Um post do tamanho do anterior, nas minhas mãos, estaria, com grande probabilidade, votado à condição de não leitura.
Porque o fiz assim?
Ontem fui ao Sarau Elétrico, no Ocidente, sobre Gabriel Garcia Marquez. O Ocidente parecia outro lugar. No Sábado passado, eu, a Iá e o Fer tínhamos ido lá tentar dançar e passamos o tempo todo nadando num mar de gente, que se movimentava como ondas em dia de tempestade. Parecia os santos populares em Alfama, só que num lugar fechado. Foi uma experiência, deu até para rir enquanto a corrente nos levava. De facto, nunca tinha rido tanto numa situação dessas. Bom, mas ontem então, eu, a Iá e o Fer regressamos ao mesmo lugar. Juntou-se a Mari e eu me reencontrei com meu parceiro de sarau Carlinhos.
Chegamos às 40000 entradas. Na foto, 40515. E se eu dissesse diferente? Vou dizer: na foto 41414.
Uma coisa ninguém tira aos understood project. Foram a primeira banda a tocar no salão da nova sede, ainda que em modelo ensaio. Para além disso, de uma maneira geral, o ensaio não foi uma boa experiência. Definitivamente, é preciso vedar o som do salão. Tínhamos a percepção de estarmos tocando para o Bairro Alto inteiro e não era essa a intenção. E era tarde. E ainda estamos chegando.
Trouxe comigo dois livros. Os detectives selvagens, de Roberto Bolaño e O cavaleiro inexistente, de Italo Calvino. A estes juntou-se Os homens que não amavam as mulheres, de Stieg Larsson, que comprei no Aeroporto de Salvador e desbancou os anteriores. É envolvente e uma espécie de leitura compulsiva, bem como me disseram que era.