"Estás bem, a jogar bem. Já não estás com aquela falta de alento de antes."
O elogio é uma ferramenta incrível, é um ampliador quase incomparável de potencialidades.
Com um elogio, uma palavra de motivação, quase tudo passa a ser possível. Os limites se ampliam, as fronteiras se alargam, mais coisas passam a ser passíveis de realização.
Fiz por combater a "falta de alento". Mas demorou.
Porém, houve um dia que acordei e decidi que tinha de fazer algo para vencer o torpor. Iniciou-se a procura.
E das palavras amigas que ouvi, impressionou-me mais a parte do reconhecimento da falta de alento de antes. E foram meses (um pouco mais do que isso) jogando mal, sem alegria, sem vontade. Era tão palpável e durou tanto.
Felizmente veio a parte do questionamento, que demorou a aparecer. E é inacreditável o quanto aturei o desconforto. Hoje pergunto-me porquê. A resposta não é simples, estava fazendo outras coisas, é difícil estar sempre colocando perguntas a si próprio. Há pouco tempo para isso e é preciso andar em frente. Porém, também não se pode andar em frete.
Felizmente acordei e encontrei dois pontos de acção (de tão fácil execução! quanto tempo perdido!) que em conexão deram-me não só alguma melhoria técnica (mas técnica já estava quase toda em mim), mas principalmente o alento, a vontade, a motivação. Descobri horários incríveis nos meus dias da semana, é impressionante. Por exemplo, o horário de Sábado às 8 da manhã. É verdadeiramente incrível.
E, não posso deixar de dizer que o prémio que me dei abriu um leque grande de novas possibilidades. Não tanto como o acordar que tive, nem como seguramente vale o elogio de hoje. Porém, teve um impacto muito superior ao que eu pensava, ao perigo que eu julgava estar correndo de a sua concretização não passar de um capricho consumista.
Entusiasmar-se e procurar com isso um efeito de bola de neve, que atinja outros pontos da minha vida, no entanto, é o que verdadeiramente acho que busco.
Os balanços se irão fazendo.
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