Uma maneira de ver como está a sua perícia no estacionamento:
http://adverts.freeloader.com/zurich/
Estava na dúvida se punha aqui, por se fazer propaganda da Zurich.
Tive que optar e postei, exclusivamente pelo jogo, que é legal.
sábado, 29 de janeiro de 2005
quinta-feira, 27 de janeiro de 2005
Esculturas
Graciano Willen Barbosa
Não sei teu sobrenome, nem sequer o teu nome.
Não sei como tu és, como exprimes os teus sentimentos, ou para onde olhas quando estás à janela.
Não sei a cor dos teus olhos, o comprimento do teu cabelo, o tom da tua pele.
Apenas sei que um dia vais chegar e entrar no meu coração, como um daqueles poemas do Mário Quintana.
E vais sugerir que, ao invés de eu correr tanto, para chegar o mais longe e o mais depressa possível, eu faça umas escalas musicais, umas pausas de pintor, umas paragens para fazer esculturas no ar.
Não sei teu sobrenome, nem sequer o teu nome.
Não sei como tu és, como exprimes os teus sentimentos, ou para onde olhas quando estás à janela.
Não sei a cor dos teus olhos, o comprimento do teu cabelo, o tom da tua pele.
Apenas sei que um dia vais chegar e entrar no meu coração, como um daqueles poemas do Mário Quintana.
E vais sugerir que, ao invés de eu correr tanto, para chegar o mais longe e o mais depressa possível, eu faça umas escalas musicais, umas pausas de pintor, umas paragens para fazer esculturas no ar.
Fórum Social Mundial
Dia 26 de Janeiro iniciou-se mais um Fórum Social Mundial.
Um importante espaço de debate que muitos tendem a desvalorizar.
Abre-se assim o tempo de iniciar a discussão sobre a hierarquia de valores do nosso Mundo.
Pondo o acento tónico na questão social e não apenas nos assuntos do capital.
A grande crítica que gostam de fazer ao Fórum Social Mundial é o de não haver consequências práticas do mesmo.
Mas que os governos retirem as consequências, que se interessem a pôr em marcha as recomendações e conclusões do Fórum!
Criticam para enfraquecer.
Mas as sementes já estão sendo lançadas para a terra. Um dia teremos os frutos.
Um importante espaço de debate que muitos tendem a desvalorizar.
Abre-se assim o tempo de iniciar a discussão sobre a hierarquia de valores do nosso Mundo.
Pondo o acento tónico na questão social e não apenas nos assuntos do capital.
A grande crítica que gostam de fazer ao Fórum Social Mundial é o de não haver consequências práticas do mesmo.
Mas que os governos retirem as consequências, que se interessem a pôr em marcha as recomendações e conclusões do Fórum!
Criticam para enfraquecer.
Mas as sementes já estão sendo lançadas para a terra. Um dia teremos os frutos.
Benfica 3 - 3 Sporting
Grande jogo de ontem.
2-2 no tempo regulamentar, 3-3 no final da prorrogação, 7-6 nas grandes penalidades.
E melhor ainda foi o resultado, tendo o Benfica atingido os quartos de final da Taça de Portugal.
E que bom que assim foi, porque se o Sporting ganha com aquele golo do Paíto, eu sei bem que eu não teria mais sossego durante alguns tempos. O Luisão até agora está procurando a bola que lhe passou debaixo das pernas.
Mas pronto, o Simão marcou aquele golaço, fomos para os penalties e a nada ficou reduzido o lance do Paíto.
Ficha do Jogo
Estádio da Luz, em Lisboa
Árbitro: António Costa (Setúbal)
BENFICA – Quim; João Pereira, Luisão, Ricardo Rocha (Alcides, 31 m) e Dos Santos; Bruno Aguiar (Fyssas, 82 m), Petit e Manuel Fernandes; Geovanni (Carlitos, 91 m), Nuno Gomes e Simão.
SPORTING – Tiago; Rogério (Miguel Garcia, 82 m), Enakarhire, Polga e Paíto; Rochemback, Custódio (João Moutinho, 37 m), Pedro Barbosa (Rodrigo Tello, 114 m) e Hugo Viana; Sá Pinto e Liedson.
Golos, no tempo regulamentar: 1-0, Geovanni (3 m); 1-1, Hugo Viana (13 m); 1-2, Liedson (16 m); 2-2, Geovanni (22 m); 2-3, Paíto (109 m); 3-3, Simão (116 m)
2-2 no tempo regulamentar, 3-3 no final da prorrogação, 7-6 nas grandes penalidades.
E melhor ainda foi o resultado, tendo o Benfica atingido os quartos de final da Taça de Portugal.
E que bom que assim foi, porque se o Sporting ganha com aquele golo do Paíto, eu sei bem que eu não teria mais sossego durante alguns tempos. O Luisão até agora está procurando a bola que lhe passou debaixo das pernas.
Mas pronto, o Simão marcou aquele golaço, fomos para os penalties e a nada ficou reduzido o lance do Paíto.
Ficha do Jogo
Estádio da Luz, em Lisboa
Árbitro: António Costa (Setúbal)
BENFICA – Quim; João Pereira, Luisão, Ricardo Rocha (Alcides, 31 m) e Dos Santos; Bruno Aguiar (Fyssas, 82 m), Petit e Manuel Fernandes; Geovanni (Carlitos, 91 m), Nuno Gomes e Simão.
SPORTING – Tiago; Rogério (Miguel Garcia, 82 m), Enakarhire, Polga e Paíto; Rochemback, Custódio (João Moutinho, 37 m), Pedro Barbosa (Rodrigo Tello, 114 m) e Hugo Viana; Sá Pinto e Liedson.
Golos, no tempo regulamentar: 1-0, Geovanni (3 m); 1-1, Hugo Viana (13 m); 1-2, Liedson (16 m); 2-2, Geovanni (22 m); 2-3, Paíto (109 m); 3-3, Simão (116 m)
quarta-feira, 26 de janeiro de 2005
Ditado popular
No trabalho, nunca perder o espírito de missão, para não entrar no espírito demissão.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2005
Eleições
Em forma
Santana continua em forma.
A propósito da recusa de Sócrates em entrar em debates, Santana o bate aos pontos, com o comentário que se segue:
"É um atentado à democracia um líder de um partido candidato a primeiro-ministro dizer que não vai debater", defendeu, acrescentando que "não fica mesmo nada bem ao líder do PS tal atitude", de estabelecer que apenas estará disponível para dois debates, um com o presidente do PSD e um outro com os lideres de todos os partidos.
Recorrendo à ironia, disse que numa escola quando as crianças convidam outra para ir brincar e esta tem medo, "chamam-lhe nomes, e têm razão" para isso.
No Público e na TSF.
6-4
A Casa do Brasil ficou em 3º Lugar no Torneio Nach Stil.
Ontem jogou-se a decisão relativa ao terceiro e quarto lugar e a CBL bateu por 6-4 os seus opositores.
Entre os prémios individuais, destaque para o nosso goleirão Saúl Marconi que foi considerado o melhor goleiro da prova, com toda a justiça do mundo, diga-se.
E assim fica encerrado o serviço noticioso relativo à participação da CBL, com brio, neste torneio.
Ontem jogou-se a decisão relativa ao terceiro e quarto lugar e a CBL bateu por 6-4 os seus opositores.
Entre os prémios individuais, destaque para o nosso goleirão Saúl Marconi que foi considerado o melhor goleiro da prova, com toda a justiça do mundo, diga-se.
E assim fica encerrado o serviço noticioso relativo à participação da CBL, com brio, neste torneio.
domingo, 23 de janeiro de 2005
Novas Fronteiras
José Sócrates anunciou ontem à noite, que reuniu em cd uma compilação de fotografias, que vão lhe valer a sua eleição para primeiro ministro de Portugal.
São fotografias que remontam ao tempo em que o Secretário Geral do PS ainda não tinha feito o seu penteado "esquerda moderna".
Tais fotografias deverão ser divulgadas apenas alguns dias antes das eleições para a Assembleia da República, com o intuito de convencer os eleitores da esquerda tradicional a enveredar pelo Partido Socialista.
Uma destas "armas-secretas", a que a Aldeia Blogal teve acesso a custa de mil perigos, é esta óptima fotografia, que nos mostra José Sócrates com o seu penteado "esquerda tradicional, levemente caviar":
Ninguém consegue parar o PS, rumo a maioria absoluta.
sábado, 22 de janeiro de 2005
O sorriso da criança II
Os coristas
Hoje fui ver este lindíssimo filme.
Mas lindo mesmo.
Uma história muito bonita, muito bem contada, com excelente música, com óptimos actores. Mistura arte, questão social, realidade, ficção, comédia, drama.
Se não viram ainda, vejam.
Se viram, de certeza que concordam comigo, se eu disser que é um dos filmes do ano.
Meu filho
O meu querido corsinha é mais ou menos assim.
Não é ele na foto, mas ele tem exactamente essa cor. Na carteira de identidade dele diz que a cor dele é "azul outra". Isso quer dizer que ou sou daltónico ou o mundo já começa a ter mudanças visíveis e finalmente se deixou de dar atenção a cor das pessoas.
Ele é um 1.2 que adora beber gasolina.
Adoptei-o há cerca de 3 meses.
É de 1996, tendo feitos já 8 anos, está aprendendo a escrever e já conseguimos conversar sobre vários assuntos.
Normalmente, ele ouve vários desabafos meus e rios de palavrões. Não sei o que vai ser feito da educação dele. E para ser psicólogo, ele é francamente muito novo.
Às vezes ele se queixa que falo muito dos outros e pouco dele, no trânsito. Mas já estou tentando dar mais atenção ao rapaz.
Ele é bonzinho, comportado, mas tivemos uma discussão ontem. O que vale é que só precisei chegar no "pareces uma mula velha" para ele começar a andar. "Tava com frio" disse-me ele, enquanto tossia.
Neste momento, já estamos em paz novamente. Levei-o a passear hoje, dei-lhe de beber, apesar de ele estar com a barriga bem cheia. Esta tendência para beber também me causa alguma preocupação, confesso.
No fim de tudo, deixei-o dormindo fora de casa e com uma trancazita, não vá ele querer sair nas mãos de outra pessoa - e isso eu francamente não permito.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2005
Celebrar
I celebrate myself, and sing myself,
And what I assume you shall assume,
For every atom belonging to me as good belongs to you.
I loafe and invite my soul,
I lean and loafe at my ease observing a spear of summer grass.
My tongue, every atom of my blood, form'd from this soil, this air.
Walt Whitman - O Canto de mim mesmo
And what I assume you shall assume,
For every atom belonging to me as good belongs to you.
I loafe and invite my soul,
I lean and loafe at my ease observing a spear of summer grass.
My tongue, every atom of my blood, form'd from this soil, this air.
Walt Whitman - O Canto de mim mesmo
quarta-feira, 19 de janeiro de 2005
Águas passadas
Argentino admite ter "dopado" o Brasil na Copa-90
Quarta, 19 de janeiro de 2005, 09h47
Atualizada às 10h16
Quase 15 anos depois, a eliminação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1990 ainda causa polêmica. Em entrevista à revista Ventitres, divulgada nesta semana, o ex-técnico da Argentina Carlos Billardo admitiu que foram misturados tranqüilizantes na água dada aos brasileiros.
O Brasil, dirigido por Sebastião Lazzaroni, perdeu para os argentinos por 1 a 0, gol de Cannigia, e foi eliminado nas oitavas-de-final da competição.
A Argentina chegou ao vice-campeonato.
"Não posso dizer que não aconteceu", disse Billardo, que é médico.
Durante a partida, em uma jogada em que Diego Maradona foi atingido, o massagista Miguel Di Lorenzo deu uma garrafa de água para o lateral-esquerdo Branco beber. Após tomar o líquido, o brasileiro reclamou que havia ficado tonto.
"Eu dizia para ele tomar e ele bebeu tudo. Depois, ficou tonto e mal conseguia chutar a bola", contou Maradona, durante uma entrevista a um canal de TV argentino, em dezembro.
Segundo o ex-jogador, quase todos os brasileiros pediram água para os argentinos durante a partida e receberam a garrafa suspeita.
Redação Terra
Quarta, 19 de janeiro de 2005, 09h47
Atualizada às 10h16
Quase 15 anos depois, a eliminação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1990 ainda causa polêmica. Em entrevista à revista Ventitres, divulgada nesta semana, o ex-técnico da Argentina Carlos Billardo admitiu que foram misturados tranqüilizantes na água dada aos brasileiros.
O Brasil, dirigido por Sebastião Lazzaroni, perdeu para os argentinos por 1 a 0, gol de Cannigia, e foi eliminado nas oitavas-de-final da competição.
A Argentina chegou ao vice-campeonato.
"Não posso dizer que não aconteceu", disse Billardo, que é médico.
Durante a partida, em uma jogada em que Diego Maradona foi atingido, o massagista Miguel Di Lorenzo deu uma garrafa de água para o lateral-esquerdo Branco beber. Após tomar o líquido, o brasileiro reclamou que havia ficado tonto.
"Eu dizia para ele tomar e ele bebeu tudo. Depois, ficou tonto e mal conseguia chutar a bola", contou Maradona, durante uma entrevista a um canal de TV argentino, em dezembro.
Segundo o ex-jogador, quase todos os brasileiros pediram água para os argentinos durante a partida e receberam a garrafa suspeita.
Redação Terra
Metro de Moscow
O link que está ali em baixo, mostra as Estações do Metro de Moscow.
Por muitos é considerado o metro mais bonito do mundo
Clique no link abaixo e depois em cada "M" que existe no mapa que vai aparecer e aprecie você mesmo.
http://www.beeflowers.com/Metro/-Startfiles-/index.htm
Por muitos é considerado o metro mais bonito do mundo
Clique no link abaixo e depois em cada "M" que existe no mapa que vai aparecer e aprecie você mesmo.
http://www.beeflowers.com/Metro/-Startfiles-/index.htm
segunda-feira, 17 de janeiro de 2005
Encontrar-se
Hoje encontrei uma pessoa que guarda uma parte de mim, passeando pela rua.
Guarda 4 anos e meio da minha vida, como se fosse um baú.
Espero que coisas boas apareçam, quando se procuram vestígios meus.
Acresce que tinha sonhado que ia encontrar esta parte de mim, hoje de madrugada.
Estranhíssimo.
Estou muito contente por tê-la encontrado e por ter visto que está bem.
Aliás, esta pessoa guarda uma parte de mim que gosto muito, que representa um pouco do que a minha vida teve de mais tranquilo.
Guarda 4 anos e meio da minha vida, como se fosse um baú.
Espero que coisas boas apareçam, quando se procuram vestígios meus.
Acresce que tinha sonhado que ia encontrar esta parte de mim, hoje de madrugada.
Estranhíssimo.
Estou muito contente por tê-la encontrado e por ter visto que está bem.
Aliás, esta pessoa guarda uma parte de mim que gosto muito, que representa um pouco do que a minha vida teve de mais tranquilo.
Resultado das eleições da CBL
A Chapa da Luta, do Trabalho e da Confiança venceu as eleições, aos 3 órgãos em que concorreu na Casa do Brasil: Direcção, Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia Geral.
32 votos, contra 26 da Chapa da Mudança.
Num dos órgãos o resultado foi 31 -27, penso que na mesa da Assembleia Geral.
Se estiver errado eu assinalarei no próximo post.
O importante é que, apesar dos poucos votos, bateu-se o recorde de votantes numa eleição na Casa do Brasil.
E esquecendo de ser politicamente correcto, quero expressar a minha satisfação pelo resultado.
32 votos, contra 26 da Chapa da Mudança.
Num dos órgãos o resultado foi 31 -27, penso que na mesa da Assembleia Geral.
Se estiver errado eu assinalarei no próximo post.
O importante é que, apesar dos poucos votos, bateu-se o recorde de votantes numa eleição na Casa do Brasil.
E esquecendo de ser politicamente correcto, quero expressar a minha satisfação pelo resultado.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2005
A esmolinha
A propósito de um post no Blog A Caixa de Pandora, escrevi este comentário, que aqui publico em versão diminuída, mas revista:
É muito importante a Sociedade Civil se organizar no sentido de procurar ajudar as pessoas mais carenciadas a se integrarem e a se desenvolverem.
Uma tarefa árdua que o Estado hoje em dia não está interessado em fazer, ou, pelo menos, não tem meios para o fazer.
Seja o que for, acho importante ajudar os carenciados. Acho importante os Centros de Acolhimento. Acho fundamental tentar conceder as condições mínimas.
Mas isso nunca pode ficar pela esmolinha, pelo sustento. Tem de se arranjar formas (e aqui é que está o difícil) de munir as pessoas de instrumentos que as permitam viver por si próprias.
Se não nunca mais saem da margem da sociedade.
E isso hoje em dia vê-se muito.
Aliás, temos um continente inteiro que o mundo resolveu pôr à parte da civilização, que é a África.
A fórmula de ajudá-lo é sempre a da esmolinha: dar pronto, mas não ajudar a desenvolver. E incentivar a divisão e a guerra.
É muito importante a Sociedade Civil se organizar no sentido de procurar ajudar as pessoas mais carenciadas a se integrarem e a se desenvolverem.
Uma tarefa árdua que o Estado hoje em dia não está interessado em fazer, ou, pelo menos, não tem meios para o fazer.
Seja o que for, acho importante ajudar os carenciados. Acho importante os Centros de Acolhimento. Acho fundamental tentar conceder as condições mínimas.
Mas isso nunca pode ficar pela esmolinha, pelo sustento. Tem de se arranjar formas (e aqui é que está o difícil) de munir as pessoas de instrumentos que as permitam viver por si próprias.
Se não nunca mais saem da margem da sociedade.
E isso hoje em dia vê-se muito.
Aliás, temos um continente inteiro que o mundo resolveu pôr à parte da civilização, que é a África.
A fórmula de ajudá-lo é sempre a da esmolinha: dar pronto, mas não ajudar a desenvolver. E incentivar a divisão e a guerra.
Eleições na CBL
Hoje são as eleições da Casa do Brasil.
Há duas chapas:
Chapa da Luta, do Trabalho e da Confiança.
Chapa da Mudança.
Eu, por todos os motivos e mais alguns, voto na Chapa da Luta, Trabalho e Confiança.
Mas existe um fundamento que me motiva mais do que os outros todos: a divisão que a Chapa da Mudança criou na Casa do Brasil, que não faz sentido e que foi promovida por esta Chapa.
Incentivou-se também a exclusão, facto novo na Casa do Brasil.
Respeito a democracia, todos podem se organizar da maneira que quiserem. Mas a forma como se movimentam para alcançar um fim faz pensar.
Os membros da Chapa Mudança, é bom que fique claro, eram também membros da Direcção que cessa funções na Casa do Brasil. São pessoas que se conhecem.
De repente, viraram costas, se organizaram em segredo e pouco mais disseram aos colegas de funções, a quem cumprimentavam reunião após reunião.
Exclusão e divisão são duas sementes que só precisam de um pequeno palmo de terra para não pararem mais de crescer.
Isso para mim, já é o bastante para votar na Chapa da Luta, Trabalho e Confiança, sem nem precisar falar em pormenor da experiência associativa que tem e das batalhas que já travaram pela causa dos imigrantes brasileiros.
Há duas chapas:
Chapa da Luta, do Trabalho e da Confiança.
Chapa da Mudança.
Eu, por todos os motivos e mais alguns, voto na Chapa da Luta, Trabalho e Confiança.
Mas existe um fundamento que me motiva mais do que os outros todos: a divisão que a Chapa da Mudança criou na Casa do Brasil, que não faz sentido e que foi promovida por esta Chapa.
Incentivou-se também a exclusão, facto novo na Casa do Brasil.
Respeito a democracia, todos podem se organizar da maneira que quiserem. Mas a forma como se movimentam para alcançar um fim faz pensar.
Os membros da Chapa Mudança, é bom que fique claro, eram também membros da Direcção que cessa funções na Casa do Brasil. São pessoas que se conhecem.
De repente, viraram costas, se organizaram em segredo e pouco mais disseram aos colegas de funções, a quem cumprimentavam reunião após reunião.
Exclusão e divisão são duas sementes que só precisam de um pequeno palmo de terra para não pararem mais de crescer.
Isso para mim, já é o bastante para votar na Chapa da Luta, Trabalho e Confiança, sem nem precisar falar em pormenor da experiência associativa que tem e das batalhas que já travaram pela causa dos imigrantes brasileiros.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2005
17 anos
Hoje faz 17 anos que cheguei a Lisboa.
Cheguei pelas 11:00 horas da manhã.
Estava um frio de rachar, mais frio do que está hoje.
Das primeiras coisas que ouvi, quando cheguei, foi alguém dizendo que o Aeroporto estava todo em obras e que o dia que parassem as obras, significava que o Aeroporto ia fechar. Uma profecia que até hoje se cumpre.
Outra das coisas que me lembro foi na Alfândega, em que o funcionário nos perguntou se sabíamos qual era a melhor coisa do Brasil. E, em seguida, referiu que eram os brasileiros. Outros tempos, os que eu cheguei, não há dúvida.
O primeiro bairro no qual vivi foi Alcântara e aquele bairro assustou-me. Tudo tão diferente de Porto Alegre, tudo tão velho, as pessoas e os imóveis. Achei que Lisboa era uma velharia.
Lisboa, em 1988, era uma cidade muito diferente.
Alguns dias após a minha chegada, recordo-me de ter ido a Belém, com minha mãe e aí sim, a impressão começou a ser melhor. Conheci o Mosteiro dos Jerónimos e, já naquela altura, me dei conta que em Lisboa todos tem uma convivência com a história. Não teorizei desta maneira, claro, mas senti isso. O Mosteiro estava ali, parado (está, há 500 anos) e as pessoas não se dão conta de como ele encerra em si tanto! De quantas pessoas, de tantas gerações, ele conhece. Um sentimento novo que em Porto Alegre nunca sentiria, já que é uma cidade tão novinha.
Mais sensações novas certamente se seguiram, lembro que tive dificuldades de criar novamente um círculo de amigos (não porque seja tímido, mas porque os portugueses são diferentes dos brasileiros).
Mas depois acabei por me integrar bem.
Me integrei tão bem que me tornei num desintegrado de carteirinha: brasileiro para os portugueses, português para os brasileiros.
Penso que seja um bom sinal, apesar de ficar-se um pouco sem referências. Com dois amores, logo à partida, Lisboa e Porto Alegre. Porto Alegre que me viu nascer, Lisboa que me acolheu.
E a vinda, que era para ser por 4 anos, destinada ao fim único de minha mãe fazer a sua tese de Doutoramento, transformou-se numa estadia prolongada.
Para sempre?
terça-feira, 11 de janeiro de 2005
Formas de estar
A Propósito da leitura de um trecho de "O Príncipe", de Maquiavel, no blog A Caixa de Pandora, fiz o seguinte comentário, que aqui trancrevo, em formato revisto e melhorado:
Odeio Maquiavel.
Parei de ler o Príncipe a meio.
Deve ser por não querer acreditar que a patifaria e a sordidez possam ser teorizadas.
Mas acredito que tudo o que ele diz deve ser verdadeiro. Não devo é estar preparado para saber as verdades.
Tentei ler a "A Arte da Guerra", de Sun Tzu, mas também perdi a paciência. Este mantem-se na minha mesa de cabeceira.
De certeza que os senhores da guerra fazem estas leituras muito novos e devem encontrar no Príncipe um livro que os orienta quanto a uma maneira de actuar.
"E os homens hesitam menos em ofender aos que se fazem amar do que aos que se fazem temer, porque o amor é mantido por um vínculo de obrigação, o qual, devido a serem os homens pérfidos, é rompido sempre que lhes aprouver, ao passo que o temor que se infunde é alimentado pelo receio de castigo, que é um sentimento que não se abandona nunca..."
Fantástico e terrível.
Odeio Maquiavel.
Parei de ler o Príncipe a meio.
Deve ser por não querer acreditar que a patifaria e a sordidez possam ser teorizadas.
Mas acredito que tudo o que ele diz deve ser verdadeiro. Não devo é estar preparado para saber as verdades.
Tentei ler a "A Arte da Guerra", de Sun Tzu, mas também perdi a paciência. Este mantem-se na minha mesa de cabeceira.
De certeza que os senhores da guerra fazem estas leituras muito novos e devem encontrar no Príncipe um livro que os orienta quanto a uma maneira de actuar.
"E os homens hesitam menos em ofender aos que se fazem amar do que aos que se fazem temer, porque o amor é mantido por um vínculo de obrigação, o qual, devido a serem os homens pérfidos, é rompido sempre que lhes aprouver, ao passo que o temor que se infunde é alimentado pelo receio de castigo, que é um sentimento que não se abandona nunca..."
Fantástico e terrível.
Nova palavra: Pelegrinação
Pelegrinação, palavra que ouvi hoje pela primeira vez, é uma espécie de peregrinação.
Só que é uma peregrinação em que as pessoas tem de usar peles o tempo todo.
Se uma peregrinação pode ser custosa, uma peregrinação em que as pessoas estão vestidas com peles pode ser terrível, ainda por cima, se for no calor do verão, ou na África, imaginem!
Porque uma peregrinação não escolhe nem tempo, nem lugar, nem estação.
Só que é uma peregrinação em que as pessoas tem de usar peles o tempo todo.
Se uma peregrinação pode ser custosa, uma peregrinação em que as pessoas estão vestidas com peles pode ser terrível, ainda por cima, se for no calor do verão, ou na África, imaginem!
Porque uma peregrinação não escolhe nem tempo, nem lugar, nem estação.
Calor recorde no Rio Grande do Sul
Mail da Silby:
ESTOU
D E R R E T
E
E
E
E N D O
O
O
Domingo fez 42° C em Porto alegre, e, segundo a meteorologia a sensação térmica era de 53°, acho que não quero mais conhecer o Saara, pois virei ameba de vez.
Sil
ESTOU
D E R R E T
E
E
E
E N D O
O
O
Domingo fez 42° C em Porto alegre, e, segundo a meteorologia a sensação térmica era de 53°, acho que não quero mais conhecer o Saara, pois virei ameba de vez.
Sil
domingo, 9 de janeiro de 2005
1-4
A Casa do Brasil foi eliminada do Torneio de Futebol de Leste (!) que estava participando.
Perdeu por 4-1.
Foi uma boa campanha, apesar de ter começado muito mal.
O jogo de ontem foi conturbado. A arbitragem foi tendenciosa, beneficiando os de leste, como seria de esperar.
Da nossa campanha, que ainda não acabou, porque há a disputa do 3º e 4º lugar, salientem-se os seguintes jogadores:
Marconi: excelente goleiro, cheio de moral, responsável pela nossa subida de rendimento no campeonato.
Anderson: capitão do time, sabe jogar bola, tem um super chute que, quando é bem dado, é quase indefensável.
Maiquel: é um craque que cresceu e fez crescer o time. Muito bom a atacar, quando defende bem é o jogador perfeito.
Dé: grande. Muito bom taticamente.
Sinézio: era o nosso atacante fixo. Segura a bola como ninguém. Foi embora para o Brasil, não jogando a semi-final. Fez falta.
Este era o time titular, mas anote-se o nome dos que fizeram parte do banco de suplentes, uns mais utilizados que outros, mas todos puxando pelo time: Ronaldo, Reinaldo, Geraldo, Lucas e eu, Gustavo.
Ainda, não convêm deixar de referir o Marcelão que ia lá nos apoiar, sendo presença assídua nos últimos jogos.
Agora, no dia 23 de Janeiro de 2004 todos estaremos lá a puxar por mais um bom resultado para a Casa do Brasil.
Perdeu por 4-1.
Foi uma boa campanha, apesar de ter começado muito mal.
O jogo de ontem foi conturbado. A arbitragem foi tendenciosa, beneficiando os de leste, como seria de esperar.
Da nossa campanha, que ainda não acabou, porque há a disputa do 3º e 4º lugar, salientem-se os seguintes jogadores:
Marconi: excelente goleiro, cheio de moral, responsável pela nossa subida de rendimento no campeonato.
Anderson: capitão do time, sabe jogar bola, tem um super chute que, quando é bem dado, é quase indefensável.
Maiquel: é um craque que cresceu e fez crescer o time. Muito bom a atacar, quando defende bem é o jogador perfeito.
Dé: grande. Muito bom taticamente.
Sinézio: era o nosso atacante fixo. Segura a bola como ninguém. Foi embora para o Brasil, não jogando a semi-final. Fez falta.
Este era o time titular, mas anote-se o nome dos que fizeram parte do banco de suplentes, uns mais utilizados que outros, mas todos puxando pelo time: Ronaldo, Reinaldo, Geraldo, Lucas e eu, Gustavo.
Ainda, não convêm deixar de referir o Marcelão que ia lá nos apoiar, sendo presença assídua nos últimos jogos.
Agora, no dia 23 de Janeiro de 2004 todos estaremos lá a puxar por mais um bom resultado para a Casa do Brasil.
sábado, 8 de janeiro de 2005
Até a nossa Seleção B é melhor
Tinha esta capa da Zero Hora no meu arquivo e não podia mantê-la escondida.
É relativa à vitória do Brasil sobre a Argentina, na final da última Copa América.
A Argentina vinha com todos os craques. O Brasil jogava com jogadores do segundo time.
Levamos um banho de bola.
E os argentinos enfeitaram, queriam fazer bonito. Em resumo, queriam "dar baile".
Mas acabou que conseguimos empatar no fim do jogo, com um golaço do Adriano. Foi um balde de água fria, na falta de humildade argentina. Falta de humildade esta, que é uma doença que o Brasil sofre também, em muitas ocasiões.
Com o empate do Brasil, os argentinos desmoralizaram de tal maneira, que todos estavam vendo que íamos ganhar a final nas grandes penalidades.
E assim foi.
2-2 no fim do período regulamentar.
4-2 nas grandes penalidades.
Ficha de jogo, retirada do site da Confederação Brasileira de Futebol:
BRASIL 2 x 2 ARGENTINA
Pênaltis: Brasil 4 x 2 Argentina
Brasil: Adriano, Edu, Diego e Juan; Argentina: D'Alessandro (perdeu), Heinze (Perdeu) Kily González, Sorín (ARG)
Data: 25 de julho de 2004.
Competição: Copa América 2004.
Local: Estádio Nacional, em Lima (Peru)
Árbitro: Carlos Amarilla (PAR).
Gols: Kily González aos 20', Luizão aos 45´, Delgado aos 87' e Adriano aos 93'. BRASIL: Júlio César (Flamengo-RJ); Maicon (Mônaco-FRA), Luizão (Benfica-POR) depois Cris (Cruzeiro-MG) aos 81', Juan (Bayer Leverkusen-ALE) e Gustavo Nery (São Paulo-SP), Renato (Santos-SP), Kléberson (Manchester United-ING) depois Diego (Santos-SP) aos 56', Alex (Cruzeiro-MG) depois Felipe (Flamengo-RJ) aos 63' e Edu (Arsenal-ING); Luís Fabiano (São Paulo FC-SP) e Adriano (Internazionale-ITA).
Técnico: Carlos Alberto Parreira
ARGENTINA: Roberto "Pato" Abbondanzieri; Frabricio Coloccini, Roberto Ayala e Gabriel Heinze; Javier Zanetti, Javier Mascherano, Juan Pablo Sorín, Luiz "Lucho" González (Andrés D´Alessandro aos 75') e Mauro Rosales (Fabián César Delgado aos 74'); Carlos Tevez (Facundo Quiroga aos 92') e Cristian "Killy" González.
Técnico: Marcelo Bielsa.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2005
Ao menos o mínimo
Fénix
Me lembro do dia em que o Herbert Vianna se machucou na queda do planador que estava pilotando.
Machucou é maneira de dizer.
Nós é que nos machucamos.
A mulher do Herbert faleceu e o Herbert esteve em risco de vida.
A situação do Herbert era de tal maneira grave, que se esteve muito tempo sem se saber se ele ia voltar a ter consciência, se ia recuperar a memória, se o seu cérebro iria se reorganizar.
Felizmente hoje ele está aí, são e salvo, tocando guitarra, cantando, compondo, vivendo.
E que bom que assim é.
Encarna bem o espírito de que "a esperança é última que morre" e que temos que lutar muito, sempre, até ao fim.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2005
Cavaco não quer misturas!
No PÚBLICO
Cavaco Recusa Ser Usado na Campanha de Santana
Quarta-feira, 05 de Janeiro de 2005
Ex-líder do PSD proibiu a utilização da sua imagem num cartaz com todos os primeiros-ministros do PSD.
O ex-primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva proibiu a utilização da sua fotografia em cartazes de campanha do PSD. Os cartazes, com fotos de todos os primeiros-ministros do partido, já estavam prontos e agora terão de ser alterados.
Os cartazes, com as fotografias de Sá Carneiro (ao centro), Pinto Balsemão, Cavaco Silva, Santana Lopes e Durão Barroso, a preto e branco sobre fundo laranja têm a frase "Ninguém fez mais por Portugal". Mas Cavaco não gostou de ser usado para a campanha de Santana Lopes e Silva enviou uma carta ao secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, recusando que a sua fotografia aparecesse ao lado dos outros primeiros-ministros do PSD.
Nessa carta, o ex-líder do PSD alega que está fora da vida partidária e que a utilização da sua fotografia iria interferir com a sua "carreira académica".
A rejeição de Cavaco surpreendeu o PSD, que tinha avançado com a conclusão dos cartazes, enquanto esperava pelas respostas dos ex-primeiros-ministros. "Apesar de não sermos obrigados a pedir autorização, porque se tratam de figuras que são património do partido, fizemo-lo. A família de Sá Carneiro, Durão Barroso, assim como Pinto Balsemão autorizaram, apenas Cavaco Silva recusou", disse à agência Lusa um dirigente do PSD, lamentando a atitude do ex-primeiro-ministro. "Nós não apagamos a história do partido", acrescentou.
Já o presidente do partido, Pedro Santana Lopes, classificou o episódio de "obstáculo" que, disse, o partido irá ultrapassar. "Não vou comentar. Nós, de algumas franquezas fazemos forças, por isso, apesar de tudo o que vai acontecendo, vamos continuar e chegar à meta, mesmo saltando muitos obstáculos", afirmou Santana, depois de participar, em Lisboa, na apresentação do Programa Operacional Ciência e Inovação 2010.
O cartaz foi também comentado por Pacheco Pereira, no seu blogue. "Se Sá Carneiro fosse vivo, a sua fotografia saltaria dali mais rápido ainda do que a de Cavaco. Haja respeito pelos mortos, que já não estão cá para falar e se defender, mas sempre fizeram e escreveram o bastante para se perceber a abissal diferença. Abissal.", escreveu Pacheco, que ontem voltou a criticar o seu partido.
Gabinete de Bitaites sobre a lei dos Estrangeiros
Hoje veio uma Advogada aos meus serviços, aconselhar-se.
Vejam bem, porque trabalho num Gabinete de Aconselhamento Jurídico do Estado.
Coitada da pessoa que confiou no trabalho de uma Advogada em concreto para resolver o problema e esta, ao invés de estudar e ir às instituições adequadas, veio pedir conselhos num Gabinete de Apoio Jurídico.
E é evidente que não obteve ajuda, porque onde eu atendo, atendo pessoas em concreto, não os que representam outras.
Se quem representa não conhece a lei, ou não se sente com capacidade de a conhecer, não deve assumir a representação. Deve aconselhar outro, que saiba.
Agora, procurar um Gabinete de Apoio Jurídico! Sem palavras.
Ainda por cima, veio ao Gabinete e pensou que não estava falando com um Advogado, queria falar com a coordenadora, "porque fala a mesma língua, de jurista"!
E entrou toda emproada, porque parece-me que os piores tecnicamente, tem que fazer uma postura diferente. O Advogado que sabe, não precisa ser arrogante. Nem viria se informar aqui, é certo.
Se calhar na linguagem de jurista mal informado, não se sabe que os Gabinetes de Apoio Jurídico tem que ser constituídos exclusivamente por juristas e ainda há quem defenda que só devem ser por Advogados e Solicitadores. No Mundo de fantasia que a Advogada em questão criou, não há procuradoria ilícita.
O mais certo foi ela achar que o lugar onde trabalho é um Gabinete de Bitaites sobre a Lei dos Estrangeiros, que são efectuados por qualquer um.
Coitado do representado, nas mãos desta senhora.
Vejam bem, porque trabalho num Gabinete de Aconselhamento Jurídico do Estado.
Coitada da pessoa que confiou no trabalho de uma Advogada em concreto para resolver o problema e esta, ao invés de estudar e ir às instituições adequadas, veio pedir conselhos num Gabinete de Apoio Jurídico.
E é evidente que não obteve ajuda, porque onde eu atendo, atendo pessoas em concreto, não os que representam outras.
Se quem representa não conhece a lei, ou não se sente com capacidade de a conhecer, não deve assumir a representação. Deve aconselhar outro, que saiba.
Agora, procurar um Gabinete de Apoio Jurídico! Sem palavras.
Ainda por cima, veio ao Gabinete e pensou que não estava falando com um Advogado, queria falar com a coordenadora, "porque fala a mesma língua, de jurista"!
E entrou toda emproada, porque parece-me que os piores tecnicamente, tem que fazer uma postura diferente. O Advogado que sabe, não precisa ser arrogante. Nem viria se informar aqui, é certo.
Se calhar na linguagem de jurista mal informado, não se sabe que os Gabinetes de Apoio Jurídico tem que ser constituídos exclusivamente por juristas e ainda há quem defenda que só devem ser por Advogados e Solicitadores. No Mundo de fantasia que a Advogada em questão criou, não há procuradoria ilícita.
O mais certo foi ela achar que o lugar onde trabalho é um Gabinete de Bitaites sobre a Lei dos Estrangeiros, que são efectuados por qualquer um.
Coitado do representado, nas mãos desta senhora.
terça-feira, 4 de janeiro de 2005
Barbárie
Iraque: Governador de Bagdad assassinado
O Governador de Bagdad, Ali Radi al-Haidari, e um dos seus guarda-costas foram assassinados esta manhã por homens armados na capital iraquiana, avança a AFP citando fontes do Ministério do Interior.
"Um grupo de homens armados abriu fogo sobre a caravana de carros em que seguia o governador rumo aos bairros de al-Hurreya e al-Adl, na zona oeste de Bagdad", precisou uma fonte do Ministério do Interior ouvida pela agência francesa. "O governador e o seu guarda-costas morreram depois de terem ficado gravemente feridos. Ali al-Haidari sucumbiu aos ferimentos quando chegou ao hospital", acrescentou ainda.
Fonte: PÚBLICO
O Mundo parece um filme! Só que os actores morrem de verdade.
O Governador de Bagdad, Ali Radi al-Haidari, e um dos seus guarda-costas foram assassinados esta manhã por homens armados na capital iraquiana, avança a AFP citando fontes do Ministério do Interior.
"Um grupo de homens armados abriu fogo sobre a caravana de carros em que seguia o governador rumo aos bairros de al-Hurreya e al-Adl, na zona oeste de Bagdad", precisou uma fonte do Ministério do Interior ouvida pela agência francesa. "O governador e o seu guarda-costas morreram depois de terem ficado gravemente feridos. Ali al-Haidari sucumbiu aos ferimentos quando chegou ao hospital", acrescentou ainda.
Fonte: PÚBLICO
O Mundo parece um filme! Só que os actores morrem de verdade.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2005
Bocalizar o que se pensa
Um utente hoje proferiu a seguinte frase:
"Me disseram bocalmente..."
É bom começar o ano com motivos para sorrir.
"Me disseram bocalmente..."
É bom começar o ano com motivos para sorrir.
A boa nova
Falei de Maria de Lourdes Pintassilgo e me lembrei que só há poucos dias atrás é que ela passou a descansar em paz, com a notícia celestial, que lhe levaram os anjos Gabriel e Ezequiel.
A notícia era: Irá haver eleições em Portugal!
A boa nova foi dada cantando, acompanhada pela guitarra de Carlos Paredes.
Não nos esqueçamos que antes de Maria de Lourdes ir, ela referiu que desde o 25 de Abril que Portugal não corria tanto perigo de ser entregue na mão dos fascistas.
E o medo dela eram os Santanas e os Portas, que com os seus amigos iam tomar as rédeas do Governo.
Agora, Maria de Lourdes, descansa em paz, ainda que temporariamente.
A notícia era: Irá haver eleições em Portugal!
A boa nova foi dada cantando, acompanhada pela guitarra de Carlos Paredes.
Não nos esqueçamos que antes de Maria de Lourdes ir, ela referiu que desde o 25 de Abril que Portugal não corria tanto perigo de ser entregue na mão dos fascistas.
E o medo dela eram os Santanas e os Portas, que com os seus amigos iam tomar as rédeas do Governo.
Agora, Maria de Lourdes, descansa em paz, ainda que temporariamente.
Um outro Mundo é possível
Quando eu ponho esta frase, sem a interrogação no fim, ela passa a ser falsa para o meu cérebro. Parece que falta qualquer coisa.
Como acabei o último post desejando que eu passe a acreditar que um outro Mundo é possível, quero fazer aqui um desabafo. Para tentar me fazer entender, uma vez que sempre que digo um outro Mundo não é possível, me contrapõem com um "não digas isto".
Eu não digo isto por gostar de pensar que um outro Mundo não é possível. Essa ideia, pelo contrário, entristece-me, perturba-me, corrói-me.
Como me entristeceu ver Buena Vista Social Club, no fim de semana passado, que me pareceu um exacerbar da pobreza. Digo pareceu, porque parei de ver a meio e não sei se melhorou no fim. Entristece-me que alguém pense, enquanto vê o filme: "vejam como eles são pobrezinhos, mas cantam como ninguém". Entristeceu-me muito ver aquelas pessoas na lama, mas felizes. E com os santinhos. Resignadas. Acabadas.
Uma série de pensamentos contraditórios que me fazem chegar a uma conclusão: um outro Mundo não é possível.
Mas quando eu digo esta frase, que para mim é terrível, tal como para as outras pessoas, eu quero dizer é que só com um grande exercício de abstracção, com uma grande teoria e com uma enorme fé num total virar de página de todo o comportamento de todas as civilizações da Terra, é que um outro mundo é possível. Uma utopia.
Quero dizer é que um outro Mundo não é passível de execução. Execução de um novo Mundo só é possível com outro sentido, como um fuzilamento de um Mundo de igualdade que fizesse uma tentativa de surgir.
Penso que a exploração do homem pelo homem sempre vai existir. Sempre alguém vai querer tirar vantagem do outro. Sempre vai querer guardar mais para si.
E, para ser diferente, só havendo um controle estatal. E este estado, mobilizado por pessoas de carne e osso, vai cometer, como todos até hoje cometeram, injustiças e desvios.
Enfim, devo pensar que um outro Mundo não é possível por não acreditar muito na natureza humana.
Mas acredito em certas coisas claro.
Acredito que poderia haver mais distribuição de riqueza. Acredito que poderia haver um pouquinho mais de vontade de não deixar a África esquecida no Mundo e entregue a tantas privações.
Mas também acredito que a forma dos países ricos tratarem deste assunto, passará sempre pelas doações e esmolinhas e nunca pela promoção do desenvolvimento destes países.
E agora, depois deste testemunho de falta de fé, vou proferir, ainda que sem convicção, esperançado de que na escrita repetida eu encontre o verdadeiro sentido, vou falar em alto e bom som que: um outro Mundo é possível!
Como acabei o último post desejando que eu passe a acreditar que um outro Mundo é possível, quero fazer aqui um desabafo. Para tentar me fazer entender, uma vez que sempre que digo um outro Mundo não é possível, me contrapõem com um "não digas isto".
Eu não digo isto por gostar de pensar que um outro Mundo não é possível. Essa ideia, pelo contrário, entristece-me, perturba-me, corrói-me.
Como me entristeceu ver Buena Vista Social Club, no fim de semana passado, que me pareceu um exacerbar da pobreza. Digo pareceu, porque parei de ver a meio e não sei se melhorou no fim. Entristece-me que alguém pense, enquanto vê o filme: "vejam como eles são pobrezinhos, mas cantam como ninguém". Entristeceu-me muito ver aquelas pessoas na lama, mas felizes. E com os santinhos. Resignadas. Acabadas.
Uma série de pensamentos contraditórios que me fazem chegar a uma conclusão: um outro Mundo não é possível.
Mas quando eu digo esta frase, que para mim é terrível, tal como para as outras pessoas, eu quero dizer é que só com um grande exercício de abstracção, com uma grande teoria e com uma enorme fé num total virar de página de todo o comportamento de todas as civilizações da Terra, é que um outro mundo é possível. Uma utopia.
Quero dizer é que um outro Mundo não é passível de execução. Execução de um novo Mundo só é possível com outro sentido, como um fuzilamento de um Mundo de igualdade que fizesse uma tentativa de surgir.
Penso que a exploração do homem pelo homem sempre vai existir. Sempre alguém vai querer tirar vantagem do outro. Sempre vai querer guardar mais para si.
E, para ser diferente, só havendo um controle estatal. E este estado, mobilizado por pessoas de carne e osso, vai cometer, como todos até hoje cometeram, injustiças e desvios.
Enfim, devo pensar que um outro Mundo não é possível por não acreditar muito na natureza humana.
Mas acredito em certas coisas claro.
Acredito que poderia haver mais distribuição de riqueza. Acredito que poderia haver um pouquinho mais de vontade de não deixar a África esquecida no Mundo e entregue a tantas privações.
Mas também acredito que a forma dos países ricos tratarem deste assunto, passará sempre pelas doações e esmolinhas e nunca pela promoção do desenvolvimento destes países.
E agora, depois deste testemunho de falta de fé, vou proferir, ainda que sem convicção, esperançado de que na escrita repetida eu encontre o verdadeiro sentido, vou falar em alto e bom som que: um outro Mundo é possível!
2005
2005 chegou.
Vem assim como uma lufada de ar fresco, querendo nós que ele signifique melhorias em relação a 2004.
2004 foi um ano complicado, conturbado e cheio de desgraças.
Teve a guerra americana no Iraque.
Morreram pessoas de relevo em Portugal (valem tanto como as outras pessoas, mas levam um pouco de nós quando vão, convenhamos).
Um destes falecimentos foi o de Maria de Lourdes Pintassilgo, que foi Primeiro-Ministro em Portugal, a única mulher que ascendeu a tal cargo, neste país. A morte dela foi na mesma noite que foi sabido que seria empossado Pedro Santana Lopes como Primeiro-Ministro. Sim, este, que alimentou tantas páginas de humor, tantos artigos do meu blog, tantos exemplos de incompetência.
2004 acabou, como se sabe, com o Tsunami asiático-africano, criado no meio do Oceano Índico, que varreu tudo em volta. Parecia que 2004 ainda queria despedaçar mais um pouco, numa fúria desesperada para arrasar o mais que pudesse, no menor tempo possível. Foi o que se viu e o que se vê. 140.000 mortos. Não sei se o Mundo já havia conhecido tantas mortes de uma só vez.
Vamos ver se 2005 assume a responsabilidade de nos trazer coisas boas e se não lhe vai pesar tamanha incumbência.
Que 2005 seja o ano da humanidade, da alegria, da repartição.
E o meu desejo para mim, em especial, para além de tudo o que pretendo que se concretize, é que eu passe a acreditar novamente que um outro Mundo é possível.
Vem assim como uma lufada de ar fresco, querendo nós que ele signifique melhorias em relação a 2004.
2004 foi um ano complicado, conturbado e cheio de desgraças.
Teve a guerra americana no Iraque.
Morreram pessoas de relevo em Portugal (valem tanto como as outras pessoas, mas levam um pouco de nós quando vão, convenhamos).
Um destes falecimentos foi o de Maria de Lourdes Pintassilgo, que foi Primeiro-Ministro em Portugal, a única mulher que ascendeu a tal cargo, neste país. A morte dela foi na mesma noite que foi sabido que seria empossado Pedro Santana Lopes como Primeiro-Ministro. Sim, este, que alimentou tantas páginas de humor, tantos artigos do meu blog, tantos exemplos de incompetência.
2004 acabou, como se sabe, com o Tsunami asiático-africano, criado no meio do Oceano Índico, que varreu tudo em volta. Parecia que 2004 ainda queria despedaçar mais um pouco, numa fúria desesperada para arrasar o mais que pudesse, no menor tempo possível. Foi o que se viu e o que se vê. 140.000 mortos. Não sei se o Mundo já havia conhecido tantas mortes de uma só vez.
Vamos ver se 2005 assume a responsabilidade de nos trazer coisas boas e se não lhe vai pesar tamanha incumbência.
Que 2005 seja o ano da humanidade, da alegria, da repartição.
E o meu desejo para mim, em especial, para além de tudo o que pretendo que se concretize, é que eu passe a acreditar novamente que um outro Mundo é possível.
Subscrever:
Mensagens (Atom)