quinta-feira, 29 de abril de 2010

Simples

É mais ou menos simples.
Pega-se numa tela (pode não ser só uma), mais tintas e pincéis. Nada de muitas confusões, nada que possa atrapalhar ou estorvar ou atrasar. A não ser que o atrapalhar/estorvar/atrasar não seja desproporcional ao que se pretende. Muitas vezes não se pretende muito - chegar ao fim satisfeito é o bastante.
Depois, deita-se tudo lá para cima, com os pincéis ou com o que se achar melhor, até ficar bom de olhar. Se, para quem fez, não ficar bom de olhar é mau sinal. Péssimo. Até pode Jesus (ou outro gajo qualquer que seja de bem e que perceba algo sobre artes ou pessoas) descer à terra e dizer que está bom, que não vale a pena. Tem que ser bom para quem se dispôs a fazer e fez.
Se é muito abstrato, talvez um dia apareça para lá uma imagem no meio, ou não. Ou talvez entenda-se melhor a coisa. Ou talvez não se entenda nada. Também não é preciso entender.

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