sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

e veio isso tudo à minha cabeça a propósito de cure

Vivia na Lucas de Oliveira, 1853, apartamento 302. Tinha 10 anos. O Rafael era muito mais velho: tinha 13. Morava no 303. Os pais dele tinham 3 discos (de vinil, claro) dos The Cure. Lembro-me direitinho do dia em que os levei para casa e os gravei. In beetween days e close to me, claro, estavam lá
E lembro-me tão bem de acordar cedo, em domingos de manhã seguintes a festas do meu irmão, quando moravamos na casa da Avenida Bagé. Acordar cedo para ir para o som e aproveitar os discos da festa e gravar tudo o que pudesse enquanto as pessoas não os levavam de volta. Daqui veio U2, Pink Floyd (The Wall), muito Supertramp, Barão, Cazuza, Paralamas "o passo do Lui", Legião, essas coisas... Acho que isso era em 1984 ou 1985, porque em 1986 já estavamos na Lucas. Eu tinha 8 ou 9. Teve o RPM antes, claro. Mas música a sério começou com o Legião Urbana I e com o Camisa de Vênus, provavelmente os primeiros discos que comprei com economias minhas. Legião I comprei no Zaffari perto da 24 de Outubro.
A-Ha, Alphaville, under a red blood sky de U2, Peter Gabriel, isso foi tudo em São Paulo, no apê da Raquel, nos tempos dos inícios dela na Varig. Com ela vi pela primeira vez o clip de "close to me".

1 comentário:

Mari disse...

Sei bem que aquele RPM só foi parar ali por um cuidado teu comigo...
Não podes calcular o quanto tenho saudades. Me lembro de ti - quando eventualmente brigávamos -cantando "brigar pra que se é sem querer...".E eu, beeeem menor que era, braba e chorosa, ao mesmo tempo. E tu rias, rias, até que a vó interrompia tudo: "meu filho, não sejas maroto...". E coroava com louros o teu contentamento, sem saber, é claro. MUITA saudade, putz.