sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Pontes

Primeiro, uma advertência: não estou falando do meu local de trabalho, felizmente. Não suportaria.
Segundo, o desabafo: como é mais fácil quebrar do que juntar, ou criar conflito do que se tolerar ou se sentar à mesma mesa para tentar compreender-se, as pessoas optam sistematicamente pelas primeiras opções. E o engraçado é que depois todos criticam as guerras.
Não toleram diferenças, divergências, preferem distância à partilha, não tentam criar laços. Rapidamente passam ao ataque, às cisões, às opções que não revelam cedências.
E depois queixam-se de realidades como os guetos, as batalhas, no mundo em geral.
Pontes, nem vê-las. Só cadeados.
Cachimbos da paz, nem pensar. Só granadas.
Não sei se um dia sairemos disto.
Só se ultrapassa um rio com uma bela ponte, erguida em conjunto e que junta duas margens. Se não existe a ponte, a mistura, o encontro, o avanço é sempre uma miragem.

Sem comentários: