Ontem vi o concerto de Daniel Higgs na ZdB.*
Foi realmente um concerto (?) inclassificável e indescritível. Higgs pegou nos formalismos, atirou-os ao chão e pisoteou-os um por um. E correu bem a experiência. Uma coisa muito doida.
Basicamente Higgs abraça-se no seu banjo e improvisa o tempo todo. Mescla isso com alguns comentários e algumas cantorias que soam a improviso. É uma mistura de concerto, conversa e teatro. Sempre com o banjo junto, improvisando, tocando coisas mais certas, improvisando de repente melodias estranhas e mal tocadas. As palmas só vieram 40 minutos depois quando ele disse que ia fazer um intervalo. Porque é isso. Ele vai tocando, sem intervalos.
Fez-se um segundo ato, parecido, o mesmo esquema e comentários a quem ia passando na rua, no outro lado do vidro da ZdB. Conversas doidas, todos fomos fazendo a viagem junto com ele.
No encore ele começou a cantar uma música mais organizada. Mas, depois de uns versos, interrompeu para explicar que era uma música do seu álbum novo. Retomou e a meio foi procurar nos apontamentos espalhados no chão - numa espécie de papiro - os versos que faltavam. Também tocou uma música "com uma nota que nunca tinha usado" e pôs-se ali a improvisar sobre ela...
Enfim, foi mesmo, mesmo, mesmo, mesmo. Nunca tinha visto um negócio assim.
* agora sou sócio da ZdB - vale muito a pena, até em termos financeiros.
* agora sou sócio da ZdB - vale muito a pena, até em termos financeiros.
2 comentários:
O que é ZdB? Agradeço
Eheheh. Galeria Zé dos Bois.
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