terça-feira, 7 de agosto de 2007

O crime que é trabalhar

Não sou uma criminosa, apenas uma jovem mãe que ama a sua filha.
Sónia, jovem portuguesa que teve uma ordem de deportação nos Estados Unidos.
Como o próprio jornal "O Emigrante/Mundo Português" refere: (...) que sirva como uma chamada de atenção para o drama de situações como esta (...)
Espero que sirva.
O delito que a menina, de 18 anos, cometeu, foi trabalhar numa empresa que foi fiscalizada e não ter os seus papéis em ordem. Trabalhava para a riqueza dos Estados Unidos. Tal como os imigrantes sempre trabalham para a riqueza dos países de acolhimento.
Mas, mesmo assim, trabalhando, Sónia não teve direito a um visto ou a qualquer documento.
A primeira solução reservada para um cidadão imigrante trabalhador, mas sem documentos, é a deportação.
Boa sorte Sónia. No mundo de hoje, tal como ele está organizado, és uma imigrante não regularizada e, por isso, mesmo que trabalhes muito e sejas uma cidadã exemplar, não te concedem direitos. Não é preciso o documento para criar riqueza, mas é completamente necessário para a concessão de direitos.
Espero que, pelo menos, tenhas direito a recurso para os tribunais, com o devido efeito suspensivo quanto à decisão de deportação. São poucos os países que concedem este direito a uma pessoa não regularizada ou ilegalizada.

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