O que me atrai em Please, do álbum Pop, dos u2, é a energia que vai gerando e sendo gerida pelos músicos. Acho uma música muito bem feita. A música vai crescendo devagarinho. Depois fica mais calma e volta a crescer várias vezes. Os momentos de Please chocam em mim como se fossem ondas. E às vezes o mar está tranquilo, às vezes está revolto. Primeiro são os músicos que trazem a música para o palco. Depois é ela que cresce sozinha e toma conta de tudo. No fim, é a música que comanda: os músicos não passam de suas marionetas. Quando os que tocam recobram a consciência, acalmam a música e tentam terminá-la. Nesta versão engatam com perfeição uma parte da Sunday Bloody Sunday.
Descobri que gosto muito de Please há bastante tempo. Liga-se ela na aparelhagem e, tendo uma guitarra perto, é quase inevitável que eu não tenha uma vontade gigante de acompanhar a viagem.
1 comentário:
Vou ter que descobrir estas ondas revoltas do mar, e a calmaria posterior. Deve ser mesmo instigante sentir os músicos obedientes à ordem dos acordes. Agradeço a indicação.
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