domingo, 29 de maio de 2011

Sobre o Barça

Quando tinha uns 13 ou 14 anos, olhei para o cromo (figurinha) de um jogador do Barcelona, que era o Mége (internacional esperança francês, se não me engano) e senti antipatia. É a primeira manifestação deste sentimento anti-barcelonista que me lembro. 
Depois veio casos bem mais caracterizadores. Achei o máximo o Barcelona, com o meu herói da selecção brasileira, o Romário, levar aqueles 4-0 do Milan na final da Liga dos Campeões. Foi um grande dia aquele. Bom, diga-se que pode ter influenciado o facto do meu time de botão ser aquele Milan também (do Savicevic, Boban, Baresi, entre outros que não cito só para não ocupar aqui tudo, porque sei quase todos ou todos). Mas não sei não. Na mesma altura torci e fiquei triste quando o Depo Corunha perdeu a sua mais soberana chance de ser campeão da Espanha, e lembro de ter dormido triste com a grande penalidade que o Djukic falhou - aquilo tinha um gosto de nunca mais. E foi assim mesmo.
E depois claro, o meu coloradinho querido pôs o Barça no seu lugar quando foi campeão do mundo em cima deles, com uma enorme humildade e eficácia.
Tudo isso para dizer que apesar do Barcelona jogar um futebol sensacional e lindo de ver, isso me dá nos nervos. Inacreditável a supremacia há poucas horas contra o Manchester. É um time extraordinário. Mas como incomoda isso. Fiquei azul quando o comentador disse: é um time que vai ficar para a história. E eu pensei: vai mesmo, que chatice. E lá comecei eu com a tal estranha sensação, tentando entender porque não gosto dos caras.
Daí o Villa marcou aquele golaço, fantástico. Eu nem pestanejei e comentei: este foi o que eliminou Portugal na Copa. E Messi, o que dizer. Este nem gosto de ver jogar. Joga sempre tão bem! É uma incomodação total. Porque o jogador do Manchester não lhe acerta uma canelada com força no joelho?
Mas é isso. Jogam e jogaram muito. O Guardiola pôs o Pujol em campo pouco antes do fim do apito final para ele ser aplaudido. O Pujol, que é capitão, deixou que a taça fosse levantada pelo Abidal (que passou mal este ano, aprendi hoje). Foi uma festa linda, gestos lindos, tudo lindo. Pena que foi o Barcelona, eu pensei. Este time que apesar de me incomodar tanto, é espectacular.

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