Falando em Lisboa, a cena está pesada lá. E há um governo que vai cair. Já não há nada a fazer pelo executivo, porque eles resolveram nada fazer pelas pessoas. Vão apresentar um PEC IV pior ainda do que os três anteriores e vão junto com ele, por água abaixo.
A última, que parece uma caricatura - mas é real - é que, depois de onerarem a vida dos mais pobres com mais IRS nos escalões mais baixos, mais Imposto sobre o Valor Acrescentado para uma série de bens que são do consumo do comum das pessoas, de concederem menos subsídio de desemprego e fazerem diversos cortes nos apoios sociais, o governo declarou que tem a intenção de desagravar de 23% para 6% o IVA do golfe.
Ou querem cair, ou querem rir dos cidadãos, ou são completamente alheios ao que as pessoas vão achar disso, ou estão-se nas tintas.
É por isso que, sabendo que Passos será pior que Sócrates, é muito difícil a escolha, entre ambos e entre haver ou não haver eleições também. Quando a escolha é manter este governo ou ter Passos, ou seja uma escolha entre direitas (Sócrates abandonou a esquerda faz tempo, a não ser nas questões de costumes - e no deserto isso já não era mau) é sempre desolador. Espera-se que o povo saiba ler estes sinais e escolha alternativas reais de esquerda, e não espatife o seu voto na esperança vã de que os partidos que se passeiam no governo nas últimas décadas vão fazer algo por eles.
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