Na TSF
AZINHAGA DOS BESOUROS
Demolição de barracas avança apesar dos protestos
As demolições de barracas no bairro da Azinhaga dos Besouros recomeçaram esta quarta-feira por voltas das 09:30 sob a protecção de cerca de 20 agentes da Polícia Municipal e do Corpo de Intervenção e elementos da Câmara Municipal da Amadora.
( 13:42 / 25 de Janeiro 06 )
A autarquia da Amadora iniciou terça-feira de manhã o processo de demolição de cinco barracas do bairro da Azinhaga dos Besouros.
Na manhã de terça-feira, os moradores do bairro tentaram, sem êxito, impedir as demolições. Durante a tarde registaram-se mesmo disparos de balas de borracha feitos por elementos da polícia, em resposta a tiros de caçadeira por parte de habitantes do bairro.
Hoje de manhã, a resistência dos moradoras prevalecia. Vários elementos da Associação Solidariedade Imigrante sentaram-se à entrada do bairro quando viram chegar a retroescavadora, numa tentativa de impedir que esta entrasse e iniciasse as demolições.
Elementos da polícia tentaram dialogar com os elementos da associação mas acabaram por retirá-los à força. Nathalie Mansoux, da associação, disse à agência Lusa que «a câmara está a demolir as casas sem que as pessoas tenham outra alternativa habitacional».«A situação das pessoas que não estão abrangidas pelo Programa Especial de Realojamento é um problema que tem de ser resolvido urgentemente», considerou também Nathalie Mansoux, uma cidadã francesa que desde há seis meses está a fazer um documentário sobre o bairro.
Moradora barricada desde terça-feira saiu às 11:40
A moradora do Bairro da Azinhaga dos Besouros que estava barricada no interior da sua barraca desde terça-feira de manhã saiu às 11:40 de hoje depois de duas horas de negociações com a polícia.Adriana Correia, que estava acompanhada no interior da casa com vários elementos da associação Solidariedade Imigrante, acabou por sair sem oferecer qualquer tipo de resistência.
Em declarações aos jornalistas, a sub-comissária da PSP, Paula Monteiro, disse que a proprietária da casa não queria sair, mas que através de um pequeno diálogo percebeu que era inevitável a casa ir abaixo e acabou por sair a bem.
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