
Vários poetas tiveram situações lamentáveis, a propósito do pequeno insecto cheio de bigodes.
Com Luis de Camões, por exemplo, ocorreu uma desgraça. A versão original d'Os Lusíadas, diz-se, tinha 22 cantos. Mas como Camões era muito descuidado, deixou o Livro embaixo da cama de uma musa que tinha a casa infestada de catastrófes. Assim perdeu-se uma parte de grande relevo da obra, aonde Camões profetizava o fim de Portugal em 2004, às mãos de um qualquer Sant'anna.
Fernando Pessoa também teve problemas com estes insectos, existindo uma teoria de que Almada Negreiros pregou uma partida ao Poeta, tendo introduzido os maldosos insectos num açucareiro do Café "A Brasileira", que imediatamente após saírem do recipiente assassinaram um dos pseudónimos do Fernando Pessoa, que assim nunca se deu a conhecer.
Existem algumas variantes de tal insecto. Por exemplo, o cata-parágrafos, que atacou toda a obra de José Saramago de uma só vez.
Também existe a mutação catapartitura (cata-partituris), que, como a história conta, Salieri, por inveja, ofereceu a Mozart num ramo de flores. Perderam-se muitas obras da música de Mozart assim. Após o falecimento de Mozart, Salieri dissecou os insectos, recolheu as sobras das partituras e compôs os seus temas mais famosos, chamados "partituris catatis in insectis", que toda a gente conhece, mas com outro nome, que não revelo para não pôr em causa o valor de Salieri, pois são os temas mais bonitos deste compositor.
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