A verdade é que foi entre fins de Dezembro de 2009 e Maio de 2010 que eu senti esta nostalgia (agora comercializada, a propósito dos 20 anos de Nevermind) dos Nirvana.
Escrevi uns posts sobre isso: Kurt Cobain; Mãos a abanar mas completo; Erros. Aliás, ouvia o live at reading no meu carro, imensas vezes, em altos berros. Depois comprei o Nevermind. Nunca tinha tido o Nevermind, a não ser em cassete (com o lado b de ac/dc ou algo do tipo).
Isso não é para armar-me em qualquer coisa. É só porque vejo a onda criada e tenho a sensação que já a surfei antes de chegar na zona de rebentação. Muito por causa do livro odeio-me e quero morrer.
Sobre os Nirvana, não sou daqueles que nos anos 90 via neles algo de revolucionário. Nem pensava nisso! Gostava e ouvia as músicas. Tocava algumas na guitarra. Kurt não era para mim um ícone de rebeldia nem nada. Era rock e punk, com umas coisas mais comerciais do que outras. E com músicas esquisitas também. Quando ele se matou, fartei-me de gozar com uma amiga que chorava por ele. Era um gajo do grunge, como os Pearl Jam e os Alice in Chains. Não vi a morte de uma geração rebelde. Tão-pouco percebia (pelo menos com grande compreensão) como a indústria discográfica e a fama podiam lixar a vida a um gajo. Ter visto o filme de gus van sant e ter lido o odeio-me ajudaram a dar um outro olhar ao kurt, mas isso foi muitos anos depois. Tudo ao tempo certo, portanto.
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