quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A nata da Nato

Gostei do post do arrastão suspenda-se a democracia. E também da pergunta do José Castro Caldas: porque não vão reunir numa ilha ou num porta-aviões?
Sobre a Cimeira da Nato em Lisboa há muitas coisas que dizer:
1) De início reflectir sobre a intoxicação que alguns meios de comunicação social querem fazer (e devem estar conseguindo) de que isso está tudo em risco e que os anarquistas vão dar cabo de tudo durante a cimeira. Um lixo televisivo que passou num telejornal outro dia mostrava um treino de intervenção da policia, onde à saída de um metro uns "manifestantes" punham tudo a ferro e fogo. Com o detalhe de propagarem gases tóxicos (que era para mostrar um polícia equipado com um equipamento especial para isso) na estação de metro onde circulavam sem qualquer protecção;
2) Pensar sobre a colagem que querem fazer entre manifestantes e anarquistas;
3) Considerar um ultraje para a cidade de Lisboa terem criado zonas de circulação e uma espécie de zona verde lá para o lado do Parque das Nações. A Nato veio aqui para mostrar como a nossa cidade pacífica pode ser toda retalhada quando os donos do mundo e detentores do armamento mundial aparece aqui. Não, não fui lá. Nem quero ir;
4) Também acho nefasto este convívio com este medo da violência que estes senhores trouxeram. Nunca tinha visto Lisboa com este tipo de receios. É novo isso por aqui. Nunca existiu. Nem sei como Lisboa embarcou nessa furada;
5) Por fim, repetir uma questão que faço todos os dias. Se são bons, se querem a paz, se querem libertar o mundo das tiranias, se querem o progresso civilizacional, porque estas pessoas se sentem impelidas a se trancafiar, se esconder, se fechar, não deixar as pessoas chegar perto, verem ameaças em todo o lado?

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