A juventude do orador permite desculpar a colocação das questões de segurança pública da sociedade ao lado das de direitos humanos, na temática da imigração, como se fossem dois lados da mesma moeda. Juventude e anseio de fazer uso dos conceitos de segurança pública e soberania nacional, provavelmente aprendidos em suas aulas de relações internacionais. Se não fosse a juventude, seria para mim completamente incompreensível a preocupação com segurança e soberania, numa cidade sem imigrantes como Porto Alegre. Os poucos que estão aqui, ainda por cima, numa grande maioria são do Mercosul, com os acordos de simplificação burocrática que devem ser cumpridos na íntegra. Imigrantes que ficam vivendo num país que escolhem como seu, apesar das várias dificuldades que enfrentam, normalmente não são uma preocupação de segurança pública, no sentido de uma agressão para a sociedade de acolhimento. Antes pelo contrário: é a segurança dos imigrantes que está em risco, pois são, potencialmente, alvo de todas as discriminações e explorações.
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