Sampaio decidiu: não há referendo quanto à questão do aborto, para já.
Tudo bem que não se queira referendar esta questão.
Aliás, nem acho que devesse haver referendo quanto a isso. As pessoas já foram convidadas a votar, no primeiro referendo, e já se sabe o que aconteceu. Não foram votar mais de 50% dos eleitores e o referendo não foi vinculativo.
E parece-me que mesmo que seja referendado outra vez, as pessoas não irão votar.
Porque as pessoas não tem de querer ir votar.
Existe uma Assembleia da República, cheia de deputados, que foram eleitos para representa a vontade do povo. Portugal não é uma democracia jacobina, sistema que determina que cada situação a ser decidida num país, deverá ser objecto de um referendo popular.
Por isso, aproveitando que não teremos mais esta cruzinha para pôr, sugiro que a Assembleia se ocupe o mais rapidamente possível deste assunto, para que ninguém mais seja punido por um crime que a sociedade teima em fingir que não perpetra todos os dias.
Se não olha, continue-se a apanhar o autocarro para Badajoz, quem pode.
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