Sei que este rapaz que ri lá do alto, perante a nossa tentativa de mirar-lhe os olhos sem cruzar a nossa vista com o Sol, fica no topo de um pequeno teatro localizado no "Sítio" na Nazaré. Não me lembro o nome do teatro e não sei o nome do rapaz, mas quem souber alguma das denominações deixe um comentário "em anexo".
Apetece perguntar ao moço: ainda te ris com as chuvadas que andam a cair por estes dias?
Ainda pergunto mais: isso é um sorriso mesmo ou é um esgar apavorado, motivado pelas cornetas que tocam em uníssono, mesmo ao lado dos teus ouvidos, numa infinita sinfonia de uma nota só?
Em Agosto gargalhavas enquanto eu me desviava da multidão que, literalmente, cobria a Nazaré.
O assador daquele polvo fantástico bem dizia, enquanto comíamos depressa para dar lugar ao próximo: "a Nazaré no inverno é o paraíso". Soaria engraçado se fosse: "A Nazaré no inverno é um inferno".
Sinceramente, não sei se os emigrantes luso-franceses optam de livre vontade por visitar o inferno no verão.
Eu? O que eu estava fazendo lá? Ora, eu cai lá meio acidentalmente, mas, confesso, fiz um esforço e consegui (mesmo, é verdade!) aproveitar ao máximo.
No entanto, não comi, ainda, o famoso carapau seco. Salvo o devido respeito, como se come aquilo?
1 comentário:
Eheheh, com esta chuva e as trompetas a canalizá-la, o rapaz deve é ter os ouvidos bem entupidos... ;)
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