quinta-feira, 7 de outubro de 2004

Censurar

Em 20 de Setembro de 2004 escrevi um texto meio a brincar, mas que era muito sério.
Falava de censura. Acho que é o Catastrófe III. Procurem.
Com a censura não se brinca, não há dúvidas. Eu devia ter percebido isto.
É por isso que o Marcelo Rebelo de Sousa deixou os seus comentários semanais na TVI.
Seja lá o que for que se passou, seja qual for a pressão exercida no professor, o certo é que ele pensou: "com a censura não se brinca, se revida".
Realmente há uma coisa que é certa e límpida: os laranjas do PSD, quando estão no poder, não permitem que as pessoas digam o que pensam de qualquer maneira.
Era assim antes de Guterres, onde nem havia Contra-Informação (que é um programa de denúncia diária). Claro que não caia bem acabar com a Contra-Informação muito depressa, para quem pense que me esqueçi que ela ainda está no ar.
É lembrar do Herman, que também foi censurado.
E o Saramago que era sempre boicotado.
Então agora, com um Governo que nada tem além de uma parca imagem, que pede (pede sim, o Santana Lopes pediu) um novo estado de graça, seria possível admitir que o Profeta Martelo continuasse as críticas?
Até ficou tempo demais.
Valha-nos a esperança de que o tempo não pára e que tudo irá em breve ser reestabelecido. No máximo daqui a 2 anos, com a queda das laranjas podres!
E para quem pense que a saída de Marcelo poderá ter sido um aproveitamento da situação pelo próprio, é bom lembrar a questão de fundo: ele foi efectivamente pressionado. Pediram para ele falar menos, para ele ser mais macio.
Ora bolas! Onde estamos? Se ele dizia mentiras, se difamava (duvido disso), Tribunal com ele!
O professor Marcelo, de facto, ensina-nos a todos.
E deixou o PSD em polvorosa agora, pior do que com o todos os seus comentários semanais.
Tenho que me pôr a pau com o meu blog agora.
Com um texto assim, arrisco-me a ser convidado a sair do servidor.

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