quarta-feira, 31 de agosto de 2011

um eléctrico

Falo tanto no 28. 
Hoje, 110 anos depois da primeira linha entre o Cais do Sodré e Algés, o google nos brinda os olhos com esta imagem.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

é isso

No miradouro do monte agudo ontem à tarde, foi tudo muito bom. Este miradouro, que de 1998 a 2003 frequentei muitas vezes, foi alvo de uma requalificação recentíssima que o deixou bonito como era. O miradouro, que estava num estado lastimável, está lindo e até tem um café. O dono espalha umas almofadas bonitas e, se bem percebi, livros. Com Lisboa a meus pés, a poucos metros da minha casa, com aquele pessoal bacana em volta, lendo debaixo de uma sombra e com a brisa que amenizava o calor da tarde, tive a sensação de é mesmo isso.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Bi Recopa

Um Damião extraordinário, com um Oscar fantástico e com boas defesas do Muriel.
3-1 no inferno do Beira-Rio. Os gols estão aqui.

várias vezes

O processo consiste em tocar várias vezes a mesma música para começar a ver coisas diferentes. Era uma canção mais simples, mas daí foi crescendo e ganhando corpo. Chegamos a um falta qualquer coisa e enfiamos aquela mudança de ambiente, difícil de tocar. Depois acabamos num há aqui coisas a mais, repetidas, e tirei aquele solo (e acabei fazendo um outro). No fim das contas, acho que ainda temos de colocar 45 segundos mais de algo diferente. Pode não ser assim, mas ainda tenho isso na minha cabeça. É tocar mais vezes para achar uma resposta, vinda da própria música.
Ontem estiveram reunidas as duas guitarras dos up.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

improvisações e cervejas

A gravação do ensaio do dia 22 também revela, logo a abrir, uma improvisação de 3 minutos, muito simpática e boa de ouvir. Não sei se é uma música para repetir. Mas é muito bom ter ficado gravada. Hoje já a ouvi uma infinidade de vezes. Música existe também para ouvir sem estar preocupado em tocar, não é?
O ensaio tem mais duas improvisações grandes: uma que começa quando a cerveja cai (relatado no outro post) que interrompe flyin. O tv andou a limpar a cena e eu e o zumbi ficamos para ali a inventar, só guitarra e bateria. Depois tem outro momento criativo, que começa quando digo preciso buscar uma cerveja. Quando voltei o tv estava com a guitarra e eu peguei no baixo. E ficamos uns quinze minutos assim.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

abstração

A super bock saltou coluna afora, só com a vibração, e obrigou o nosso baixista a ir buscar uns guardanapos para limpar o chão. Se fosse no Kazoo estavamos tramados. O feito inédito aconteceu num ensaio cheio de improvisações. A malta estava toda angustiada para tocar e se abstrair de tudo. Tecnicamente nem foi muito conseguido para mim, mas apareceu uma escala boa de usar, às 1:30 de gravação do ensaio, que vale mais do que qualquer acerto.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

o Oscar ganhou

Pelo menos, o Brasil venceu com 3 gols do Oscar*, jovem estrela do Inter de Porto Alegre. Os goleiros das duas selecções estiveram muito desastrados. Dormi no prolongamento e acordei com o gol decisivo de Oscar.
De resto, o meu desejo era que o jogo terminasse empatado - meta impossível numa final. Apesar do post anterior, acho que não gosto mesmo de jogos Brasil-Portugal, quando não são a feijões. Uma incoerência, visto que quero sempre que os dois sigam o mais longe possível nas provas que disputam.
* Foi emocionante. Lá pelos 15 minutos de jogo, acendeu uma luz na minha cabeça e eu pensei: mas esse Oscar é o Oscar. E estava lá o Juan também.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Portugal - Brasil: de novo, que bom!

Vinte anos depois Portugal e Brasil repetem a final de 1991 em sub-20, na Colômbia. Fantástico! Ah sim, claro que eu estava lá no Estádio da Luz. O Brasil perdeu nos penalties, mas foi uma festa em Lisboa. Eu e o meu irmão não estavamos felizes com a derrota. Torcemos muito, como sempre. Mas foi tudo bem. Valeu a festa dos amigos portugueses. Incrível pensar que eu estava apenas há 3 anos em Portugal. Outro detalhe curioso é que foi uma das raras vezes que passei o Agosto inteirinho em Portugal. Fui a Cabanas, no Algarve, com o Duarte, e depois voltei a Lisboa e vi todos os jogos que restavam de Portugal com meu irmão, no Estádio da Luz. Lembro dos jogos contra a Argentina e contra a Austrália (com um golão do Rui Costa). O Brasil não estava sediado em Lisboa.
Do campeonato do mundo da Colômbia apenas vi o Portugal - Argentina. Os penalties ditaram a sorte. Foi emocionante Portugal dar a volta com dois gols de desvantagem.
Esta final falada em português é um jogo bom de ver e que, em princípio, qualquer resultado me satisfaz. Se bem que só depois do começo do jogo conseguirei saber com precisão se é isso mesmo.

em separado

Às 19h45 começamos a tocar e de repente eram 22h00. Estas sessões com o jota são assim. Tocamos algumas antigas, como tudo que o vento traz. Acertamos efeitos também. Vamos ver como ficam nos amps grandes dos estúdios. Depois experimentamos back on the road - que está nascendo devagarinho - e surgiu uma coisa nova. Gostei do que saiu. As gravações são de uma coisa só, mas hoje decidimos que vamos as explorar em separado. É boa ideia.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

dorena

onde vais arranjar isto ?
ah man...  vai aparecendo... abri a porta... e entrei no quarto q me da acesso a uma prateleira cheia disso
já ali nos links: dorena

terça-feira, 16 de agosto de 2011

margens

pontes, descidas de colinas com água a correr, sandálias que ficaram para trás, crianças, uma praia com nome de cidade de cabo verde, óptimas ponchas de maracujá feitas na hora para serem melhores, moscateis com vista para nomes de vinho do porto, sopas mirando a outra margem, margens. e, apesar de se poder subir nas esculturas, uma senhora não sabia como entrar na casa cor-de-rosa e não conhecia a fórmula da persistência.
e ainda um rio.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Arcade

Como algumas vezes associo canções a imagens dos lugares onde as vou ouvindo, acho que é bom isso de estar sugando tudo de Arcade Fire nestas bandas, neste momento.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

terça-feira, 9 de agosto de 2011

calor

Hoje sim, está um calorão em Lisboa. Um calor daqueles. Sem uma brisa sequer.
De duas a três vezes por semana os trilhos de trem carregam os cristais dos olhares que se perdem no horizonte. Perdem-se e não se encontram. Para quê achar, aliás? Perdidos, ficam por aí, ao sabor deste vento de Agosto, quente como o inferno. Majestosas, as árvores suportam o calor - talvez sejam as únicas.

escritas

seráq aquela quadra +e da escola polite´cnica
hm? se da ppara ir para le a matreacteu?
o q eu tanheo de ir fazer ai mesmoa?
tens de
achoqi veou antes do escrtritoetio
dar-meo teu cartao
ah ok
mhkakaka
e o amerwactatrr no prolitcten?
sum
ok
o giro disso é que a maior parte das vezes sabemos o que estamos a dizer, mesmo quando, como hoje, não havia tempo de ficar corrigindo e a escrita seguia da forma como os dedos iam se ajeitando ou (desajeitando) nas teclas. este trecho é claramente um exagero, talvez deliberado.

back up

Ontem ensaiamos, nós os 4. É assim que tem de ser. Só assim estamos completos.
A apresentação tinha sido a 11 de Fevereiro, a gravação a 12 de Fevereiro. Portanto, estavamos quase há 6 meses sem nos juntarmos todos. Senti uma certa nostalgia do kazoo...
Ontem estivemos relembrando as músicas para trás. Há coisas que estão muito bem, há outras que não. É um prazer ouvir o jota solando em amanhecer e na requiem. Mas tudo o que o vento traz está manca. Tocamos a nova, transa atlântica, que está bem lançada. E eu e o tv nos entendemos muito bem em jotasound. Open your mind - tirando as minhas gafes num início de ensaio bem desconcentrado - está muito melhor com uma pausa que fizemos lá pelo meio e que foi sugestão do zumbie.
Próxima semana, mesmo esquema: domingo covil, segunda estúdio.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

o covil

Fica num porão dos olivais. O grande corredor, à esquerda da casa que está à frente, dá acesso a outras duas casinhas, guardadas por dois cães velhotes e um gato. Um dos cães gosta de ladrar, mas só por hábito. Entra-se na primeira porta e ela dá acesso ao covil. As descrições eram más. Tanto em termos de som como de espaço. Talvez por isso, tudo me pareceu bom. O som podia ser um pouco melhor, mas estava razoável. Bem fixe para nós. O único problema é o vizinho de cima do porão. Mas mesmo ele foi simpático e disse que tinha gostado de nos ouvir.

cresceu

pensei que tinham fechado. não, não fechou. agora são 4 andares, no coração do bairro alto.
um diálogo de fim de semana, à entrada do pingo doce da graça.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

songs

além de tudo, estou apanhado por sad songs for dirty lovers, dos The National

77

Em Maio e Julho de 2011 a aldeia registou por duas vezes 77 posts. Nunca havia ocorrido nada assim. Descansem leitores. Isso jamais se repetirá.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

celebration concert

Este é primeiro post que escrevo aqui na minha sala, neste sofá branco. Esta sala é mais confortável do que a outra, tenho de admitir. Toca Renato Russo, the stonewall celebration concert na aparelhagem. Hesito entre completar este post com uma música do cd ou tocar guitarra. O meu computador manifestou a sua opinião neste momento. Diz que falta bateria. Vou tocar guitarra. Começam as pescas por aqui.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

músicas do ambiente

As primeiras músicas que tocaram na minha nova sala foram as if your eyes were partly closed as if you honed the swirl within them and offered me the worlda title. As duas são do disco drums between the bells do Brian Eno com as palavras de Rick Holland.
Tenho de aditar aqui o artigo que saiu um dia depois do meu post no sound + vision, sobre este disco viciante.

fora do case

depois de acertarmos uma nova parte em open your mind (com direito a um salto e tudo no regresso ao refrão) e agora ansiarmos pelo próximo ensaio, cumpri o prometido à minha epi e ela dormiu fora do case, no sofá da minha sala.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ukulele e cavaquinho

Além deste artigo, fica aqui mais coisas da wiki para distinguir cavaquinho e ukulele, para ninguém ser apanhado desprevenido numa estrada qualquer. Eu não li isso tudo, evidentemente. Fiquei só com o "very similar (...) tuned differently (...) shape somewhat similar". O resto são detalhes.
O Eddie Vedder tem um disco chamado ukulele songs.

ukuleles, pinhas e mar

Uma pinha caiu alguns metros à frente do carro, para não deixar ficar mal as amigas, horas depois de uma conversa sobre esta possibilidade. Contribuindo para o ambiente, monopolizado pela beleza da moldura da estrada, a rádio blitz tocava músicas que envolviam ukuleles e/ou cavaquinhos. Para trás tinha ficado Sines e o seu festival de músicas do mundo, mais conseguido nas magníficas paisagens do castelo, da praia e das molduras humanas, do que em actuações musicais. A estrada traria ainda as vistas fantásticas da Comporta. Uma sensação de incredulidade e de sonho, misturada com mar azul, estava escondida atrás daquela duna, uma espécie de última fronteira com o mundo real, desaparecido para sempre durante algumas horas.