quarta-feira, 2 de julho de 2008

Barbárie legislativa já tem efeitos transcontinentais

Para Rui Pereira, a Directiva da Vergonha é um passo em frente.
A América Latina, o Mercosul, em reacção inédita em assuntos de imigração já deu a sua opinião: a directiva é um retrocesso, é uma bárbarie, é uma manifestação de racismo e de xenofobia.
O Mercosul tem razão. A directiva é um retrocesso. Aqueles que a aprovaram e a defendem irão ficar sozinhos.
Nunca tinha visto o Presidente do Brasil, Lula, falar assim, nunca: “O outro lado do oceano desencadeia odiosa perseguição aos latino-americanos, muitas vezes cercada de conteúdos racistas”.
O Presidente do Uruguai Tabaré Vasquez refere que “Nos dói particularmente que se tente discriminar e não se respeite os direitos dos latino-americanos que hoje tiveram que buscar em outras terras o que não encontram nas suas, como fizeram nossos avós. Ninguém imigra por prazer, o faz por necessidade”.
Hugo Chavez pede “Buscar uma posição comum é necessário. Temos que prever ações. A Europa civilizada legalizou a barbárie”.
Celso Amorim foi lapidar quanto à previsão de “internamento” para crianças ilegais. Ele diz que, apesar de necessitar fazer uma análise jurídica cuidada "o termo é o mesmo que se usava quando se prendiam os terroristas da então considerada terrorista IRA. Deixar uma criança presa como se fosse um terrorista porque simplesmente não tem um documento para morar no país é duro”, comentou.

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