sábado, 23 de abril de 2005
Rota dos Santos: São Cristóvão
Há alguns dias fui jantar num óptimo restaurante caboverdeano, que fica na Mouraria e se chama São Cristóvão.
Lá, além de se servirem excelentes pratos deste país insular, há outras atracções muito interessantes.
Enquanto vamos nos deliciando com a cachupa servida em doses duplas, podemos apreciar 3 artistas que, antes do jantar principiar, estavam disfarçados.
É verdade: a arte desata-se de repente e inunda todo o espaço.
Dois "clientes" pegam nas suas violas e a senhora que encontrava-se a servir os pratos transforma-se em cantora. Cantam as mornas e as coladeiras de Cabo Verde e arrastam-nos repentinamente para algum lugar distante de Portugal. São Vicente?
A não perder. E eu que não conhecia!
Tetracampeão gaúcho
Presque II - Os perigos da internet
Para entender-se este meu post, deve-se ler o meu post de 24 de Março de 2005.
Luis Fernando Verissimo
Na Zero Hora de 31 de Março de 2005
Apareceu a autora do “Quase”, o texto que rola na internet atribuído a mim e que eu, relutantemente, tenho que repetir que não é meu. Ela se chama Sarah Westphal Batista da Silva, tem 21 anos, é de Florianópolis, escreveu o texto “inspirada por um menino que não me namorou, mas quase...”, mandou o texto por e-mail a várias amigas e dois anos depois teve a surpresa de vê-lo impresso com a minha assinatura. A Sarah está no quarto semestre mas sonha em largar a faculdade e começar a escrever. Olha aí, editores. Ela nem começou e já foi traduzida na França.
Luis Fernando Verissimo
Na Zero Hora de 31 de Março de 2005
Apareceu a autora do “Quase”, o texto que rola na internet atribuído a mim e que eu, relutantemente, tenho que repetir que não é meu. Ela se chama Sarah Westphal Batista da Silva, tem 21 anos, é de Florianópolis, escreveu o texto “inspirada por um menino que não me namorou, mas quase...”, mandou o texto por e-mail a várias amigas e dois anos depois teve a surpresa de vê-lo impresso com a minha assinatura. A Sarah está no quarto semestre mas sonha em largar a faculdade e começar a escrever. Olha aí, editores. Ela nem começou e já foi traduzida na França.
quinta-feira, 14 de abril de 2005
O luxo de Arnaldo
Outra das minhas aquisições das férias foi "Saiba" de Arnaldo Antunes.
O Arnaldo deve ser um simpático. Fiz questão de fazer referência à ficha técnica da música (um luxo!), que mostra como todos os grandes artistas gostam de tocar com ele.
E publico a letra de Saiba, que é fantástica.
Saiba
Saiba: todo mundo foi neném
Einstein, Freud e Platão também
Hitler, Bush e Sadam Hussein
Quem tem grana e quem não tem
Saiba: todo mundo teve infância
Maomé já foi criança
Arquimedes, Buda, Galileu
e também você e eu
Saiba: todo mundo teve medo
Mesmo que seja segredo
Nietzsche e Simone de Beauvoir
Fernandinho Beira-Mar
Saiba: todo mundo vai morrer
Presidente, general ou rei
Anglo-saxão ou muçulmano
Todo e qualquer ser humano
Saiba: todo mundo teve pai
Quem já foi e quem ainda vai
Lao Tsé Moisés Ramsés Pelé
Ghandi, Mike Tyson, Salomé
Saiba: todo mundo teve mãe
Índios, africanos e alemães
Nero, Che Guevara, Pinochet
e também eu e você
Ficha Técnica da Faixa
Arnaldo Antunes: Voz
Carlinhos Brown: Marimbaixo, semente descendo da árvore, kalimba, efeitos aéreos
Cézar Mendes: Violão
Dadi Carvalho: Violão de aço e baixo
Daniel Jobim: Teclado
Edgard Scandurra: Guitarra
Zaba Moreau: Teclado
O Arnaldo deve ser um simpático. Fiz questão de fazer referência à ficha técnica da música (um luxo!), que mostra como todos os grandes artistas gostam de tocar com ele.
E publico a letra de Saiba, que é fantástica.
Saiba
Saiba: todo mundo foi neném
Einstein, Freud e Platão também
Hitler, Bush e Sadam Hussein
Quem tem grana e quem não tem
Saiba: todo mundo teve infância
Maomé já foi criança
Arquimedes, Buda, Galileu
e também você e eu
Saiba: todo mundo teve medo
Mesmo que seja segredo
Nietzsche e Simone de Beauvoir
Fernandinho Beira-Mar
Saiba: todo mundo vai morrer
Presidente, general ou rei
Anglo-saxão ou muçulmano
Todo e qualquer ser humano
Saiba: todo mundo teve pai
Quem já foi e quem ainda vai
Lao Tsé Moisés Ramsés Pelé
Ghandi, Mike Tyson, Salomé
Saiba: todo mundo teve mãe
Índios, africanos e alemães
Nero, Che Guevara, Pinochet
e também eu e você
Ficha Técnica da Faixa
Arnaldo Antunes: Voz
Carlinhos Brown: Marimbaixo, semente descendo da árvore, kalimba, efeitos aéreos
Cézar Mendes: Violão
Dadi Carvalho: Violão de aço e baixo
Daniel Jobim: Teclado
Edgard Scandurra: Guitarra
Zaba Moreau: Teclado
Flores em Você
Fiz algumas aquisições discográficas no Brasil, durante as minhas últimas férias.
Aqui no blog vou mostrar as que valeram a pena.
Uma delas foi o óptimo "Acústico" do Ira!
Conheço pouco do Ira!, mas Flores em Você é um cartão de visita que me permitiu comprar o cd sem qualquer outra referência.
Fica aqui a letra mas, definitivamente, falta a música.
Flores em você
De todo o meu passado
Boas e más recordações
Quero viver meu presente
E lembrar tudo depois
Nessa vida passageira
Eu sou eu, você é você
Isso é o que mais me agrada
Isso é o que me faz dizer
Que vejo flores em você
Aqui no blog vou mostrar as que valeram a pena.
Uma delas foi o óptimo "Acústico" do Ira!
Conheço pouco do Ira!, mas Flores em Você é um cartão de visita que me permitiu comprar o cd sem qualquer outra referência.
Fica aqui a letra mas, definitivamente, falta a música.
Flores em você
De todo o meu passado
Boas e más recordações
Quero viver meu presente
E lembrar tudo depois
Nessa vida passageira
Eu sou eu, você é você
Isso é o que mais me agrada
Isso é o que me faz dizer
Que vejo flores em você
domingo, 10 de abril de 2005
quinta-feira, 7 de abril de 2005
Rota dos Santos: São Crispim
Hoje fui aos Juízos Criminais de Lisboa, nas Escadinhas de São Crispim. Tinha uma Audiência de Julgamento.
Agora os Juízos de Lisboa são numa espécie de Palácio e tudo lá parece um acampamento. Um acampamento que mesmo assim é muito melhor do que a anterior localização dos Juízos, na Rua Pinheiro Chagas. Lá sim, era completamente deprimente.
Estava lá, dando uma revisada no processo, quando o meu constituinte colocou-me uma questão e iniciamos o seguinte diálogo:
"Sotor, tantas pessoas que estão aqui!"
"Pois é, é muita gente."
"Mas isto tudo são pessoas com processos?"
"É isso, todas com processos."
"Mas Sotor, não é só um Juiz que trata de tudo, pois não?"
Agora os Juízos de Lisboa são numa espécie de Palácio e tudo lá parece um acampamento. Um acampamento que mesmo assim é muito melhor do que a anterior localização dos Juízos, na Rua Pinheiro Chagas. Lá sim, era completamente deprimente.
Estava lá, dando uma revisada no processo, quando o meu constituinte colocou-me uma questão e iniciamos o seguinte diálogo:
"Sotor, tantas pessoas que estão aqui!"
"Pois é, é muita gente."
"Mas isto tudo são pessoas com processos?"
"É isso, todas com processos."
"Mas Sotor, não é só um Juiz que trata de tudo, pois não?"
Nova palavra no léxico português
Recebi um e-mail que dizia o seguinte:
O Dicionário da Língua Portuguesa da Academia das Ciências bem como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa acabam de produzir, em conjunto, um verbete sobre um novo vocábulo da língua portuguesa a figurar na próxima edição daquelas duas obras de referência:
Santanice s.m. (2004) 1. Acto ou acção de alguém que acaba sempre por prejudicar outrem e ser também ele prejudicado com esse acto ou acção, sem ter disso consciência disso. 2. Forma de agir inopinada e irresponsável que prejudica toda a gente envolvida directa ou indirectamente na acção, sem que o autor tenha uma consciência absoluta dos consequências dessa acção. Tá bem, pronto, eu volto. 3. Estupidez, parvoíce, inexperiência, irresponsabilidade de grande dimensão, efeito negativo de algo dito ou feito por um inconsciente com poder para o fazer. 4. Um misto de sacanice com trapalhada, ou de sacanagem com trapalhice. Fez-lhe uma santanice. 5. Feitiço, mau olhado. Virou-se a santanice contra o santana (feiticeiro). Etim. Santana + ice.
O Dicionário da Língua Portuguesa da Academia das Ciências bem como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa acabam de produzir, em conjunto, um verbete sobre um novo vocábulo da língua portuguesa a figurar na próxima edição daquelas duas obras de referência:
Santanice s.m. (2004) 1. Acto ou acção de alguém que acaba sempre por prejudicar outrem e ser também ele prejudicado com esse acto ou acção, sem ter disso consciência disso. 2. Forma de agir inopinada e irresponsável que prejudica toda a gente envolvida directa ou indirectamente na acção, sem que o autor tenha uma consciência absoluta dos consequências dessa acção. Tá bem, pronto, eu volto. 3. Estupidez, parvoíce, inexperiência, irresponsabilidade de grande dimensão, efeito negativo de algo dito ou feito por um inconsciente com poder para o fazer. 4. Um misto de sacanice com trapalhada, ou de sacanagem com trapalhice. Fez-lhe uma santanice. 5. Feitiço, mau olhado. Virou-se a santanice contra o santana (feiticeiro). Etim. Santana + ice.
quarta-feira, 6 de abril de 2005
João Paulo II nos deixou
No dia 2 de Abril de 2004, faleceu o Papa João Paulo II.
Não tenho capacidade, nem vontade, nem autoridade para julgar a sua acção.
Por isso apenas faço a menção objectiva de que morreu uma importante figura do Mundo, o líder da mais estável instituição da Terra.
Acaba-se o sofrimento do Papa, que finalmente encontra o descanso merecido.
Não tenho capacidade, nem vontade, nem autoridade para julgar a sua acção.
Por isso apenas faço a menção objectiva de que morreu uma importante figura do Mundo, o líder da mais estável instituição da Terra.
Acaba-se o sofrimento do Papa, que finalmente encontra o descanso merecido.
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