quarta-feira, 30 de março de 2011

Caput: cá está

É que caput para mim, na verdade, é uma coisa que se estragou. Estava funcionando e caput.
Já descobri tudo, depois de ter escrito a frase de cima, me lancei numa busca incessante pela resolução do caso em apreço. Dicionário na página do Sarau Elétrico (?), ainda por cima:

Caso real

Bastaram 3 páginas de um manual de direito tributário para aparecer o primeiro caput.
E eu fiquei ali, tendo de pensar o que era esse negócio mesmo, na prática. Teoricamente entendo, mais ou menos.

Leituras: Roma e o seu fim

Depois de muita dificuldade para encontrar leituras, me rendi. Peguei num dos poucos resistentes da viagem. Muito bom. E o melhor: estou lendo em ritmo dos livros Stieg Larsson, ou seja, como se não houvesse amanhã.
E achei uma frase muito boa, ainda por cima, na página 38: "(...) A conveniência e a frequente repetição não produzem a verdade, e tudo isto tem de ser questionado. (...)"

terça-feira, 29 de março de 2011

Imigrantes em POA

Hoje foi o meu debate na Semana de Direitos Humanos do SAJU da UFRGS: imigrantes. Engraçado discutir imigrantes aqui no Brasil. E em Porto Alegre então, que quase não se vê. E, por outro lado, normalmente falo dos brasileiros no exterior, como imigrantes na Europa ou em Portugal. A temática é, no entanto, a mesma. E para mim é tudo igual, não é uma questão de pátria, é uma questão de direitos. Ajudar os mais desfavorecidos ou os trabalhadores, face à dificuldade de acesso a direitos nas comunidades de acolhimento. Aliás, até disse isso lá, quando tive a oportunidade de comentar.
Mas o que não quis esquecer de dizer foram duas coisas:
a) a lei de estrangeiros do Brasil tem de ser mudada. De facto, enquanto estiver aqui no Brasil não vai haver um debate sobre o tema, ou plenária, ou conversa, em que eu não aperte nesta tecla. Falei dos constrangimentos de ter uma lei destas vigorando aqui no Brasil (ainda por cima do tempo da ditadura!) para o debate lá fora, para lutar pelos direitos dos brasileiros no exterior;
b) Quanto melhor acolhermos e integrarmos as pessoas aqui, com mais força e mais legitimidade podemos exigir aos países bom tratamento aos brasileiros no exterior.
Ainda falou-se de muitas coisas, burocracias, etc. Falei do excesso de peso da administração na interpretação dos conceitos indeterminados, que existem nestas leis. Conheço mal o Estatuto de Estrangeiros do Brasil, mas tenho a certeza que está lá segurança nacional, interesse público, situações excepcionais. Faz tudo parte da receita do Estado polícia, num assunto que devia ser menos arbitrário e com menos medo de conceder direitos.
Falou-se também em como é difícil revalidar diplomas do Brasil no exterior. Enfim, sem ser muito contundente, nem apontando a minha visão pessoal sobre o assunto - e não darei o meu tempo por perdido nesta experiência e no futuro não hesitarei no uso das palavras, em qualquer caso, seja para o bem, seja para o mal - referi que há problemas nisso com os que vêm para cá também.

Through Obedience We Develop The Reflex Of Submission


Um exemplo de música instrumental de intervenção. :) Fico me aventurando nestes temas arriscados. Bom, o certo é que ilustra de alguma forma a opinião que tenho sobre o assunto, que é difícil de explicar.

o mágico ozzy


Talvez enquadrado numa agenda musical secreta de Porto Alegre - trazer velhinhos que gostam de cantar - onde se enquadram também Paul Mccarthney e Wishbone Ash, Ozzy Osbourne canta amanhã no Gigantinho. Gosto e respeito muito os três, mas não resisti à brincadeira.
Quase tive vontade de ir. Mas eu tenho o último cd de Ozzy, que achei uma chatice completa. Se fosse para tocar só o cd no more tears, não teria dúvidas. Com Zakk Wilde ou não. Aliás, todo barbeado e limpinho no vídeo aí em cima: vide o lindo solo aos 4:05. Os tempos mudam, quem diria. Este é o mesmo gajo barbudíssimo que lidera os Black Label Society.
Sobre Ozzy, que comeu morcegos e pombas, que fez um monte de disparates, que cantou numa banda que nunca liguei muito (os Black Sabath, entre parenteses aqui, ainda por cima - devem ser duas heresias ao mesmo tempo), tenho a melhor das impressões. Já gostava dele e das suas músicas, quando eu tinha 18 anos (sim, é daqueles que me faria sentir mais novo, se eu fosse ao show) e fiquei gostando ainda mais quando li o Steve Vai a dizer que foi divertidíssimo gravar um cd com ele e que tinham sucessivos ataques de riso. E não quero ter má impressão, por isso nunca vi aquele programa tipo Big Brother na casa dele e se abstenham de me contar.
É um prestígio Porto Alegre ter aqui o mágico Ozzy. E para mim é bom saber que ele está por aqui, respirando o mesmo ar.

O clique

Este clique merece uma certa formalidade. Foi dado.

Conimbriga e um site muito bom


Estou encantado. Sempre que eu vejo estas coisas me lembro daquele curso de história antiga, que me falta fazer, e do roteiro das 5 cidades, numa só viagem, que sonho e ambiciono (e nunca vi à venda um pacote assim, mas deve haver): Alexandria, Atenas, Cartago, Constantinopla, Roma. Sim, do jeito que estiverem e pode ser em outra ordem, geográfica ou cronológica*. Nem que seja só para ver que não há mais nada em Cartago, por exemplo. E dar uma passadinha nas pirâmides, também. E também nas ilhas gregas.
* Ordem cronológica, da importância das cidades, acho que seria Alexandria, Atenas, Cartago, Roma, Constantinopla. Possível ordem geográfica (sem google earth, sem paciência para isso agora, perdoem eventual engano): Cartago, Roma, Atenas, Alexandria e Constantinopla.

segunda-feira, 28 de março de 2011

III Semana de Direitos Humanos


Estarei aqui. Espero que seja bom. Acho que será.
Nesta semana também começo aulas interessantes: Teoria da Obrigação Tributária e Filosofia dos Direitos Humanos. Uma mistura esquisita e que tem uma explicação.

sábado, 26 de março de 2011

A decisão da ficha suja

É absolutamente inacreditável que o STF tenha deliberado que a Lei da Ficha Limpa só vigora a partir de 2012 e que em 2010 não podia vigorar. Este entendimento vai ter consequência nos mandatos das eleições de 2010, que vão ser objecto de alterações. Já era para ter escrito isso aqui. É triste e lamentável. Luiz Fux argumenta com a Constituição. Pode argumentar com o que quiser. Pode-se fazer engenharia jurídica à vontade. Aliás, engenharia jurídica é um bem bastante escasso e cujas decisões a favor estão só ao alcance de alguns. O certo é que Luiz Fux, desempatando o 5-5 dos ministros do STF, juntou o seu nome (não foi só ele, afinal) aos que influenciaram para o retrocesso de uma lei que era certeira, utilizando argumentos técnicos para destruir o bom-senso, num universo político que precisa de algum.

sexta-feira, 25 de março de 2011

do rolling stones

Não resisti. E ainda por cima ele estava fechado com plástico em volta. Portanto, ele está aqui à minha frente. Uma coisa ele tem de bom: quase não consigo terminar uma página sem ter vontade de tocar guitarra.
Outro dia estava vendo um programa onde ele aparecia tocando e disse: "este cara é muito bacana!". Me perguntaram "porquê?". Enfim, a resposta é fácil: "não sei".

True grit


Hoje vi True Grit (Indomável/Bravura Indômita), dos irmãos Coen. Gostei muito. Tinha boas referências. E agora, procurando o link, descobri a versão de 1969. Nem sabia que existia.

No seu lugar

Esta semana foi toda muito intensa. De uma ponta à outra. Cada dia, cada hora, cada minuto e segundo. O certo é que, chegada ao fim, e fazendo o devido balanço, tudo ficou no seu devido lugar.

Islândia


Um segredo que vai tentando ser guardado.
Adenda: no jornal i, o mesmo assunto foi publicado.
"Por incrível que possa parecer, uma verdadeira revolução democrática e anticapitalista ocorre na Islândia neste preciso momento e ninguém fala dela, nenhum meio de comunicação dá a informação, quase não se vislumbrará um vestígio no Google: numa palavra, completo escamoteamento. Contudo, a natureza dos acontecimentos em curso na Islândia é espantosa: um Povo que corre com a direita do poder sitiando pacificamente o palácio presidencial, uma "esquerda" liberal de substituição igualmente dispensada de "responsabilidades" porque se propunha pôr em prática a mesma política que a direita, um referendo imposto pelo Povo para determinar se se devia reembolsar ou não os bancos capitalistas que, pela sua irresponsabilidade, mergulharam o país na crise, uma vitória de 93% que impôs o não reembolso dos bancos, uma nacionalização dos bancos e, cereja em cima do bolo deste processo a vários títulos "revolucionário": a eleição de uma assembleia constituinte a 27 de Novembro de 2010, incumbida de redigir as novas leis fundamentais que traduzirão doravante a cólera popular contra o capitalismo e as aspirações do Povo por outra sociedade."

quinta-feira, 24 de março de 2011

Limpeza espiritual

Gamado do Albergue Espanhol. Sigur Ros é a coisa mais bonita do mundo.
É preciso agir rápido para ver se o blog é salvo a tempo de toda a política de hoje.

quarta-feira, 23 de março de 2011

PSD - PP











Vi a foto de Passos e Portas, no Arrastão. Lembrei logo desta outra, de Santana e Portas. O tempo o dirá.

magalhães

sobre derrotas e viradas

Confesso que aprecio aqueles jogadores que, aos Domingos de manhã, mesmo quando a sua equipa está perdendo de 10-0, dizem que querem continuar o jogo e que não desistem. Aliás, até são capazes de acreditar que virarão o jogo. Sou um destes fanáticos.
Quando o assunto são organizações complexas, como partidos, e isso envolve o futuro de um país inteiro, sou um pouco reticente. De um ponto de vista bem mais emocional do que racional, entendo. E talvez entenda Sócrates e o PS. Talvez seja mesmo a única opção a curto prazo, num partido organizado à medida dele.
No fundo, e futebolando novamente (talvez isso seja chato de ler), seria como o Porto da época do Jardel começar a perder os jogos e resolver tirar o Jardel de repente, estando todo o esquema montado para as suas cabeçadas dentro da área.

Sócrates

Terminou: Sócrates apresentou a sua demissão ao Cavaco. Mas já disse que se recandidata.

game over

Cabluft.
Hoje termina.
E começa uma correria chamada eleições.

Obama no Brasil

A Perspectiva pediu-me um comentário sobre a visita de Obama ao Brasil. Foi bacana estudar, pensar no assunto e tirar uma síntese mais ou menos objectiva da viagem. Foi difícil, também, conseguir limitar os temas. Ficou assim:

A Perspectiva pediu a Gustavo Behr, advogado e activista da causa dos direitos dos imigrantes brasileiro, um comentário à visita do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil. O resultado é um excelente retrato do actual momento da relação entre os dois países.

No fim-de-semana que passou, Obama visitou o Brasil, sua primeira escala de visitas a 3 países latino-americanos: Brasil, Chile e El Salvador.
Foi a visita do primeiro Presidente afrodescendente dos Estados Unidos à primeira mulher Presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Fora alguns outros simbolismos, a visita teve contornos bem mais pragmáticos, entre questões comerciais e diplomáticas.
A visita pode representar uma reaproximação. Nos últimos anos de mandato de Lula, os dois países afastaram-se, seja pela nova forma como o Brasil passou a encarar o exercício de sua diplomacia, que incluiu, como exemplo de maior desgaste junto dos norte-americanos, o diálogo com o Irão; seja pelo Brasil ter encontrado novos parceiros económicos, perdendo os EUA o lugar de principal parceiro. E Obama e os EUA olham com optimismo para a mudança de presidente no Brasil.
O Brasil tem razões que justificam o esforço de reaproximação dos EUA: o Pré-Sal – as reservas petrolíferas do Brasil, recentemente descobertas – neste momento de grande instabilidade no Médio Oriente, onde estão os habituais fornecedores dos EUA; o mercado brasileiro, a economia que cresceu e as oportunidades que isso cria; os bilhões que serão gastos para a criação de estruturas para a Copa do Mundo (em 2014) e Jogos Olímpicos no Rio (em 2016), entre muitas outras questões, como o interesse em vender aviões F-18 ao Brasil.
Mas é evidente que o Brasil tem interesses e exigências como moedas de troca, entre elas, o desejo de contar com apoios para que ocupe, como membro permanente, o Conselho de Segurança das Nações Unidas. Ainda, o Brasil quer que os EUA eliminem várias de suas barreiras proteccionistas, como as alfandegárias sobre os biocombustíveis brasileiros, como os subsídios agrícolas norte-americanos, como as limitações no comércio de alguns produtos pecuários.
Os discursos, com bastante cautela, tocaram em alguns destes pontos. Agora é esperar o resultado real, que só a acção de ambos os países poderá responder. O pressuposto para esta reaproximação surgir parece ter sido lançado e admitido por ambos os países: o de que as relações entre ambos têm de ser de igual para igual.
Também coincidiu com a vinda de Obama ao Brasil, o início das intervenções militares na Líbia e isso foi objecto de diálogo entre Dilma e Obama. Aliás, foi a partir de território brasileiro que Obama ordenou o ataque dos seus efectivos militares às forças de Kadhafi, uma situação bastante embaraçosa e constrangedora, até pela posição do Brasil quanto ao emprego da força na Líbia. O certo é que, horas depois de Obama ter deixado o país, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota apelando ao cessar-fogo imediato das forças da coligação, em coerência com a votação do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas: a abstenção à possibilidade de uso “todos os meios necessários”, por considerar mais adequada uma solução negociada para o conflito.

terça-feira, 22 de março de 2011

RS

Indo a CEEE, deu para entender bem que estou no Sul do Brasil. Mal se entra nas instalações e se depara com uns cartazes que dizem "não faça ligações clandestinas ou "gatos" na rede elétrica (...)".
Mas o melhor de tudo foi, após ter sido chamado (acho que meu número era o 916), sentar na frente do funcionário do atendimento e ele me dizer "e aí tchê?".
Foi fantástico. Quase lhe disse que ia fazer um post sobre a recepção dele.

2000

Este é o post 2000 da Aldeia!

equilibrismos, precipícios e luzes

Em vésperas de passeio à beira do precipício, que pode ser fatal à Sócrates - e não só - o Parlamento ficou sem luz, mas já voltou tudo ao normal. Assim, o equilibrismo necessário, ou a queda, vai-se fazer à vista de todos. É de notar que este precipício parece estar situado junto ao buraco que Sócrates foi cavando, com obstinação, nos últimos tempos. E, debaixo do monte de terra resultante, talvez possamos encontrar um pouco do estado social que não sabemos onde foi parar.
O dramático é que os que estão a caminho, talvez venham do próprio buraco. Aliás, uma das hipóteses é de que nem saiam do buraco e continuem as escavações, mais obcecados.
Irei ficar olhando - de momento é o que me resta.

Playlists

Para ouvir: Drexler.
Sei que é bom, mas conheço pouquíssimo. Só sei que ele é do lado de cá do Rio da Prata.
Ah! Foi a trilha sonora do regresso do show do Nando Reis.

cumbucas e itálicos


O assunto era "cumbucas". Aqui estão elas.
Muitas ovelhas e uma delas é negra.

Apetece-me ir ao cinema. Mas não me apetece.
Enquanto isso, ouço o barulho do trambolhão de um gajos cheios de fatos, que caem de um trapézio.
Há uma arte: 120.
E também há um apito nocturno, sempre o mesmo, que vai apitando, orientando - na alberto silva.
Abrir as 5 fechaduras, desde o térreo até ao 2.º andar, quanto tempo demora?
E fazer posts assim, sem assunto e com tantos metidos nele?
Só não é uma inutilidade porque continua aqui. E tem itálicos e tudo. E tem um título com cumbucas e itálicos.

segunda-feira, 21 de março de 2011

: as prioridades

Antes de dormir, antes de amanhã, lembro das prioridades. E aparece esta surpresa no youtube. Genial, e em linguagem post-rock.
Vai ali para as músicas também, como é óbvio, o myspace dos gajos.

Ibanez Art 120

Gosto muito. Acho que um dia fará parte da família. Toquei nela no Sábado. Podia ser um pouquinho menos pesado o som. Mas é diferente da minha epizinha que está em Lisboa. E é importante serem diferentes. Tem pick-ups activos. Quero entender melhor do braço dela, fazer umas comparações. Mas gostei do braço e do corpo, super confortáveis. Ah, e em POA, ao invés de ser 4 vezes o preço de Lx (como a maior parte das guitarras) é um pouquinho menos que o dobro... Se continuar convencido, passarei a ter duas oficiais, temporariamente, porque um dia serão três de certeza: ainda falta a Les Paul.

domingo, 20 de março de 2011

Bailão do ruivão

Pensei que ia ver Nando Reis no Opinião, dia 17. O show era o bailão do ruivão.
Estava tão cheio que, enquanto fiquei lá dentro, nem deu para ouvir as músicas direito. Devo ter ficado por umas 8 ou 9.
Fica para a história que foi a primeira vez que fui vencido neste tipo de coisas e resolvi sair. Normalmente consigo me alhear e ouvir as músicas e só. Pode acontecer muita coisa em volta.
Por isso, tenho quase a certeza que o Opinião, de facto, se lotou muitíssimo desta vez.
E depois desliga-se a televisão e acende-se a cabeça, com um bom livro para ler.

BBB

É polémico dizer que não se vê o BBB. Na mesma hora, corremos o risco de nos encaixarem na gaveta dos que querem se fazer de intelectuais, ou que defendem uma cultura elitista, ou nada disso, mas alguma coisa que fundamente que devíamos ver o programa. Acham também que damos uma olhadinha de vez em quando, mas não admitimos.
Enfim, no passado, eu vi alguns episódios do primeiro programa deste formato lá em Portugal (entretanto terminaram ou eu que me desinteressei completamente). Sou um resolvido nesta área.
Mas ontem vi o BBB por uma e apenas uma coisa: estava num churrasco e, quando olhei a TV, estavam os Paralamas tocando para as 6 (?) pessoas da casa. Foi muito bacana ver o Herbert, o João Barone, o Bi Ribeiro e o resto do pessoal que os acompanha. Tocaram umas quantas músicas. "Para fora", para o mundo real, desde que eu comecei a ver, foram 3 ou 4.
Pode ser, portanto, que eu veja o BBB mais vezes, se vierem outras bandas tocar, sem eu ter conviver com as pessoas que estão trancadas na casa.

NSF

A normatividade do sistema financeiro. Se não houver mais burocracias, claro está.

sábado, 19 de março de 2011

The National

Há uma semana comprei 3 cd´s de The National: o The National, o High Violet e o Alligator. É tudo muito bom. Agora quero meter as mãos em Boxer, deles também.
As letras, as melodias e os instrumentais são incríveis. Os instrumentais têm uma estranha capacidade de transmitir muito sentimento e muita energia atrás.
Sobre eles há ainda muitas mais coisas a dizer e muitas risadas ainda estão por dar.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Leituras boas


Super interessante. Será a minha leitura de hoje. Tem uma série de artigos sobre a crise do welfare.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Cenário desolador

Falando em Lisboa, a cena está pesada lá. E há um governo que vai cair. Já não há nada a fazer pelo executivo, porque eles resolveram nada fazer pelas pessoas. Vão apresentar um PEC IV pior ainda do que os três anteriores e vão junto com ele, por água abaixo.
A última, que parece uma caricatura - mas é real - é que, depois de onerarem a vida dos mais pobres com mais IRS nos escalões mais baixos, mais Imposto sobre o Valor Acrescentado para uma série de bens que são do consumo do comum das pessoas, de concederem menos subsídio de desemprego e fazerem diversos cortes nos apoios sociais, o governo declarou que tem a intenção de desagravar de 23% para 6% o IVA do golfe.
Ou querem cair, ou querem rir dos cidadãos, ou são completamente alheios ao que as pessoas vão achar disso, ou estão-se nas tintas.
É por isso que, sabendo que Passos será pior que Sócrates, é muito difícil a escolha, entre ambos e entre haver ou não haver eleições também. Quando a escolha é manter este governo ou ter Passos, ou seja uma escolha entre direitas (Sócrates abandonou a esquerda faz tempo, a não ser nas questões de costumes - e no deserto isso já não era mau) é sempre desolador. Espera-se que o povo saiba ler estes sinais e escolha alternativas reais de esquerda, e não espatife o seu voto na esperança vã de que os partidos que se passeiam no governo nas últimas décadas vão fazer algo por eles.

De Oslo para Lisboa

Uns vão para um lado, outros vão para outro. E, vindo de Oslo, volta para Lisboa, 8 anos depois, um grande amigo dos meus tempos de Maria Amália. Grandes basquetezadas e tenizadas e futeboladas, spectrunzadas e guitarradas, na memória.
Muito engraçado. Em Abril!

Gessinger

Gessinger ontem foi muito bom. Faço a autocrítica. Conversou, foi muito autêntico e mais do que isso não se deve pedir. Inclusive fiquei interessado em ler o livro, ainda que não todo. Muito interessante, me parece que muito sincero e subjectivo.
No fim tocou muitas músicas com uma Shelter SG, linda. Fiquei contente com o facto dele usar uma Shelter. Li que as Les Paul desta marca são boas... e que são bem, mas mesmo bem, mais baratas.

terça-feira, 15 de março de 2011

Infinita Highway


Gessinger fez esta música com os Engenheiros. É muito bonita.
Já foi falada aqui no blog, a propósito desta conversa com o Rafa em 2005.

Sarau

Que bom! Hoje tem Sarau Elétrico com o Humberto Gessinger, líder da banda Engenheiros do Hawai. Não acho o convidado tão bacana, mas é certo que ele é um grande nome aqui de Porto Alegre e que o momento é dele, já que lançou um livro.
Melhor, sem dúvida, é que isso significa que hoje vou ver o carlinhos e que o sarau saiu de férias, o que representa uma óptima opção para todas as terças à noite.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Pensando nos UP

Os inícios dos UP:
O nome foi o jota que inventou. Nunca questionei dos motivos. Só achei genial e pronto, aceitei na mesma hora. Quando falamos com o TV e o Zumbie a primeira vez, lembro que elogiaram logo.
O upgrade:
E ainda há o famoso café no Miradouro da Graça. Jota, Guz, TV e Zumbie se sondando. Muito bom! Pena que isso não está gravado e que não escrevi nada sobre.

como seria o nome dela lá na colónia?

O calor aumenta e vocês aparecem?
Depois joguei a Zero Hora em cima da formiguinha. Fiquei com pena dela a seguir. Que não me enviem uma força de retaliação. Ela devia estar procurando comida... Mas no meu quarto não tem nada. A não ser que quisesse ver na minha internet, em algum relance, uma dica de um restaurante, enquanto eu alimentava o blog com desastres nucleares.

Japão: terremotos, tsunamis e nuclear

Até no SimCity do ZX Spectrum, 48 ou 128 k (computador da infância de milhões de pessoas), tinha um desastre que só ficava activo no jogo quando escolhíamos uma usina nuclear: o nuclear meltdown. Era mais limpa a usina, não lembro se mais barata, mas era, definitivamente, muito mais perigosa.
Ou seja, qualquer criança que brinque num computador sabe que aquilo potencialmente pode-lhe destruir e inviabilizar a cidade, se há um problema. Pode estar tudo bem e pimba, adeus jogo. Sim, porque as cheias e os terremotos são terríveis, mas quando havia um nuclear meltdown havia poucos lugares no mapa que ficavam sãos e o resto ficava impossível.
Aliás, sugiro que façam no google a pesquisa por "nuclear explosion Sim City". Tem umas coisas engraçadas, porque está no jogo. Fora do jogo, também todo mundo conhece o horror Chernobyl.
É um desastre total o que se passa no Japão. Tenho muita pena das pessoas. E é hora de nos preocuparmos, porque há muitas usinas e reactores espalhados no mundo. Há esta lista, é da Wikipedia.

conversões

Pelo preço de uma compra-se duas. Na verdade acho que até são 3 ou 4. A minha vontade é de comprar duas. Mas não. O restante é para outras coisas.

Uma manifestação linda!

Pelo menos 200 mil pessoas em Lisboa, contra a precariedade da "geração à rasca".

domingo, 13 de março de 2011

Avestruzes


Uma manifestação muito participada e muito bonita, a da "Geração à Rasca", com centenas de milhares de participantes. Muito significativo, o aviso. Se o Governo quiser, pode fazer como as avestruzes.

tentar

É desolador ver o quanto as vaidades fazem mal ao movimento associativo e como há pessoas que não se importam de tentar passar por cima das outras por trocados. Depois se lixam, claro.

Brique

Há uma semana atrás, dormi pensando que ia ao Brique da Redenção de manhã. O pior acontecimento possível impediu a ida.
Amanhã é para lá que eu vou. Vou preparar um livro para ler e vou comer um quindim no Maomé também. E dar um passeio pela Redenção. Se estivesse aqui a minha irmã mais velha, talvez não perdessemos a oportunidade para alugar umas bicis.

sentir e ver

Hoje escrevi um email definitivo. Fazia tempo que não me sentia assim, que não sentia e via as coisas com clareza e lucidez.
Já posso dormir. Tive alguns dias de insónia para trás.

Pibão

Lançaram-me o desafio da escrita de um comentário para o Perspectiva, sobre o "PIBÃO" brasileiro, de 2010. O resultado foi este:
De acordo com dados publicados recentemente, o Produto Interno Bruto do Brasil, em 2010, registou um crescimento acima dos 7%. Gustavo Behr, advogado e activista dos direitos dos imigrantes brasileiro, comenta a notícia dada pela edição online do jornal Globo.

É notícia que o Produto Interno Bruto brasileiro, que soma todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 7,5% em 2010 – o maior crescimento desde 1986, o ano do lançamento do Plano Cruzado.
É certo que no ano de 2009 o PIB teve um crescimento negativo de 0,6%, e que pode ser considerado normal um crescimento elevado depois de um ano de arrefecimento da economia. É também verdade que é preciso ter em conta a comparação com outros países emergentes, como os do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) em que o Brasil fica apenas à frente da Rússia, tendo o crescimento da China sido de 10,3% e o da Índia de 8,6%. No âmbito do Mercosul, a Argentina teve um crescimento de 9,1%.
No entanto, é impossível não considerar muito significativo o crescimento de 7,5% e a prestação dos Governos de Lula, com uma média de crescimento de 4%, sendo inevitável comparar com os Governos de Fernando Henrique Cardoso, com uma média de 2,3%.
É ponto assente que esta taxa de crescimento não é sustentável, e isso é reconhecido pela Presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, que refere que o Brasil procura uma taxa anual razoável que ronde, de forma permanente, os 4,5% a 5%.
Porém, é importante sublinhar que num contexto de crise global das economias, a resposta do Brasil foi diferente de muitos países. Assim, entre os factores determinantes para o seu crescimento, estiveram as medidas tendentes a fortalecer o mercado interno, incrementando o consumo das famílias, aumentando o nível de emprego e de renda dos trabalhadores (com o aumento do salário mínimo) e reforçando a protecção social, através do aumento das parcelas do seguro-desemprego.
É claro que o Brasil está, infelizmente, ainda longe de resolver os seus problemas de distribuição de riqueza e transferência de renda. Mas é de registar que, perante o arrefecimento da economia em 2009, o Governo brasileiro rejeitou as doutrinas que apostam no emagrecimento de despesas para responder à crise e manteve medidas anticíclicas que reforçaram e não retiraram poder de compra à generalidade das pessoas.
Gustavo Behr é licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa. É advogado e activista da causa dos direitos dos imigrantes.

ideia

Quando se ama uma ideia, ela cresce.

É isso

A escrita da nossa história pessoal depende de nós próprios.

sábado, 12 de março de 2011

Mais post-rock

Março

Quando estive em Roma, a única coisa que eu lamentava era não estar mais perto do centro. Queria poder chegar lá a pé, sem a necessidade de pegar um autocarro. Gosto de andar a pé.
Revi outro dia as fotos e lembrei da Via del Corso cheia de gente. Era noite e todo mundo estava na rua. Isso foi em Dezembro.
Agora é Março e é de manhã, por isso vou passear.

quinta-feira, 10 de março de 2011

desabafos sazonais

Tenho duas janelas perto. Esta que escrevo, que está à minha frente, que tem servido para andar por Lisboa e mundo. E, ao lado, esta janela onde a chuva cai, em Porto Alegre. Hoje choveu imenso. Tanta água caiu, que pareceu fácil pagar aquelas contas na lotérica, à frente da Prefeitura. O tempo da atmosfera colaborou solidário com o tempo de espera, para a fila passar de enorme a insignificante. Um plano perfeito. Por isso a chuva continuava forte, mesmo quando acabei de pagar as contas. Fiquei um tempo ali, vendo a chuva, no meio das cautelas e dos papéis cheios de quadradinhos da sorte. Só minutos depois vi, também abrigada da chuva, a porta ao lado, de um café simpático (e não de um simpático café). E foi para ali que fui beber um bom expresso, enquanto o céu desabafava toda a sua fúria contra o verão de Porto Alegre. Quanta dor de cotovelo, todos se deram conta. Até foi um pouco constrangedor. Enquanto isso, no meio da tempestade e do expresso, as lotações me olhavam - em especial a do Hospital Conceição, meu transporte para casa, por 4,00 Reais.

Trabalho de terreno

Atrás da fachada de cada edifício há corredores, bastidores, questões, fechaduras, moradores. Um monte de detalhes atrás de cada coisa. Uma vida interior que nunca se conhece, se não se está.

Desafios

É bom ter desafios. Depois do impacto inicial me parece que vai ser fixe ultrapassar uma meta e pensar um pouco sobre um assunto.
É bom sair da zona de conforto e ir à luta - aprende-se tanto com isso.

quarta-feira, 9 de março de 2011

nova direcção

A Casa do Brasil tem uma nova direcção. Foi eleita a chapa "União, Trabalho e Consolidação".
O Carlos Vianna é o novo presidente. Eu e o Fabrício somos os vice-presidentes.
Estou contente. Uma das minhas últimas responsabilidades, neste último Janeiro e Fevereiro, foi ajudar a compor a nova lista.

Umas notas sobre filmes

Se o Woody Allen me faz fundamentar a teoria de que preciso de filmes cheios de humor, em vais conhecer o homem dos teus sonhos (amo os filmes do WA, ele tem minha licença para fazê-los todos parecidos), Biutiful, triste, cheio de temas actuais e forrado de uma agenda humanista - talvez meio esvaziada de profundidade - confirma-o.
Hoje vi o Discurso do Rei, muito bonito. Uma história de superação, contando só coisas boas. Isso, na verdade, é muito bom. Eu é que fiquei magicando se o Bertie era mesmo tão bonzinho. Fiquei pensando se no lago dele não teria um cisne negro, o outro filme que vi aqui em Porto Alegre, que, surpreendentemente para mim, era de suspense misturado com arte. Achei bem feito e gostei da interpretação da bailarina. Por falar em suspense, falo do último filme da saga Millenium de Stieg Larson, a rainha do castelo de ar que vi (e dormi, mas por culpa própria, não do filme) logo que cheguei aqui, em DVD. Os filmes suecos da saga (há uma saga americana a preparar-se) são giros. Mas curtos face aos livros - e isso nunca será uma novidade para relação livro/filme nenhuma.

viagem

a viagem foi no dia 6 de março.

bosque

Uma árvore cai de velhice mas continua nos seus frutos, que ergueram todo um bosque à sua volta. E ela sabe que mais sementes já estão misturadas no chão, proliferando ainda mais vida ao seu redor. É ímpar e é única. Pena é não ser imortal.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Sigur Rós - Viðrar Vel Til Loftárása


Hoje já ouvi esta maravilhosa obra de arte umas 15 vezes.

o que quero

uma boa guitarra eléctrica, um bom amplificador, um bom pedal (cheio) de efeitos, uma boa aparelhagem, telas, tintas, pincéis e um cavalete. quando penso nestas coisas é que penso mais em arrumar um trabalho imediatamente - alguns dos itens estão dependentes disso, enquanto estou deste lado do oceano - e o meu mundo, como eu o concebo, como quero viver e estar, me parece que depende das tais coisas ali em cima.

quinta-feira, 3 de março de 2011

grafias

Este blog continua com a grafia e com alguns vocábulos que eu sei bem quais são.
Não me interessa muito também. Aqui é como me apetece.

pouco sumo, muito floreado

Hoje à tarde, lendo um artigo bem chatinho e com pouco sumo, saiu o seguinte desabafo, que foi para o meu caderninho preto:
Há artigos que tem mais citações e vocabulário metido a difícil do que conteúdo. Não servem para nada, a não ser para o gozo solitário do seu autor, ou compilador, ou melhor um chaveiro de ideias, que as mantém trancafiadas num código secreto para a generalidade dos leitores. Uma fuga para o deserto da falta de comunicação real?

experiências

Estando as coisas colocadas nestes moldes, de temáticas tão abstractas, sem se dizer ao certo a abordagem, a bibliografia, e coisas que tais que balizassem, num tipo de "traga o que tem mais à mão porque depois é que vai ver", é certo que a pressão baixa um pouco.

oceanos, mares, lagos, rios, canais, canaletas

o oceano atlântico é um canal para se atravessar quantas vezes se quiser. e eu nunca tinha percebido isso tão bem como agora.

Onde já li isso

(...) "De manhã, eu ainda estou pensando na vida e tu já sabes o que queres do frigorífico" (...)
[acho que num romance]
um espaço para isso tudo.