terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A aparelhagem autónoma

A janela deixava entrar a luz e o ar com que respirava.
E a sua aparelhagem lhe fornecia toda a música que necessitava para sobreviver.
Até hoje ele lembrava do dia em que a aparelhagem havia falhado. Que desastre, que desespero, que nervos. E ele trazia um cd novo para ouvir. Parecia pessoal o negócio. Parecia que a aparelhagem tinha algo contra ele.
Ele ia entrando no bom da música, passava o refrão, ouvia a chamada para os outros versos da música e rsshuahh, o cd fazia um barulho e começava a saltar por diferentes trechos das canções.
(…) És mesmo o meu (…) palhaço (…) gosto de cantar (…) olha que coisa mais linda (…) seu desafinado (…)

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