segunda-feira, 23 de abril de 2007

Franquezas francófonas

Todos contentes com a derrota de Le Pen.
Eu incluido.
Mas o facto é que se houvesse protecção legal anti-cópia (pirata?) na política, Le Pen poderia reivindicar muitos dos votos que Sarkozy ganhou.
Como conceber o Ministério da Imigração e da Identidade Nacional? Como? "Como" este que é bem grande, misto querer compreender como se concebe isso, como se tem a cara para conceber isso e como formalmente isso é concebível.
Torço para que Sarkozy não ganhe. Se bem que, no pacotão centrista (mesmo com Segolene), sairá sempre do cabaz dos discursos umas prendinhas anti-imigração na Europa. Presentes que valem muitos votos europeus neste momento.
Agora, a pergunta é sempre a mesma: como um país se sustenta sem imigração? Como um mundo que se quer globalizado permite, ou até se julga organizável sem imigração?
A não ser que este mundo pretenda mesmo manter o actual esquema ilegais - legais que existe no mundo laboral actual. E não serão os primeiros a efectivar este sistema. Pensemos na dicotomia libertos/escravos de Roma e temos o modelo num estado mais puro.
Pergunto-me a mim mesmo e cada vez me pergunto com mais frequência: onde está o sentido crítico da história? Como é que ninguém vê ou quer ver a inevitabilidade dos ciclos de riqueza/pobreza dos estados? Como é possível que não se olhe uns míseros 40 anos para trás, quando os europeus corriam para os outros países, em desemprego e desespero?
E entretanto relembrei-me do meu blog.

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