Hoje estiveram aqui em casa os meus primos Gabriel e o Eduardo (este meu afilhado também). Foi uma surpresa boa. O Eduardo tinha ido conhecer o Henrique e daí subiram as escadas. Tinha saudades deles e não sabia. É tão engraçado termos tanta cumplicidade, com todos estes anos que levo fora. Sentimos uma coisa muito boa e muito forte. Somos a parte da família que mais gosta de se abraçar e se tocar. É um treco louco mesmo. Sempre nos sentimos juntos. Com outra coisa, de minha parte: estes guris já tem 20 anos na cara, estão trabalhando, estudando, e eu ainda olho para eles como se eles fossem aqueles pitoquinhos na cidade de Camaquã. Fico sempre achando que eu e o Ervin que pusemos esta gurizada a tocar violão tão bem. Apesar de nunca ter ensinado um acorde sequer para eles. Pelo contrário, uma vez quebrei uma corda do violão do Bruno (o outro irmão).
Bom, depois dos mil abraços, fizemos uma roda de violão, rapidamente. É o passatempo predilecto e talvez o único, quando nos encontramos. Cada um tocou várias músicas. Uma das que o Gabriel tocou foi "te espero no farol" que eu não conhecia e que, para mim, só fica bem se for cantada por ele. Talvez unicamente por razões subjectivas: por ser ele. Tocou também aquelas (várias) que ele sabe do Teatro Mágico. O Eduardo tocou Natiruts, uma banda de reggae aqui do Brasil, e Los Hermanos.
E eu? Ah, o que fazer? Peguei a Paciência (do Lenine) e aquilo que sei tocar desde antes de ter aprendido a tocar violão, que sei tocar sempre, em quaisquer circunstâncias, mesmo se estiver completamente bêbado, inconsciente, ou até em coma: Quase sem querer (da Legião), Meu Erro (dos Paralamas) e Running to Stand Still (dos U2). Meus queridos anos 80.
Paciência é muito bonita. Impossível enjoar. Há uns anos peguei ela todinha de ouvido e decorei a letra inteira. Chegava da Faculdade e só queria ela. Um vício completo.
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