domingo, 11 de abril de 2010

Bola, tão bom bola

Um dos encantos de jogar futebol (e outros jogos também, mas este post é meu) entre amigos (pelo menos este meu grupo) é que, sendo a coisa absolutamente mais importante da face da terra durante aquela uma hora, com todas as alegrias, festejos, zangas, conselhos, chamamentos, exigências, negligências, discussões, euforias, elogios, críticas, motivações e desmotivações, tudo isso encerra quando acaba o jogo.
E as pessoas que se deram pontapés e se chatearam começam todas a conversar sobre a noite de ontem, sobre o trabalho de amanhã, sobre a vida em geral.
Apesar de toda esta transformação que até pode, para os desavisados que não jogam, ser visto como um ato irracional - que é - todos desejam que o próximo jogo chegue de uma vez para começar de novo todas as alegrias, festejos, zangas, conselhos, chamamentos, exigências, negligências, discussões, euforias, elogios, críticas, motivações e desmotivações, até acabar o próximo jogo.
Hoje só fiquei um pouquinho preocupado com aquela sarrafada feia logo após a minha sugestão para os novos da equipa, que ficavam a ver jogar os atacantes adversários: "entrem sempre com tudo na bola: se baterem no cara pedem desculpa e é falta e a vida segue". Depois, o amigo em causa (que fez muito bem de dar a sarrafada, sublinhe-se. Era preciso começar de algum jeito!) moderou a ordem, equilibrou o ímpeto, os atacantes dos outros viram que ele não era bobo, e tudo foi se compondo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Excelência de escrita! O futebol possibilita exercícios de linguagem, tanto quanto exercícios de agilidade, no passe e no convívio. Parabéns! Enquanto isso, a sensibilidade agradece.