Há um nó que segura tudo, todos os cabos principais, estruturantes. É preciso não perder ele de vista. Mantê-lo debaixo de olho.
As cordas se entrelaçam, se misturam. A ansiedade desce por ali abaixo, naquele cabo azul. O nervosismo segue naquele amarelo. O temor cintila naquele cinzento.
Vemos isso tudo, é enervante, mas depois pensamos um pouco. E quando raciocinamos, com regozijo nos damos conta: atenção que o nó está aqui. Está aqui tudo o que é mais importante, nas nossas mãos. Bem pode haver a ilusão de que tudo se vai espatifar, bem podem esticar várias cordas, bem podem gemer as juntas umas contra as outras, porque o nó está bem apertado.
Agora, é preciso estar alerta. Muita gente já saiu de perto do nó. E, em busca de uns arranjinhos em cordas assustadoras e barulhentas, mas absolutamente supérfluas, deixaram o nó se desfazer.
Não, conosco isso não acontece.
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