Ontem tocamos. Foi bom. Não se gravou. Na verdade, a criatividade daquela outra tarde de gravações foi quase um enigma para nós. Depois da sessão, depois do JP ir embora, ainda me dediquei a tentar apanhar todos os solos que felizmente (na verdade, que enorme felicidade! já perdi tantos por me esquecer) registamos. Foi bom. Toca-se 4 vezes uma música de 7 minutos, mas a sensação é de que passaram 4 minutos, ao invés de 28.
Para mim é sempre pior tocar durante a semana, depois de um dia de stress. Já sabia isso do tempo do último período que tive aulas. Era infinitamente melhor tocar a um Sábado de manhã (ainda que tivesse dormido 3 horas) do que em qualquer dia da semana ao fim da tarde. O trabalho contamina o corpo e os anticorpos usam uma dose grande da inspiração, concentração e criatividade que devia ser reservada para a música.
Trabalhamos em mais uma música, no seu esqueleto. Watchtower, nada de nada (que há um consenso da necessidade de trocar o nome) e translucidências não ficaram muito bem tocadas.
Mas mesmo isso de não as tocar muito bem foi bom.
2 comentários:
Translucidências é uma bela palavra. A Guimarães Rosa escapou. É bem de poesia/música/artes plásticas, diga-se ARTE PURA! Parabéns!
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