quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sons

(...) Com um ar grave, atirou para o ar um relativiza. O outro espreguiçou-se. Como estás tão sério e enfias na boca essa palavra? O que interessa? É só uma palavra. Podia ter dito outra coisa qualquer. Sim mas foi essa, não foi céu azul. Isso são duas. Espreguiças-te em todo o lado. Meus braços precisam de ter utilidade. Não vês que estou longe? Ver não vejo, ouço sons. Serve de muito isso tudo o que não tens, e ainda os braços para se espreguiçar. Culpa, isso acaba um dia. Relativiza, a sério, se não viras um inútil. A culpa não morre nunca, antes vive com cada vez mais força e energia. E só precisa de umas quantas sombras para ocupar todo o espaço que tens. (...)

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