E acabo lembrando de como isso é sempre tão igual. De como cometo sistematicamente os mesmos erros. Como crio expectativas, como quero que as coisas sejam tão diferentes e as coisas acabam por ser sempre tão iguais. Recebo as cartas, ordeno-as da melhor forma possível, espero, troco, passo a jogada, guardo, aguardo, tenho paciência, repenso, passo de novo, e de repente tenho uma combinação de cartas imbatível.
Jogo na mesa, todo entusiasmado e arrisco tudo - depois de tanto tempo e preparação, já nem sei se posso chamar "arriscar" sem difamar o sentido da palavra. Mas "arrisco", seja lá o que isso signifique.
E, de novo, mais uma vez, perco tudo de uma vez só. Talvez dizer "perder" seja um pouco exagerado. "Sempre se guarda qualquer coisa", diz aquele ali na ponta da mesa, que insiste com a história triste do copo meio cheio - meio vazio. Chega, eu digo.
E vou buscar outro baralho.
3 comentários:
Um verdadeiro enigma! (digo eu :p)
Mas gosto mais de coisas deste género do que do anterior (é que já basta o que basta - e quando basta!!), e a mim basta tanto que até sobra! :p
Por isso venham mais destes, e remete lá os outros ao seu devido lugar. :D
EXCELENTE!!! Tb adoro deixar o pensamento correr e registrar o que der tempo...
Mari tens de vir rápido para BCN.
Vamos ver o que se consegue fazer em Maio.
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