Olho para a prateleira de livros à minha frente e chego às seguintes conclusões:
Não é a sangue-frio que as coisas irão mudar em Jerusalém. Se algo vai mudar, infelizmente, será com o fogo e a lava que ainda restam no vulcão de Pompeii.
Não serão os 100 autores que mudaram a história da humanidade que irão trazer a paz. Na verdade, acho que o mundo está à espera dos bárbaros, para que se confronte definitivamente com a realidade.
Mas, quando é dia de futebol, todos se esquecem que nós não vivemos num filme. É sim. É incontornável que o Adrian Mole e as armas de destruição maciça e o Harry Potter and the half-blood prince ouvem a canção de Tróia que Ulisses canta na Montanha Mágica.
É por isso que cada vez mais percebo a filosofia d'o velho que lia romances de amor.
quarta-feira, 26 de abril de 2006
P'ra frente Brasil!
A animação que está no link abaixo venceu o I Festival de Animação Livre da América Latina.
É imperdível.
http://www.laboratoriodedesenhos.com.br/corrente_page.htm
É imperdível.
http://www.laboratoriodedesenhos.com.br/corrente_page.htm
domingo, 23 de abril de 2006
Ghost Busters
No Diário de Notícias, de 19 de Abril de 2006.
PS 'obriga' deputados a estar nas votações
Susete Francisco
Os deputados que estiverem ausentes do hemiciclo no momento das votações vão passar a ter falta, ainda que tenham assinado o livro de presenças e o número de parlamentares seja suficiente para assegurar quórum. A decisão foi ontem tomada pela direcção da bancada parlamentar do PS e será levada à próxima conferência de líderes parlamentares. Para já, a decisão parece não agradar a todos os partidos, mas o PS poderá impor a sua maioria absoluta.
"O momento da votação é o momento mais solene da vida parlamentar, o momento decisivo das opções legislativas. É nesse momento que deve ser aferida a presença dos deputados. Não estando presentes, têm falta", afirmou ontem, no final da reunião, o líder da bancada parlamentar socialista, Alberto Martins.
Assim, os "parlamentares fantasma" irão deixar de existir.
Mas o que me parece incrível é que apenas tanto tempo depois de a democracia estar instalada em Portugal, se chegue à conclusão de que afinal é necessário que os deputados estejam presentes nas votações. Oh, senhores deputados, não basta assinar o livro e ir embora, é óbvio! As pessoas não andam aqui a votar em vocês, para depois irem todos para o Café! O sacrifícios tem que ser para todos!
PS 'obriga' deputados a estar nas votações
Susete Francisco
Os deputados que estiverem ausentes do hemiciclo no momento das votações vão passar a ter falta, ainda que tenham assinado o livro de presenças e o número de parlamentares seja suficiente para assegurar quórum. A decisão foi ontem tomada pela direcção da bancada parlamentar do PS e será levada à próxima conferência de líderes parlamentares. Para já, a decisão parece não agradar a todos os partidos, mas o PS poderá impor a sua maioria absoluta.
"O momento da votação é o momento mais solene da vida parlamentar, o momento decisivo das opções legislativas. É nesse momento que deve ser aferida a presença dos deputados. Não estando presentes, têm falta", afirmou ontem, no final da reunião, o líder da bancada parlamentar socialista, Alberto Martins.
Assim, os "parlamentares fantasma" irão deixar de existir.
Mas o que me parece incrível é que apenas tanto tempo depois de a democracia estar instalada em Portugal, se chegue à conclusão de que afinal é necessário que os deputados estejam presentes nas votações. Oh, senhores deputados, não basta assinar o livro e ir embora, é óbvio! As pessoas não andam aqui a votar em vocês, para depois irem todos para o Café! O sacrifícios tem que ser para todos!
30 e a esquerda
É engraçado ver muitas pessoas desvalorizando o papel do pensamento de esquerda. Pensamento, friso, não a acção dos partidos ditos de esquerda, como este PS que tão mal governa Portugal.
Parece que é sempre apropriado dizer mal da ideologia de esquerda. Os sonhadores de esquerda são os irresponsáveis que vivem num mundo de fantasia. No fundo, o "fim da história", irá nos trazer a única política possível: a do pragmatismo da política real.
Sendo certo que não possuo toda a carga teórica para debater este assunto, que não sou um destes tecnocratas que definem a política dos estados, não posso deixar de publicar aqui alguns desabafos.
O primeiro deles é que não me parece que no mundo social europeu tudo se vá resolver através de sucessivos ataques aos direitos dos trabalhadores. Será inevitável que para tudo se resolver na Europa e no Mundo tenha de se multiplicar o trabalho precário, aniquilar as garantias dos trabalhadores e arder da prateleira dos diplomas legais o Código do Trabalho?
Se calhar até a solução seja esta. Mas não se enganem os governantes que enchem os bolsos de dinheiro, nem os grandes patrões das multinacionais: se tem de haver sacrifícios, estes tem de ser divididos. De facto, não pensem que passa incólume à população sem casa e sem dinheiro que há aí gente que tem grandes casas, grandes carros e que andam brincando às bolsas de valores para ter dinheiro, sem prestar qualquer serviço relevante para a sociedade. Olhem para a França.
O segundo desabafo é ainda mais pragmático que o primeiro. Lanço em jeito de pergunta. Se o pensamento de esquerda está ultrapassado, qual é a solução para o mundo cheio de problemas em que vivemos? A solução é a actual? É a do comércio desvairado contra as pessoas destroçadas? São as soluções de direita?
Finalmente, venho pedir, no meu dia de aniversário um presente: quando alguém se eleja num cargo de poder, não minta às pessoas. E se esforce com corpo, alma e gana para, pelo menos, tentar agir segundo as promessas das eleições.
Parece que é sempre apropriado dizer mal da ideologia de esquerda. Os sonhadores de esquerda são os irresponsáveis que vivem num mundo de fantasia. No fundo, o "fim da história", irá nos trazer a única política possível: a do pragmatismo da política real.
Sendo certo que não possuo toda a carga teórica para debater este assunto, que não sou um destes tecnocratas que definem a política dos estados, não posso deixar de publicar aqui alguns desabafos.
O primeiro deles é que não me parece que no mundo social europeu tudo se vá resolver através de sucessivos ataques aos direitos dos trabalhadores. Será inevitável que para tudo se resolver na Europa e no Mundo tenha de se multiplicar o trabalho precário, aniquilar as garantias dos trabalhadores e arder da prateleira dos diplomas legais o Código do Trabalho?
Se calhar até a solução seja esta. Mas não se enganem os governantes que enchem os bolsos de dinheiro, nem os grandes patrões das multinacionais: se tem de haver sacrifícios, estes tem de ser divididos. De facto, não pensem que passa incólume à população sem casa e sem dinheiro que há aí gente que tem grandes casas, grandes carros e que andam brincando às bolsas de valores para ter dinheiro, sem prestar qualquer serviço relevante para a sociedade. Olhem para a França.
O segundo desabafo é ainda mais pragmático que o primeiro. Lanço em jeito de pergunta. Se o pensamento de esquerda está ultrapassado, qual é a solução para o mundo cheio de problemas em que vivemos? A solução é a actual? É a do comércio desvairado contra as pessoas destroçadas? São as soluções de direita?
Finalmente, venho pedir, no meu dia de aniversário um presente: quando alguém se eleja num cargo de poder, não minta às pessoas. E se esforce com corpo, alma e gana para, pelo menos, tentar agir segundo as promessas das eleições.
30 em 4 jornais
No Sabiá, jornal da Casa do Brasil de Lisboa as notícias principais são:
Indocumentado está fora na nova Lei da Nacionalidade
A nova lei não consagra o direito de solo, que atribui automaticamente a nacionalidade a quem nasce no país, mas facilita a sua aquisição para muitos.
SEF ameaça brasileiros com expulsão
No Diário de Notícias, a capa de hoje é a seguinte:
E no Público a capa é:
Vamos fingir que não estamos vendo os cachecóis do Porto e guardemos na retina apenas as notícias importantes, que estão em volta. Ah, outro detalhe! O Porto foi campeão ontem, 22 de Abril e não hoje.
E na Zero Hora, a capa é a seguinte:
Foi, pelo que se vê, um dia cheio de futebol!
Até parece que vivemos em paz...
Indocumentado está fora na nova Lei da Nacionalidade
A nova lei não consagra o direito de solo, que atribui automaticamente a nacionalidade a quem nasce no país, mas facilita a sua aquisição para muitos.
SEF ameaça brasileiros com expulsão
No Diário de Notícias, a capa de hoje é a seguinte:
E no Público a capa é:
Vamos fingir que não estamos vendo os cachecóis do Porto e guardemos na retina apenas as notícias importantes, que estão em volta. Ah, outro detalhe! O Porto foi campeão ontem, 22 de Abril e não hoje.
E na Zero Hora, a capa é a seguinte:
Foi, pelo que se vê, um dia cheio de futebol!
Até parece que vivemos em paz...
30 na Aldeia Blogal
No dia dos meus 30 anos, o contador bravenet do meu blog contabiliza 4135 entradas.
As entradas, por dia da semana, estão distribuídas da seguinte forma:
(Tive que tirar o quadro que estava aqui porque me desconfigurava a Aldeia toda, mas o dia mais visitado era a 4ª Feira, com 17, 38 %)
As horas que as pessoas costumam entrar na Aldeia são as seguintes:
(Tirei o quadro daqui também. Período de mais visitas: 9:00 às 9:59)
As entradas, por dia da semana, estão distribuídas da seguinte forma:
(Tive que tirar o quadro que estava aqui porque me desconfigurava a Aldeia toda, mas o dia mais visitado era a 4ª Feira, com 17, 38 %)
As horas que as pessoas costumam entrar na Aldeia são as seguintes:
(Tirei o quadro daqui também. Período de mais visitas: 9:00 às 9:59)
30
Hoje acordei e as coisas estavam um pouco diferentes, como se eu tivesse 3 décadas de vida em cima.
Ah! Mas é verdade! Fiz 30 anos hoje!
Ah! Mas é verdade! Fiz 30 anos hoje!
quarta-feira, 19 de abril de 2006
Expectativas
"Eu pouco falar português. Você saber falar russo?"
Dona Vira, no meu trabalho, dirigiu essa pergunta à minha pessoa.
Dona Vira, no meu trabalho, dirigiu essa pergunta à minha pessoa.
sexta-feira, 14 de abril de 2006
Debret, parte III
Debret, parte I
Minha mãe há uns minutos pediu-me para eu abrir imagens do Debret, na Internet.
Apareceram algumas coisas, com a palavra "debret".
Vejamos as mais interessantes:
Enriquecendo o Brasil
A força dos braços negros moveu os engenhos do riquíssimo negócio da cana-de-açúcar nos séculos 16 e 17 - algo como é o comércio do petróleo hoje em dia - e transformou Portugal em um dos países mais poderosos do mundo. A escravidão alimentou o luxo e o poder dos sinhozinhos locais e forneceu ouro e diamantes para a Europa. O ouro dos escravos embelezou os palácios de Lisboa e os altares de Ouro Preto, em Minas Gerais. Todos os acontecimentos históricos do Brasil contam com a presença do negro: da invasão holandesa em Pernambuco, em 1630, à Guerra do Paraguai, em 1864, da Inconfidência Mineira, 1789, à Segunda Guerra Mundial, 1939 a 1945. In http://revistacriativa.globo.com/Criativa/0,19125,ETT507937-2240,00.html
Retrato da crueldade: obra do francês Jean Baptiste Debret, que registrou cenas do Brasil de 1816 a 1831
Apareceram algumas coisas, com a palavra "debret".
Vejamos as mais interessantes:
Enriquecendo o Brasil
A força dos braços negros moveu os engenhos do riquíssimo negócio da cana-de-açúcar nos séculos 16 e 17 - algo como é o comércio do petróleo hoje em dia - e transformou Portugal em um dos países mais poderosos do mundo. A escravidão alimentou o luxo e o poder dos sinhozinhos locais e forneceu ouro e diamantes para a Europa. O ouro dos escravos embelezou os palácios de Lisboa e os altares de Ouro Preto, em Minas Gerais. Todos os acontecimentos históricos do Brasil contam com a presença do negro: da invasão holandesa em Pernambuco, em 1630, à Guerra do Paraguai, em 1864, da Inconfidência Mineira, 1789, à Segunda Guerra Mundial, 1939 a 1945. In http://revistacriativa.globo.com/Criativa/0,19125,ETT507937-2240,00.html
Retrato da crueldade: obra do francês Jean Baptiste Debret, que registrou cenas do Brasil de 1816 a 1831
Zsoze Kósta
Ontem acabei de ler um livro que considerei muito bom: o "Budapeste", de Chico Buarque.
Ando numa fase de abstracção em termos de leitura. De facto, quanto mais descabida ou abstracta é a história, mais a mesma merece a minha atenção. É a escapatória que tenho tentado criar à dura realidade que o trabalho me impinge à cada dia.
Achei Budapeste um livro simpático, interessante e bem escrito. O Chico Buarque pega muito bem em José Costa e no mundo que o rodeia. Acaba nos levando na viagem maior a Budapeste e nas "viagens" verdadeiramente surpreendentes da personagem.
Foi daqueles livros que tive pena de acabar e que, por isso mesmo, tem o tamanho e o final adequado ao meu gosto de leitura.
"E a mulher amada, de quem eu já sorvera o leite, me deu de beber a água com que havia lavado a sua blusa".
Ando numa fase de abstracção em termos de leitura. De facto, quanto mais descabida ou abstracta é a história, mais a mesma merece a minha atenção. É a escapatória que tenho tentado criar à dura realidade que o trabalho me impinge à cada dia.
Achei Budapeste um livro simpático, interessante e bem escrito. O Chico Buarque pega muito bem em José Costa e no mundo que o rodeia. Acaba nos levando na viagem maior a Budapeste e nas "viagens" verdadeiramente surpreendentes da personagem.
Foi daqueles livros que tive pena de acabar e que, por isso mesmo, tem o tamanho e o final adequado ao meu gosto de leitura.
"E a mulher amada, de quem eu já sorvera o leite, me deu de beber a água com que havia lavado a sua blusa".
domingo, 9 de abril de 2006
Chamada contra a pobreza
A coitada da sociedade civil continua tentando amenizar a conduta absolutamente irresponsável dos estadistas e dos donos das grandes multinacionais.
Visitem:
http://www.chamadacontrapobreza.org.br
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