quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Cidadãos romenos e búlgaros: a Alemanha e a França estão enrolando alguém.


A Alemanha e França vedaram a entrada da Bulgária e da Roménia no Espaço Schengen. Concretização: impedimento a livre circulação de pessoas.
A abertura dos mercados da Bulgária e da Roménia não foi considerada prematura. A circulação das pessoas é considerada. Esta é a União Europeia que se vai construindo. Uma União que às vezes gosta de lembrar: "atenção que somos uma união de dinheiro e de mercados, não de povos! E os cidadãos pobres que fiquem onde estão!".

Triste, triste, triste, essa união onde os mais fortes fazem o que querem e os mais fracos ficam a ver. Alguns do outro lado da vedação.

suspenso nas festas

Arrumar coisas. Tudo suspenso, no meio do vinho e da madrugada. Ressaca e alegria, ainda que compliquem, facilitam a época, adversa a compromissos - para todos. Quem está atrás do balcão deseja, tanto como o requerente, a paz do Natal e das suas festas. Os dias que andam devagar. As gavetas que se enchem. Os assuntos que se escondem até 2011.
Presentes. E o Natal junto.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sobre pinturas

Umas bestas com um spray na mão. Sim, quem escreveu na fachada da Igreja São Vicente de Fora e na frente da Sé, que a Igreja e o SEF são iguais para os imigrantes, é porque não tem noção nenhuma da realidade. Aliás, aconselho um passeio por este site. A igreja é mais progressista do que muitos em matéria de migrações. Pessoalmente, tenho um respeito muito grande pela Obra Católica Portuguesa das Migrações. Aliados de peso para os imigrantes em Portugal, sempre que foram solicitados. Assinaram vários documentos, como este aqui... E não é só discurso. É real.
Outras (as mesmas? espero que sim! pelo menos seriam menos assim...) bestas com spray na mão escreveram também pela Graça: CGTP e PSP - a mesma missão: controlar e punir, ou algo desse tipo.
É uma espécie de sectarismo irresponsável, inconsequente, insultuoso e completamente abstraído da realidade... Nada mais. Nem ia escrever aqui... Mas me fere a vista todos os dias isso...

Cultura e cidadania

Em primeira mão, como sempre... Talvez tenha uma ou outra alteração, mas o caminho é mais ou menos este. Num Sabiá cantando perto de si...
Sempre que um fim de ano chega, na Casa do Brasil se ouvem com frequência as palavras balanços, análises, planos, projetos. Reflete-se sobre o ano que passou e planeja-se o futuro. Assim é, porque numa associação, numa coletividade, num centro de reunião e de comunhão de esforços, de interesses, de convívio, as pessoas que dela fazem parte devem discutir o que se fez e devem perspectivar o futuro.
Essa apreciação e essa planificação são consideradas essenciais na CBL. E acredito que uma das razões para a nossa associação manter uma presença viva e uma linha de coerência após tantos anos de existência, é a capacidade que tem de agregar pessoas, discutir idéias e respeitar e interagir com os seus associados. Cada pessoa tem sempre algo para acrescentar e tem as portas abertas. Pretendemos que a nossa associação seja mesmo nossa, que seja um trabalho conjunto de associados, sabendo que isso só resulta bem, se houver abertura de quem dirige e interesse dos associados em participar.
Gosto de tentar sintetizar o trabalho que nos empenhamos em fazer na CBL, com duas palavras-chave: cultura e cidadania. O que fazemos diariamente na nossa associação está muito ligado à interpretação do que queremos para uma cidadania plena, o trabalho que fazemos para garantir a cidadania das pessoas, do que julgamos importante para uma sociedade de encontro e troca de culturas, de interculturalidade, e uma cultura de cidadania e de participação.
Aliás, participação, estabelecimento de entendimentos, plataformas e redes, é algo que também tentamos cultivar. É de assinalar a excelente participação da CBL na III Conferência “Brasileiros no Mundo”. Carlos Vianna foi o artífice de um consenso alargado de associações brasileiras no mundo, em redor de um documento com importantes reivindicações centradas em dar mais voz aos brasileiros no exterior.
Associadas/os e amigas/os, um desejo de um Feliz Natal e um excelente 2011.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Xutos

Assim como no Brasil tem o Barão Vermelho, Portugal tem os Xutos e Pontapés. É a melhor forma de explicar para um brasileiro sobre qual é a banda de Rock 'n' Roll daqui.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Sobre tempo

O melhor que se pode querer é estar à frente do tempo. Para não se sentir falta dele.

dnA won I am

Já está ali nas músicas o myspace dos I am sonic rain. Muito boas as canções. A começar pelos seus nomes malucos. Excelente.

Le cool


Não costumo colocar as entrevistas aqui, mas essa - para a Lecool - foi tão boa de responder que não resisto a partilhar.

Gustavo Behr é Presidente da Casa do Brasil de Lisboa
Há quanto tempo em Lisboa? E como veio por cá parar?
Estou em Lisboa desde 1988. Vim ainda criança, acompanhando a minha mãe que vinha fazer o doutoramento dela aqui. O que era para ser temporário transformou-se num novo lar.
Como se envolveu com a Casa do Brasil?
Já conhecia a Casa do Brasil, de algum tempo. Mas quando acabei o meu curso procurei a Casa do Brasil para ver no que podia ajudar. Inicialmente ajudei dando apoio jurídico a brasileiras e brasileiros. Depois tive a felicidade de integrar a direcção.
Para já, explique-nos quais são as principais funções da Casa no contexto Lisboeta e como ela surgiu.
A CBL surgiu em 1992 mais vocacionada para a área cultural, debates e intervenção cívica. Com o passar do tempo ela se consolidou da forma que é hoje. Tem 3 vertentes: cultural; de apoio aos cidadãos e de intervenção política. A intervenção fundamenta-se sempre nas questões que vamos ouvindo dos nossos associados que nos procuram; suas preocupações e seus anseios. Fazemos chegar as suas preocupações às autoridades portuguesas e brasileiras.
Como contextualiza os brasileiros em Lisboa?
Os brasileiros são a maior comunidade de imigrantes em Portugal. Tal como os migrantes de outros países, são pessoas que vieram para Portugal para exercer uma actividade profissional e em busca de melhores condições de vida ou realização pessoal. Actualmente, os brasileiros trabalham sobretudo na restauração, serviços e, quando há, na construção civil. Os brasileiros integraram-se muito bem em Lisboa.
Qual a importância desta comunidade para a cidade?
Lisboa, desde sempre, é conhecida por ser uma cidade cosmopolita, de encontro de culturas. Os brasileiros trouxeram a sua forma de ver as coisas, trouxeram o seu trabalho, a sua cultura. Todas as cidades ganham com a diversidade cultural e com a vontade que os migrantes trazem na bagagem. Os portugueses sabem isso, aliás. É um povo habituado a migrar e a levar a sua força para outros pontos do planeta.
Pensas que os brasileiros são bem recebidos na cidade? Acha que há algo a mudar?
Penso que são bem recebidos de uma maneira geral, Lisboa é tradicionalmente uma cidade que recebe bem os imigrantes que se encontram aqui. Como já disse, Lisboa é uma cidade que desde o seu nascimento tem uma nota forte de diversidade cultural, de convivência dos povos. É evidente que sempre surgem alguns problemas e que ainda há coisas a mudar, a melhorar, mas acredito que isso vai sendo feito.
Sobre a Casa do Brasil, que ganhou um novo espaço, como a partir de agora ela pretende contribuir para a difusão da cultura brasileira em Lisboa?
Com este novo espaço a Casa do Brasil ganhou um novo fôlego para as suas programações culturais, que tem o objectivo de mostrar o Brasil em Portugal, Portugal aos brasileiros e ter uma aposta muito forte na interculturalidade. E temos procurado fazer várias actividades culturais em parceria com outras associações e entidades.
A casa nova chegou com uma programação intensa. Mais projectos para adiantar?
A Casa do Brasil está a definir diversos projectos para 2011.
A nível cultural assentarão na divulgação do Brasil em Portugal, através de exposições, cinema, debates, lançamentos de livro. E muitos projectos já estão inclusive em curso. No campo do apoio aos brasileiros em Lisboa também estamos a trabalhar para melhorar os serviços. Destaco o gabinete de psicologia, que pretendemos implementar rapidamente.
Mantemos as nossas actividades actualizadas no nosso site [ www.casadobrasil.pt ] e no Facebook.

RA2010

Antes foi lembrar do Brasil-Portugal.

Ganda festa

Ganda festa foi a Festa do Trabalhador, em 1 de Maio.
Coisa boa de fazer balanços - tipo relatório de actividades - é lembrar momentos bons e revivê-los. Mesmo que seja só para dizer "ganda festa!", "a melhor de sempre!", ou coisas do género.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Imperdível

Familiares afastados dos UP

É esquisito encontrar familiares dos Understood Project. Quando compusemos/compomos as músicas, nunca pensamos se vamos ser parecidos com isso ou aquilo. Isso, que seria altamente limitador, sequer foi alguma vez objecto de discussão, ainda que abstracta. Apesar de já termos tentado enunciar o que tocamos. Bom, o certo é que estava na Last.FM e caiu-me nos ouvidos lost (aí em cima) e vislumbra-se lá pelo meio as minhas guitarras, as do jota e até alguma batida do zumbie, dentro das devidas proporções. Isso também pode ser uma idealização, mas talvez a questão seja a do espírito da música. Só por não conhecer anteriormente é que não se pode chamar influência aos Somniaferum, apesar do restante repertório ter algumas coisas bem diferentes de up.
Uma nota final. Quando ia ouvindo lost ia pensando e desejando que ele não cantasse para confirmarmos parentesco mesmo.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Esses amigos não estavam nas contas

Que pena, estava confiante com mais uma felicidade que o colorado me ia oferecer. Mas, com muita propriedade, o Inter pode dizer: não se pode ganhar sempre!

os transistores e os plugs

Toquei num amp diferente - de transistores - conforme disse o kazooman*. O primeiro amp da noite, de válvulas (?), tinha uma coisa estragada (fazia semanas que tinha um problema, mas esse amigo quis me ajudar). O cara disse, muito entusiasmado: vou lhe trazer um amp com transistores. Vai notar a diferença e vai ficar agradado. E eu fiquei, claro, como ficaria com o outro. Depois ele me explicou uma montanha de coisas técnicas sobre o amp. Como fazer e não fazer. Fiquei satisfeito com o som, mas não entendi nada de nada do que ele estava dizendo. Nem queria entender. Só queria saber onde o plug se enfiava, onde era o volume e que ele fosse embora da sala para eu mexer e experimentar. Aliás, no momento que ele plugou a minha guitarra, eu tinha desplugado a minha atenção nele.
* gajo do estúdio kazoo

Talvez o contraste

A teoria da corda partida é mentirosa. Ontem o mizinho se quebrou e o ensaio não foi muito bom. Mas, com a rodagem, estou trocando cordas e as afinando em menos de 5 minutos. Foi engraçado e deu para rir. Antes de ontem um ensaio que acabou em promessas de gravar. Ontem um ensaio muito menos bom. Pode ser o contraste, é verdade.
Começamos a trabalhar requiem num fim de tarde. Open your mind foi muito mau. Trabalhamos também o fim de flyin, que está simpático. Além das outras, que tocamos todinhas. Ah, eclipse melhorou muito.
Talvez seja o contraste.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Eclipse

Apesar de não ter rolado o morfing com bujas* para todos, o TV e o Zumbi estiveram ouvindo as canções antes do ensaio. Foi boa ideia. Já se entra mais organizado. Vai ganhando corpo a ideia de gravar as músicas, já que o traidor irá viajar por meses. E escreveu-se a palavra concerto também num mail. O jotasound parece que ganhou nome: eclipse. Dizer ainda que quando uma corda se parte, parece ser sempre bom sinal*. O ensaio de ontem foi muito divertido e com músicas bem tocadas.
* comer (morfar) e beber cervejas (bejecas?);
* e não um desastre quando por uma qualquer intuição se leva cordas, depois de muitos ensaios sem levar sobressalentes.

Wikipensamentos

"Afinal todas as teorias da conspiração sobre um monte de coisas é possível."
Pensamentos plausíveis de quem vai lendo as notícias sobre os conteúdos das escandaleiras que o Wikileaks nos permite conhecer.

000's

Compras no Arrastão

Fui "às compras" no arrastão.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Lula - Assange e Palestina

Lula protesta contra a prisão de Assange e o governo brasileiro reconhece o Estado da Palestina com as fronteiras de 1967. Apesar do mandato estar no fim, Lula* continua afirmando o Brasil na política internacional, com uma visão progressista. Sem medos, com muita convicção e com a auto-estima de quem criou a sua própria força. Dilma, olhe para Lula.
* E um bom ministro no MRE: Celso Amorim. Antônio Patriota olhe para ele.

mva e a ar

Quando li pensei: também tu MVA. Claro que é um também tu atendendo funções, circunstâncias, experiências e motivações. E um também tu distante, não por qualquer embirração ou crítica. Acho que o MVA cumpriu o seu papel: ajudou na luta pelo casamento entre pessoas do mesmo sexo e no procedimento de mudança de sexo no registo civil. A partir daqui, na minha perspectiva, só o apreciaria se começasse a ser uma voz constantemente crítica com a sua própria bancada (como foi aqui).

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

um sentido

Outro bom momento, ainda do dia 9: encontrei os meus fones perdidos! Recuperei um dos sentidos!

what makes us so uncommon

Agora ouço the echelon effect - a música what make us so uncommon - que depois deste post vai juntar-se às músicas da aldeia.

moscatel, espaço e vida

Um moscatel doce ajuda a fazer um balanço do dia de hoje. Toca citizens of the empire no computador. O dia que ficou para trás foi um dia de trabalho - técnico, político e associativo - e um dia de afectos. Agora que o jogo das despedidas está mais ou menos oficializado, vou entendendo, cada vez melhor, que a pertença pode ser tão ampla como duas margens. E percebo que, felizmente, existem óptimas razões para ir e óptimas razões para voltar. Óptimas razões para assumir que é bom deixar sementes florescendo em várias margens. Acho que é mesmo essa a condição correcta. Com muita sorte cria-se uma ponte e o espaço passa a ser muito mais relativo.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Catão e Aníbal

Com o olhar grave e perdido em algum ponto da parede, Catão disse a Aníbal: Carthago delenda est. Não percebo nada, lhe respondeu Aníbal, Não podes falar em uma língua viva? Posso, disse Catão, ceterum censeo carthaginem esse delendam. Aníbal olhou para Catão com chamas nos olhos. Mas não ia pedir para repetir em outra língua que não o latim.
Catão, fazendo uma careta para manifestar o seu incómodo sobre as vestes de uns jovens que passavam, respondeu ao olhar: Aníbal, não me chateies com isso agora. E atenção que a fila para comprarmos os bilhetes está andando. Mexe-te.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Aníbal: parte III

Sim, Aníbal, só 600 anos depois de tu andares lá perto um comandante de uma força não romana conseguiu invadir Roma. Alarico, um visigodo. Ah, pois. Nem sabes o que é um visigodo. Isso aconteceu em 410. O que desperdiçaste foi um verdadeiro choque quando no futuro aconteceu. Bom, e Roma tinha sido, entretanto, muito mais do que podias imaginar no teu tempo.
Ui, queres saber sobre Cartago? Pergunta a um romano o que aconteceu. Ou melhor, pergunta a Catão, o velho.

Eleições coloradas

A nação colorada está votando.

Aníbal: parte II

Aníbal olhou profundamente para os olhos do entrevistador. Pode repetir a pergunta?

pausa da millenium

Prometo deixar o pessoal em paz agora com a saga millenium por uns tempos.

mais millenium

Hoje também vi o segundo filme da Trilogia Millenium. Não gosto de dizer essas coisas... mas não resisto, desta vez.
Os filmes, que são baseados no romance de Stieg Larsson, são uma simplificação grande dos livros, que são cheios de histórias. As personagens e os factos são muito trabalhados nas páginas. Há muitas histórias cruzadas, detalhes das personagens, que têm características muito marcadas. O leitor até vai adivinhando algumas dificuldades ou não em função do conhecimento que adquire das figuras. O livro é muito mais do que um filme de acção. Se bem que algumas partes se convertem num grande filme de acção sim...
Eu sou um pouco suspeito de falar isso tudo porque vivi muito os livros... E nem sempre consigo isso, que considero uma sorte. Bom, mas não quero destruir o filme ou dizer mal. Acho que sim, que devia se tentar fazer. Passei bons momentos vendo o desenrolar da acção. Penso é que ia precisar mais horas de filme para cada um dos livros. O melhor mesmo é ler e avaliar, quem queira cair no vício...

Inside Job


Inside Job é um documentário imperdível. É um banho de realidade. Devia passar nas escolas. Mostra como as coisas são piores do que pensamos e que estão para durar, se não fizermos nada.

Aníbal: parte I

A pergunta para Aníbal seria: Aníbal, sei que passou muito tempo, mais de 2000 anos, mas até hoje ninguém entende porque não marchaste sobre Roma com as tuas tropas. Podes explicar?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

61

61 posts em Novembro é um record da Aldeia Blogal. Nunca tinham nascido 61 posts num só mês. Pensaram que eu deixava escapar isso?
Parabéns aos poucos leitores, que mesmo assim, com tantos posts chatíssimos, arrumam paciência para vir aqui.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Livros: últimos

Asilo, Imigração, Nacionalidade e Minorias Étnicas - Feliciano Barreiras Duarte;
Regime Jurídico Comparado do Direito de Cidadania - Feliciano Barreiras Duarte;
Código Civil Anotado - Abílio Neto.