sexta-feira, 4 de fevereiro de 2005

Um Peixe no Táxi

Aqui é uma paragem de táxis?, pergunta-me o Peixe. Não, mas é como se fosse, digo eu.
E assim foi, logo tendo chegado um táxi, conduzido por uma senhora, o que é muito raro, aqui em Lisboa.
Eu e o Peixe encontravamos submersos numa conversa, quando fomos interrompidos por uma pergunta ilegítima, Para onde querem ir, Ah ok, Alto de São João e a seguir Alameda, Mas se quiser pode ser o contrário, outro dia propusemos Alameda - Alto de São João e o seu colega não achou que fosse o melhor percurso. Mas é o melhor, disse a condutora.
Durante o caminho, eu e o Peixe íamos falando de bola, do Sporting e do Benfica.
Chegados perto da Alameda, o Peixe propôs que a senhora desse uma curva, o deixasse já ali, por ser mais fácil para fazer a volta e ir ao Alto de São João. Não vale a pena, disse a senhora.
E assim chegamos à Alameda, o Peixe na porta que não fica para o passeio, encetamos as movimentações para ele sair pela minha porta.
Porém, a senhora levanta-se do seu lugar e dirige-se à porta do Peixe e abre a mesma, com um ar pomposo e plena de simpatia.
Deixamos o Peixe, andamos 15 metros e vem a pergunta que vale este post.
"Aquele era o Peixe, jogador do Sporting?".
Não, não é.
Mas como disse o Peixe, quando eu contei a história, "sou do Sporting, estava vestido à Sporting, joguei com o equipamento do Sporting, mas não sou o Peixe do Sporting".
Eu completo: não é o Peixe do Sporting, porque este jogou ainda no Porto e no Benfica.

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