(...) De manhã, ao acordar, ele começou a olhar para todos aqueles quadros espalhados pela casa. E, sem entender muito bem a razão, começou a relacioná-los de uma forma completamente diferente, com uma nova compreensão, uma nova percepção, um novo olhar.
Ligou a ponta de um a uma parte de outra pintura, que ele tinha realizado há muito tempo. Percebeu a relação com outros dois que nunca tinha dado muita atenção. Quando compreendeu isso, fez sentido juntar outra peça e ainda outra e mais outras. A estrutura foi ganhando dimensão, à medida que aquele novo sentimento, nova perspectiva, ia crescendo e sendo alimentada.
Quando ele viu todos os quadros reunidos, um arrepio lhe invadiu o corpo e depois um calor. Ele se impressionou. Não podia acreditar. Todos aqueles quadros eram o mesmo enorme quadro, eram parte de um todo coerente. (...)
1 comentário:
absolutamente lindo. Já te disse hoje que escreves muuuito bem?
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