Não gosto, nem tenho alguma preferência por determinada operadora de telemóveis.
Sou inscrito e explorado por uma, como toda a gente. Poucos são os que não tem o seu telemóvel e nada vale ter um, se este não tem uma "rede" que o permita comunicar.
Não tenho especial simpatia, portanto, pela minha operadora. Mas acho que preciso dela. Pelo menos, já fui convencido disso pelos mass media.
Mas, devo confessar, que, apesar dela me tirar dinheiro e fingir que me "oferece" coisas que valem o que eu pago, a minha operadora ainda não começou a me chamar de "Generation Dãh".
E sinto-me muito contente com isto. Aliás, era só o que faltava!
Ora, "Generation Dãh"!
Que raio de ideia vem a ser esta!?
Nunca engoli, nem vou, nem tenho, de achar piada a um anúncio como o "Generation Dãh". Chocou-me desde o princípio. Se fizesse parte desta operadora tinha uma bela oportunidade para a deixar.
A mesma operadora tinha aquele anúncio do "Segue o que sentes...".
O que isso significa nunca se explicou. Acho que o significado era agarrarmos no telemóvel sempre que nos desse vontade e desatássemos a ligar, sem darmos atenção às tarifas exorbitantes que são praticadas. E também se aproveitava a ocasião para irmos à internet pelo telemóvel, para descobrirmos serviços e produtos, como se todos vivêssemos num deserto de informações e dependêssemos do telemóvel para obter todo o tipo de conhecimento. E também tiraríamos fotografias e enviaríamos para os nossos amigos, ignorando o preço da transmissão de dados.
Afinal, até acho que os dois anúncios estão relacionados.
Primeiro, uma pessoa "segue o que sente" , sem se preocupar com os preços. Depois, a operadora, surpreendida, porque a ideia até pegou, manda a factura, com o recado: "és mesmo um grande generation dãh". E divulga para todos, numa campanha nacional: "Vejam como há gente Dãh!".
São os tempos modernos.
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