1) O meu discurso passou a tentar chegar aos cidadãos de outra forma, lembrando que os portugueses (e eu sou português também) conhecem tão bem e também as dificuldades dos imigrantes. São neste momento um país de emigração outra vez. Os problemas que renascem, de um passado não longínquo, na França, nos Estados Unidos, no Brasil. Os portugueses conhecem. E agora começam a ir para o Brasil de novo, terra de oportunidades até melhores análises. Todos somos migrantes.
2) Falar do Brasil também passou a ser diferente. A potência econômica que manda uma mensagem de grande crescimento. A comunidade brasileira que passou a ter uma maior ponderação de regresso, face à crise portuguesa, europeia e ao crescimento do Brasil. Atenção que regressar também não é fácil, alerto sempre, regressar é migrar de novo. É tentar num país diferente outra vez. Talvez voltem para o Brasil e regressem a Portugal outra vez.
3) Finalizamos uma entrevista no Rádio Clube Português com a eterna discussão sobre estereótipos. Agora, a respeito de um estudo que demonstra que os brasileiros que chegam a Portugal tem uma imagem negativa do país, que acham que é atrasado e que depois acabam se surpreendendo. Que satisfação me deu de dizer em direto de manhã para a rádio "todos os estereótipos estão errados e, como a maior parte das vezes tem conotações negativas, quando as pessoas passam a conhecer concretamente a realidade, obviamente se surpreendem pela positiva".
4) As pessoas se perdem nisso dos estereótipos, caem na armadilha, mesmo no jantar insuspeito de Sábado, "(...) esses com essa característica não são de confiança (...)". Rir para não chorar, fazer uma palhaçada gigante, virar a situação do avesso, desmontar o erro e pôr o pessoal a pensar. E, se não quiserem pensar, não pensem. Esperem. Um dia, quando conhecerem alguém que sofra com estereótipos vão entender. E é mais fácil isso acontecer do que parece.
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