quinta-feira, 13 de outubro de 2011

teorema

(...) Olharam para mim como o mais velho, quando não o sou. Parece mais velho, sim já sei, muitos dizem. Olhei para ele e ele, de facto, estava com aquela cara dele, vinte anos mais novo. Talvez alguma foto antiga esteja sempre na minha cabeça, como aquela com o edifício verde e branco, 3427, atrás. Esta foto, aliás, tem cheiro e atmosfera da cidade de onde foi tirada. Hoje falei da bola por cima do muro e da vila atrás, que a recebeu. Chutão de quem para ultrapassar até o arame farpado? Meu, do Márcio, do Tiago, do Diego? De alguém - e lá fomos atrás da bola. Choque entre o nosso mundo e o "deles". No 1853 acontecia o mesmo, várias vezes. Interessante como tudo se junta e vem teorema da legião à minha cabeça, quando me lembro do nosso estacionamento que convertíamos em quadra de futebol. Devo ter descido um dia depois de ouvir a música, com ela na minha cabeça. Era a época da legião (e de muitas outras bandas fantásticas do pop-rock brasileiro dos anos 80). Tão novo e tão bem orientado musicalmente, é o que vale.
O mesmo 3427, com sensivelmente a mesma paisagem, com um ou outro canteiro novo, viu aquela correria naquela manhã, infelizmente inesquecível. Tudo um susto, uma pressa que terminou na pior das pazes. Uma pressa que fez com que tudo parecesse um sonho. Um sonho do qual até hoje ainda custa acordar. Vontade de contar verbalmente o que ando fazendo e não só com os meus pensamentos, esta é que é esta. (...)

1 comentário:

Carla Luís disse...

:)
gosto.
mais, mais. :)