A "semana do arrastão" culminou numa manifestação contra a criminalidade ("marcha racista" era um nome que não ficava aqui mal).
E, bem vistas as coisas, até foi bom conhecer a argamassa da extrema direita. Foi bom verificar todas as fragilidades que se encerram no interior destas organizações.
A televisão e a rádio deram uma enorme importância à manifestação. Nas manifestações pelos direitos dos imigrantes nunca se viu tamanha cobertura. Ficamos a conhecer mais ou menos os patrióticos portugueses.
Um deles dizia quase tudo: "Somos portugueses há mais de 800 anos! Meu Bilhete de Identidade não foi comprado no Rossio!"; "Não sou racista não, tenho é orgulho na minha raça! Os pretos e os ciganos podem dizer que têm orgulho na sua raça, eu não posso porque me chamam logo de racista!". Uma frase muito interessante também: "Os portugueses são mortos todos os dias na África do Sul!".
Coitadinhas das alminhas que se manifestaram.
Autistas, não compreendem o mundo que os envolve. Não compreendem que tem uma batalha perdida pela frente. Não percebem a sua própria estupidez e ignorância.
Não entendem que as suas palavras são fruto da sua própria frustração. São tão maus que se sentem ameaçados, pelo simples facto de uma pessoa ser diferente.
Aliás, se há coisa que me intriga é que esta gente gosta de referir que existem pessoas que são inferiores apenas pelo seu aspecto exterior e, ao mesmo tempo, sentem-se ameaçadas pelos inferiores. Expliquem-me! Queriam estar a trabalhar no lugar onde trabalham estas pessoas?
A manifestação foi boa por isso. Pôs a nu a profunda ignorância dos seus elementos.
Ficamos todos a pensar se são aqueles indivíduos calvos, de cabeça raspada, brutos e ignorantes que querem monopolizar a herança genética portuguesa.
Trememos com tais divagações.
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