quinta-feira, 28 de maio de 2009

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Covers valiosas

breaking of the shells_b. mclaughlin by il pigliapoco

Desporto do fim de semana

Prova em duas categorias: rally e carregamento de peso, em vários contextos.

Facenotas

Esta técnica de pegar nas notas do Facebook e colocar aqui é uma maravilha.

Imigrantes a irem embora

Escrevi no meu Facebook, a propósito da notícia do Público: "Regresso de imigrantes está a deixar o país mais pobre e envelhecido":
Os imigrantes não ficam num país que não lhes dê oportunidades de trabalho. Os fluxos migratórios regulam-se pela economia. Países em crise devem desenvolver estratégias de manter a atracção de pessoas e não as assustar e ameaçar com Directivas da Vergonha, quotas demagógicas e Pactos Sarkozy.
E já agora, se vai reconhecendo que os imigrantes estão a sair de Portugal.
Sem o "perigo" do "efeito-chamada" (há quem defenda isso) é hora de integrar os que ainda querem ficar cá. E regularizar quem está cá é o primeiro passo da integração. Regularizar para o acesso a direitos sociais, laborais e tirar as pessoas da clandestinidade e dos mercados informais, potenciando inclusive as suas (e das empresas) contribuições para a Segurança Social e pagamento de impostos - para quem precise de argumentos economicistas nestas questões.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Onda que tudo carrega

Quando eu parar de ouvir a tag "new age ambient" é sinal que toda esta onda enorme e fortíssima já passou. Passará?
Talvez em Junho.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Passo

Hoje dei um passo daqueles que só pode ser dado se não se pensar muito.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Quotas

Tudo isso para não falar das novas (na verdade velhas) quotas para os imigrantes em Portugal.
Ops, já falei.
Mas não tenho condições de desenvolver agora. O assunto é muito grave para tratar dele neste momento, sem tempo.

Melhor ainda

O título do post anterior ser: "Onde hajaM músicas, lá estarei".
Assim sim é que era.
:)

Onde haja música, lá estarei eu*

Uma Les Paul, uma Fender, um amplificador e uma pedaleira.
São as minhas únicas preocupações, se tiver de me mudar. O resto até pode demorar a chegar.
Talvez seja um pouco demagogo e mentiroso... mas que se lixe, fica mais bonito assim.
O lugar pouco me importa, desde que estejam comigo.
Pronto, agora sim, ficou mesmo "perfeito". Só faltava uma música instrumental calma ambientando e uma foto minha: eu olhando para o horizonte longínquo, num pôr de sol.
* o título também é importante ser dramático.

Pixies

No seu melhor:
"I can't forget, but I don´t remember what".
"I can't forget, but I don't remember who".

sábado, 9 de maio de 2009

Feira do Livro em 4 linhas

Síntese da minha Feira do Livro:
chuva; corrida; em baixo dos toldos; farturas; não apreciação do espaço leya; nunca saber como cumprir de forma eficiente as 4 "linhas" de bancas; farturas; livro; chuva; pouco tempo; banquinha da guimarães sempre cá em baixo no fim; abrir cbl forró.

sábado, 2 de maio de 2009

Sede

Tinha sede de escrita e saudades de escrever no blog.
Enchi quatro páginas de Word em pouquíssimo tempo.

Gran Torino

Gran Torino é uma obra-prima imperdível. Não é sobre um carro, mas sobre vidas.
Vejam, só vendo se entende. Clint Eastwood faz mais num filme do que mais de um ano de trabalho esforçado de qualquer activista social. Não estou desvalorizando o meu trabalho e de muitos na área. Aliás, provavelmente é pelo trabalho dos activistas que o Clint resolveu pegar neste tema.
O discurso, às vezes, é completamente diferente da acção que desenvolvemos. E vale mais a acção do que o discurso. É a ideia-síntese que guardo.

Che

Os filmes sobre o Che foram importantíssimos para mim, especialmente porque conhecia muito pouco sobre ele. O primeiro sobre vitórias e esperança. O segundo sobre erros, ilusões altas demais, derrota.
Tenho a sorte de não conhecer o assunto a fundo, de falar sem conhecer bem os factos. Vou aproveitar. Perdoem qualquer coisa. Em poucas ocasiões ultimamente o posso fazer.
A ideia que fiquei à saída do filme é a de que Che se enganou na Bolívia e por isso mostrou que era um líder humano. Será uma heresia falar isso?
A Bolívia é enorme, Che era um estrangeiro e faltou-lhe apoio. Che insistiu, quis vencer assim mesmo. Gabo-lhe a coragem e determinação. Podia ter mudado a história. Às vezes a coragem e determinação exigem que ignoremos conscientemente todos os riscos, todas as dificuldades, todas as circunstâncias que podem comprometer nossas convicções.
O que seria de Che se tivesse desistido? Ou se tivesse resolvido ir à superfície respirar para depois regressar? Seria isso possível? Aceito respostas, porque quero aprender.

25 de Abril - 35 anos

Eu tenho 33 anos e vim para Portugal quando tinha 11.
Mas o 25 de Abril também é meu. O 25 de Abril é de todos. O 25 de Abril é também do Brasil, que o diga Chico na frase “Foi bonita a festa pá”.
Agora é preciso ir à procura de Abril outra vez. Se não daqui a pouco vamos ter de fazer outro.
Tanta gente se esqueceu do que foi Abril. Não quero falar mais para não começar a falar em política e partidos.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Dead Combo – Camané – José Mário Branco

Vi este grande concerto (não temporalmente, mas em qualidade) no Music Box, no dia 18 de Abril.
A criatividade, inovação e poder sugestivo dos Dead Combo são impressionantes. Deve ser uma dupla única e penso que dificilmente se faria algo parecido com pessoas diferentes. Uma cumplicidade única, de duas pessoas únicas, na música que fazem e na indumentária que usam. Criam uma atmosfera algo ultrapassada mas, também por isso, sempre presente no imaginário.
Experimentem ver o nome das músicas e fechar os olhos enquanto ouvem as músicas. É uma música muito visual que de certo modo capta e sintetiza a realidade. São como fotografias.
De Camané ressalto o virtuosismo de um fadista que me faz, quase excepcionalmente, gostar de fado. A grande maioria dos fados e fadistas não conseguem me fazer sentir qualquer atracção pelo género.
Camané é mesmo muito bom e foi interessante vê-lo em acção com os Dead Combo o acompanhando numa música. Para mim este foi um dos pontos altos do show, esta mistura. Ficou bom.
Estranho ficou o Camané com o José Mário Branco, de estilos tão diferentes. O Camané tem aquele vozeirão e o JMB vence pelas ideias e presença em palco. A experiência dos dois cantando juntos fez com que eu guardasse uma imagem de conflito. Por isso mesmo, achei esta iniciativa espectacular, misturando todas estas atmosferas musicais.
Nunca tinha visto José Mário Branco ao vivo. Ele tem muitas coisas para contar. O que ele não conta ou não opina através da música de intervenção, opina pessoalmente no intervalo das músicas. Histórias (com “H” no início, porque não são ficções) da resistência, da perseguição, do 25 de Abril, da liberdade, do começar de novo, mas, hoje em dia, contadas com um certo desapontamento e desilusão.
Ele tem razão. Abril está meio esquecido, apesar de podermos fazer tantas coisas e ter liberdade para isso. Mas é claro que não pode ser só isso.

33

Em Abril também faço aniversário. Este “também” tão miserável, é reflexo da negligência com que tratei o meu aniversário, tirando o excelente jantar no “El Último Tango”, no Bairro Alto, no dia 25 de Abril – dia da liberdade e da revolução.
A companhia, o bife de chorizo e o vinho argentino (era ou isso ou uma “Quilmes”, foi uma escolha difícil) foram fantásticos. E festejar no 25 de Abril o meu aniversário é sempre muito especial. É um excelente dia de festejo, um dia que representou uma mudança e uma esperança tão profunda do que pode ser o poder das pessoas, quando querem realmente alcançar algo.

U2 em Abril

Abril foi um mês de muito U2 para mim. Talvez um pouco acima da média.
Não sei quantas vezes mais na vida poderei ouvir “Magnificent”, do magnífico disco “No Line On The Horizon”. Tem sido, no entanto, bom enquanto dura. Ainda que esteja exagerando na dose mesmo.

Activismo não é carneirisimo e subserviência

Ultimamente começo a sentir certas chantagens no ar.
Querem convencer-me de que há coisas que são “activismo”. Mas não é fruto do colectivo. São fruto de imposições e da ditadura de um certo pensamento único de quem tem mais força de mobilização.
Não serei eu a desmobilizar quem tem força e talvez até dê alguma ajuda, porque não se pode ter menos sucesso do que se obteve recentemente. Mas também não posso deixar de dizer que há forças que às vezes não são bem direccionadas. Podíamos pensar em fazer outras coisas com o sucesso obtido.
E acrescento: se eu que sou um gajo relativamente paciente, que sou esforçado pelas convergências e que tento retirar coisas boas das situações, sinto-me um pouco preocupado pela arrogância demonstrada em algumas ocasiões, imagino como estão outros, sem este policiamento que tento ter em valorizar as convergências. Aliás, viu-se pelo nível de implicação e o que vem se desenvolvendo, em descida abrupta.
Ainda é capaz de descer mais, infelizmente.

Quase um mês

Quase um mês se passou e eu andava absolutamente calado.
Não por não gostar de vir aqui. Simplesmente por não ter tido tempo.
Se na minha vida já me queixei de não ter tempo, neste momento sequer tenho tempo para me queixar.
No mês de Abril não foi só tomar posse na associação. Foi tomar posse numa série de desafios que foram surgindo no trabalho. Trabalho intenso, onde o descanso teve de ser substituído pelo trabalho associativo.
Eu sei do que estou falando quando falo do sacrifício, ainda que muito gratificante, que representa o trabalho voluntário.

1.º de Maio

Não se pode dizer que é uma surpresa a violência que se espalhou nas manifestações do dia do trabalhador em alguns países.
O momento é de crise, é de uma intensa e profunda perda de direitos, é de desemprego.
Como um trabalhador pode suportar isso, quando vê os milhões que vão sendo entregues aos bancos? Ainda por cima, quando vê que só agora os políticos tem a coragem de dizer que houve tantos milhões gastos estupidamente por administradores que só encheram o bolso e pouco se importaram com seus trabalhadores em momentos de crise. Ainda por cima, apenas timidamente se tem feito frente a este escândalo, enquanto vai aumentando a massa dos desempregados e dos trabalhadores precários.