quarta-feira, 31 de março de 2010

Tanto por fazer

Há tanta música para ouvir, tantas exposições para ver, tanto por experimentar.
Há futilidades que geram discussões.
Tantas coisas em que devíamos nos concentrar, coisas que valem a pena apreciar, dar-nos a oportunidade de conhecer.
Discussões que não deviam existir.
Temos tão pouco tempo para fazer tudo o que temos e podemos dar-nos o direito de fazer. Os recursos são tão escassos.
Tanta energia gasta. Baldes de vida jogados fora pela janela.

Primeiras abordagens

Coisas boas de se fazer são aquelas que se fazem sem pensar muito, aproveitando elas por elas mesmas, sem ficar programando tudo. Sem querer tudo perfeito, em eixos muito determinados.
Provavelmente daqui a pouco tudo estará substituído (ou não) por algo mais elaborado. Mas eu, pessoalmente, talvez por ter tantas saudades das primeiras vezes (tinha tanto!) e primeiras perspectivas perante a música, valorizo muito as primeiras impressões, as primeiras acções, as primeiras abordagens. Tudo é tão mais fácil, mais autêntico, mais original, quando se está no início de um processo criativo. Tudo está em aberto e é preciso fazer um grande esforço para não sermos nós próprios a estabelecer as barreiras.

Gube

Juntei os Gube à minha lista de grupos musicais.

terça-feira, 30 de março de 2010

segunda-feira, 29 de março de 2010

Enigmas (ainda mais um)


quando um enigma é muito difícil de entender, talvez a explicação seja muito simples: é um erro. se não for erro, é porque pode ser uma coisa muito irracional mesmo.

terça-feira, 23 de março de 2010

Saúde na América

Fica o elogio para o Obama, pela reforma da saúde. Quero ainda, quando ele decidir agir e vencer, elogiá-lo pelo fecho de Guantanamo e pela regularização dos imigrantes. Promessas dele.

segunda-feira, 22 de março de 2010

sábado, 20 de março de 2010

sexta-feira, 19 de março de 2010

Atrofios

E sobre este post, digo que para mim ele diz tudo.

Como é possível que a humanidade às vezes se segure, se atrofie, se omita de progredir enfiada no pensamento único, na burocracia, na forma (vista no seu pior conceito) e em todas estas imundícies que às vezes são alegadas para repreender e impedir a criatividade?
(Não gosto de expor com perguntas - aliás pouco se expõe assim. Mas confesso que às vezes elas dão um jeitão enorme. Especialmente quando estou resmungando contra os formalismos.)

Dá que pensar

Vai alguém no teu lugar e gosta tanto.
É um alívio, uma satisfação e uma certeza.

Incitatus

É incrível como os movimentos a favor dos direitos* dos animais esquecem de Incitatus, o cavalo preferido de Calígula, que esteve para ser nomeado Cônsul de Roma. Sim, o cavalo.
É, talvez, o animal que mais próximo esteve de uma cadeira do poder.
* Ou proteção, para os amigos juristas não me encherem a caixa de comentários.

Quotas

Hoje de manhã ouvi Edson Santos, Ministro Chefe da Secretaria Especial da Promoção de Políticas de Igualdade Racial, da Presidência da República.
Achei corajosa e justíssima a proposta das quotas para negros nas Universidades Públicas. Sou completamente a favor dela.
Aprendi que 50,06% dos brasileiros se declaram "pretos e pardos". Aprendi que 12% da população do Rio Grande do Sul é negra e que 80% da população da Bahia é negra.
Aprendi que o Brasil é o país não africano com maior contingente de população negra.
Ouvi dados científicos sobre como a desigualdade, de riqueza e de oportunidades, está relacionada com a cor da pele, no Brasil.
Fiquei contente com as propostas. Sei que sempre são discutíveis as quotas, mas são absolutamente necessárias para inverter as lógicas discriminatórias, quando elas existem. Há uma frase que sintetiza muita coisa para mim: discriminação positiva para inverter a discriminação histórica e atual.

1-2

Estava com uma ganda fezada que passavamos ao Marselha.
E desta vez o golo não teve qualquer dúvida.

terça-feira, 16 de março de 2010

Há quem não veja

Há quem pense que um cargo não é trabalho.

Enigmas (mais um)

Se tivesse ouvido essa frase meio enigmática há uns dois anos, ficaria matutando sobre ela durante alguns conjuntos de minutos. Posso estar querendo me enganar, mas acho que já estou curado disso. Entrego-a ao domínio do oblíquo, do "a não compreender", do "lixa-te para isso".
Sigo meu trabalho.

Até breve, face to face

Por serem atualizados de forma muito irregular, Suman Elétrico, Fischer Elétrico e Tajes Elétrico, passaram à história dos meus links. Eles não tem culpa, atenção. Acho que inclusive ninguém os consultava e ocupavam espaço aqui na página. Assim ocupam espaço na minha memória e na vontade de revê-los ao vivo no Ocidente, em POA. Ainda por cima, tinha um deles (nem quis guardar esta informação) com umas fotos do Grêmio. Lamentável. O link do Sarau Elétrico permanece por aqui, e tem lá as entradas dos blogs dos 3 dinamizadores.
O "Sem Muros", do Miguel Portas, que se evaporou da internet, evaporou-se também dos meus links.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Allen works

E esse adorei. Gosto quase sempre. E não tenho vergonha de gostar de Woody Allen sem começar a dizer que ele não é o mesmo, que já não faz filmes como antes. Pelo contrário, acho que este filme está até melhor, saindo da fase mais "policial" de Allen.
Quem faz tudo sempre bem? Quem não muda? Quem mantém padrões eternamente? Temos de estar para sempre presos ao que fomos?
E já agora, para quê tantas perguntas, se dizes que não tinhas vergonha de gostar?

Invictus

Vi Invictus sem grande expectativa e acabei gostando bastante. Tinha medo que fosse muito triste. É o contrário. É sobre acreditar e vencer. Se tivesse paciência colava aqui o poema do filme e do Mandela. Não estou com.

O turista acidental

Nunca tinha visto um filme tão chato como "o turista acidental". Vi até ao fim porque acreditava que ia acontecer alguma coisa que fizesse a chatice valer a pena.
Mas, sim, tem uma ou duas frases interessantes e um cão engraçado, em 2 horas de chatice da mais dura.
Enfim, o nome tem algum sentido, porque para ver o filme tem de se ser um turista acidental (e um obstinado assistente). Não sei se a frase anterior faz algum sentido, mas ela permanecerá aqui.

A trilhar o trilho

Duas boas notícias hoje:
a) o deferimento e a pronta assinatura (espero a rápida transferência);
b) a resposta (cortei feedback, estou traumatizado) ao relatório e algum trabalhinho associado (que sempre existiria, por isso a notícia é mesmo boa).

Entre filas, Conselhos e maracatus*

* antecipando a próxima edição do Sabiá da CBL

Esta edição do Sabiá chama a atenção para uma questão que infelizmente faz parte da vida do imigrante brasileiro em Portugal: as filas. Em muitos serviços públicos, as filas são uma constante. Na verdade, como sabemos, suportar filas é como se fosse um dos elementos essenciais para regularizar-se ou manter-se regularizado em Portugal.

A Casa do Brasil não quis ficar à parte disso. Assim, fomos conversar com as brasileiras e os brasileiros que vão diariamente ao Consulado. E, claro, falamos também com o Cônsul do Brasil em Lisboa, que nos deu conta dos grandes esforços que têm sido feitos para melhorar o atendimento.

A conversa com o Cônsul foi importante e produtiva. Para além de falarmos sobre os problemas concretos dos brasileiros, conversamos sobre as formas de relacionamento do Consulado de Lisboa com a comunidade brasileira. Falamos sobre Consulados itinerantes e sobre um instrumento que consideramos ser essencial para melhorar o relacionamento entre brasileiros e consulado: um Conselho de Cidadania, eleito diretamente por todos que se encontram inscritos na Jurisdição do Consulado - uma proposta da Rede de Brasileiras e Brasileiros na Europa (da qual a Casa do Brasil de Lisboa integra a Coordenação Executiva) que foi aprovada na II Conferência de Brasileiros no Mundo, no Rio de Janeiro, em 2009.

Se, por um lado, tentamos dar bastante visibilidade às dificuldades e reivindicações dos brasileiros, por outro, tentamos encher a nossa casa de atividades culturais. Temos muitas novidades em 2010: o Maracatu do Bloco DuBairro, o workshop de teatro, as aulas de pandeiro, as aulas de desenho para crianças... Sem falar nas apostas certas e já tradicionais da Casa, como são os workshops de samba e de forró.

É, realmente, uma Casa que vale a pena apoiar e que precisa do apoio de todos para se manter. Fique sócio, mantenha as suas quotas em dia, participe, seja voluntário. Só assim podemos crescer.

E às vezes basta um pouquinho de reverb* e aparece

Fim de tarde de Sábado, nos juntamos outra vez para tocar. Fazia tempo. Tivemos algum "ensaio" difícil antes. Este foi muito bom. Sem luz no teto a luz se espalhou pelo chão, pelos cantos, com uns candeeiros. As duas Epiphones Les Paul tocadas por dois gajos sedentos de tocar e cheios de vontade de tirar partido de todos os sentimentos/acordes/melodias positivas que saíssem dali.
Muito bom. Muito excelentemente bom. Compusemos 3 músicas. Se bem que fui eu que vi as outras duas. Tive de insistir e legitimar ao criativo delas que aquilo era música se quisessemos que assim fosse. Que não era preciso muito mais e que aquilo já era mais do que suficiente. Portanto, também gostei disso, compor e andar ali a experimentar coisas bem diferentes. Coisas diferentes e que são provenientes exatamente deste olhar menos sufocado de técnicas, de escalas e de caminhos que se aprendem a definir e que nos cortam um pouco a liberdade de ficcionar, se deixarmos. Aliás, enquanto fundamentava o seu valor, disse-lhe um "quem me dera voltar a ter esta perspectiva tão livre e desapegada a fórmulas perante o instrumento" (aliás, entre vários motivos que racionalizei, o melhor - talvez o único bom - para ter parado de ir a aulas).
* Efeito novo para o criativo de serviço.

Norman ZDB, depois e em poucas linhas

Sobre os Norman na ZDB:
- Faltou Crista e Fonte Santa. Não sei se perdoo;
- As músicas mais antigas tiveram algumas alterações, algumas em seu prejuízo. Perdoo;
- As projecções na parede estavam muito boas;
- É sempre bom ouvir/estar nas atmosferas que os Norman criam;
- A ZDB também é sempre boa. É um espaço extraordinário muito bem aproveitado.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Norman ZDB

Hoje vou ver os Norman.
Na ZDB.

Visitas

Aposentei o livro de visitas dos links. Nunca era usado.
Ficam as assinaturas que já existem. E quem quiser assiná-lo pode vir aqui.

Pensar é transgredir

Lya Luft
via trama

Calendário


Ele entrou um dia naquele café cheio de gente. Desatou a conversar. Fez amigos. Começou a ir lá mais horas por dia. Dinamizou algumas coisas. Criou umas sessões de debate no café. Trouxe gente nova. Teve que se dedicar mais. Depois, perante algumas hesitações dos presentes, encontrou mais alternativas para aquilo continuar bom. O café cresceu. Começaram a perguntar mais vezes por ele. Ele estava em algumas mesas, em todas era impossível. Foi sendo cada vez mais preciso. Tornou-se supostamente imprescindível. Todos precisavam dele para acertar os calendários. Ele ficou sem um calendário para si. No início realmente não lhe fazia falta. Esticou a corda, saltou para a frente, avançou, se esforçou, aprendeu a surpreender os seus limites - aqueles que achava que existiam.
Um belo dia ele começou a parar para pensar mais vezes sobre aquilo tudo. Era isso, mesmo que tão bom, que queria para sempre? Não sabia. Já não tinha certeza de nada. Precisava parar tudo, para ver como era a vida sem tudo aquilo. Precisava de umas férias prolongadas para renovar-se, renovar as suas ideias, pensar, viajar, reciclar. Ir para Buenos Aires, Paris, Roma, ver outros cafés. Aquele na Lima e Silva com a Rua da Rosa, por exemplo. Ir a debates que não fosse ele a organizar. Gozar os calendários.
De uma coisa ele tinha a certeza. De uma forma geral, tudo tinha sido fantástico. Tão bom que seria extraordinário guardar assim na memória.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Eles aparecem sempre


Nem toda a gente sabe o que são os cavaleiros orçamentais.
Às vezes são muitos. Todos estão à procura do Cálice Sagrado.
Todos estão bem intencionados.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Lagar comum

Num dia de grande produção blogueira, não podia terminar sem pôr o Lagar Comum nos links musicais.
Achei bem bom. Se o nome já é fantástico (daqueles que quase dão inveja), a música é também excelente.
Não sei se, em geral, os brasileiros sabem o que é um lagar, ou se chamam um lagar de lagar: vejam aqui. Se chamam, encham a minha caixa de comentários com azeitonas por favor.

Estudante virtual viajante

Um blog de um cara legal que adora a CBL e faz divulgação dela com tanto carinho, merece entrada direta nos meus links. Já coloquei ali na linkaria o Estudante Virtual Viajante.

Cenas que se colam nos dentes para ouvir com os ouvidos

Sobre o tão querido nonsense, tão importante nos dias que correm e a quem venero, nada melhor do que transformar uma conversa doida numa pesquisa do Google sobre: "cenas que se colam nos dentes para ouvir com os ouvidos enquanto se mistura coca-cola com mentos."*
* verdade verdadeira é essa história de mentos com coca-cola! há umas gravações sobre isso no Youtube.

Lima e Silva com a Rua da Rosa

Dá que pensar qual é o ponto onde a Lima e Silva cruza com a Rua da Rosa.

Por si próprio

De novo ele aparecia por lá. Foram a um barzinho na Lima e Silva esquina com a Rua da Rosa. Ele vinha com umas conversas boas, sobre sítios onde tinha estado, onde queria voltar, onde não queria regressar. Viajar para conhecer, para experimentar, para saber por si próprio que caminhos valem a pena, o que vale a pena. Todo vivido, todo cheio de vida.
"Todos temos de experimentar tudo por nós mesmos", dizia ele para a mesa, antes de explicar para um carinha que estava por ali que ele não devia de jeito nenhum tomar aquela bebida estranha da cidade vizinha, porque era muito amarga e era capaz de lhe fazer mal.

terça-feira, 9 de março de 2010

1400

A postagem anterior foi a 1400.

13.ª

Foi com a 13.ª Legião - a sua preferida - que César passou o Rubicão (rio que ninguém sabe muito bem qual é, atualmente, mas que estava no norte da península itálica). A seguir a isso, César desceu península abaixo e entrou por Roma adentro. Pompeu já não estava lá, nem grande parte da aristocracia. Tinham feito uma retirada estratégica e se preparavam para ir para a Grécia ou perto da Grécia (já não me lembro).
Muito se escreveu e se escreve sobre o episódio. Equivalia a uma declaração de guerra um general ultrapassar o Rubicão com exércitos. César sabia disso. Conta-se o episódio de mil maneiras diferentes, umas César hesita, outras está confiante, outras vê deuses, outras uma criança. Existem tantas versões quantos os autores.
Lembrei-me da 13.ª por causa de uma certa Comissão 13.ª que tem sido notícia diariamente.

120 minutos

Sem grandes coisas para partilhar (e que possa partilhar), apesar de estar em intensa atividade cerebral e instrospectiva. O dia/noite de ontem foi muito importante. Muito se definiu em apenas 120 minutos. Há coisas, no entanto, que merecem ser melhor definidas. Porque um dos definitivos assuntos de ontem permite abrir um leque imenso de coisas que estão guardadas. Há uns assuntos mais sorridentes do que outros. Todos eles serão tratados, com o procedimento e conclusão que eu definir, com os passos e tempo que eu entenda necessários.

Passengers - U2/Brian Eno

Estou apaixonado por Passengers, em especial por esta música.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Linkin Park

Talvez devesse ter vergonha de dizer isso. Mas não posso deixar o meu puro preconceito com o "new metal" impedir de contar que ando ouvindo Linkin Park no meu carro. Gosto de "What I've donne" (muito da introdução) e mais umas 2 ou 3 músicas comerciais de "Minutes to Midnight". Meu Deus, nem acredito no que estou escrevendo, seja por gostar disso, seja por admitir publicamente.
Mas nem tudo está perdido. Ouvi outro álbum, o Meteora, também no meu carro e há músicas que acho boas instrumentalmente (gosto de uma certa mistura que eles fazem com guitarras pesadas e teclados) mas que os vocais (não as letras - quem ouve as letras destas bandas?) me repugnam muitíssimo. Acho uma xaropada na verdade, mal começa o gajo a cantar. Safam-se, no entanto, em minha opinião as faixas 2 e 3.
O que me vale é que essa doença deve passar rápido.
Enfim, busco alguma razão nisso tudo e se é muito mau gostar desta coisa ou não.
Tenho feito, aliás, um inquérito a pessoas próximas que a pergunta é muito simples: é mesmo muito mau gostar de Linkin Park? Enfim, seja como for é divertido.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Ténis

Vamos nos safar por uma unha negra no match point, dar a volta ao desafio e aprimorar nosso jogo para ser mais eficaz, mais inteligente e mais consistente.

Estudos a mais

Sobre os dois últimos posts, dizer que é muito estranho o meu súbito interesse em estudos que não li e em links sucessivos para o jornal Público. Tentarei melhorar um pouquinho daqui para a frente. Mas é que tinha de me adaptar às circunstâncias OrçamEntais e saiu isso.
Agora é hora de tirar um monte de coisas que estavam no congelador e - medida urgente - aproveitar o fim de semana ao máximo, tentando descansar de entremeio (inventando esta palavra no caminho, ou inventando que isso é um invento).

Nunca

A minha pergunta é: quando é que a corrupção produz efeitos benéficos para a população em geral? A minha opinião é a palavra do título do post.

terça-feira, 2 de março de 2010

Democracia no fundo do poço

A confiança na democracia bate no fundo, revela um estudo. É giro fazer-se um estudo sobre uma coisa tão demonstrável ao passear pela rua, entrar num café, conversar com as pessoas. Aliás, quando vou para o meu trabalho de táxi nem sempre digo para onde estou indo, para não ter de começar a ouvir qual a opinião do motorista sobre o meu local de trabalho e sobre o que ele acha de quem se passeia em seus corredores.
Ui, quanto trabalhinho temos todos pela frente. Porque não nos iludamos. É mesmo da democracia que se tem que arranjar uma solução. A experiência democrática, apesar de milenar, e ainda curta e altamente insuficiente, com hiatos e lacunas no tempo e nos sistemas, é mesmo a única solução possível, para além da utopia do respeito mútuo, da igualdade e da solidariedade sem necessidade de Estado.
É como diz a música do Sérgio Godinho: a democracia é o pior sistema, com excepção de todos os outros.

A realidade não é o que parece

Crédito de fotos é coisa para se aproveitar. Deverá ser um dos únicos.
[é que é mesmo isso]

segunda-feira, 1 de março de 2010

(Mais) notas sobre o acordo

Quando leio os críticos portugueses ao acordo ortográfico, ciosos das suas consoantes mudas, lembro dos críticos brasileiros, incomodados com a desaparição do trema.
Uns acham que são os outros que estão impondo a sua grafia. Às vezes sugerem, demagogicamente, que o vocabulário também está em causa, o que é uma mentira pegada e apenas serve para confundir.
Quando vejo os que criticam a unificação, lembro dos que acham que o acordo não unifica nada por causa das situações de dupla grafia.
Agora, quando vejo os que lembram de como será importante para os países menos desenvolvidos que obtém livros do Brasil e de Portugal, cujas crianças tem dificuldades em razão disso, aí consigo perceber como é importante o acordo, muito para além das infinitas questões e questiúnculas técnicas e menores pormenores, que podem ser aprimorados oportunamente.

Mais tranquilo

Depois da grande onda do OE, vai havendo as réplicas para surfar. É mais tranquilo e, felizmente, menos emocionante.
Começamos a poder a olhar para as margens de novo e, no intervalo das ondas, trocar umas palavras à beira mar.