Vi este grande concerto (não temporalmente, mas em qualidade) no Music Box, no dia 18 de Abril.
A criatividade, inovação e poder sugestivo dos Dead Combo são impressionantes. Deve ser uma dupla única e penso que dificilmente se faria algo parecido com pessoas diferentes. Uma cumplicidade única, de duas pessoas únicas, na música que fazem e na indumentária que usam. Criam uma atmosfera algo ultrapassada mas, também por isso, sempre presente no imaginário.
Experimentem ver o nome das músicas e fechar os olhos enquanto ouvem as músicas. É uma música muito visual que de certo modo capta e sintetiza a realidade. São como fotografias.
De Camané ressalto o virtuosismo de um fadista que me faz, quase excepcionalmente, gostar de fado. A grande maioria dos fados e fadistas não conseguem me fazer sentir qualquer atracção pelo género.
Camané é mesmo muito bom e foi interessante vê-lo em acção com os Dead Combo o acompanhando numa música. Para mim este foi um dos pontos altos do show, esta mistura. Ficou bom.
Estranho ficou o Camané com o José Mário Branco, de estilos tão diferentes. O Camané tem aquele vozeirão e o JMB vence pelas ideias e presença em palco. A experiência dos dois cantando juntos fez com que eu guardasse uma imagem de conflito. Por isso mesmo, achei esta iniciativa espectacular, misturando todas estas atmosferas musicais.
Nunca tinha visto José Mário Branco ao vivo. Ele tem muitas coisas para contar. O que ele não conta ou não opina através da música de intervenção, opina pessoalmente no intervalo das músicas. Histórias (com “H” no início, porque não são ficções) da resistência, da perseguição, do 25 de Abril, da liberdade, do começar de novo, mas, hoje em dia, contadas com um certo desapontamento e desilusão.
Ele tem razão. Abril está meio esquecido, apesar de podermos fazer tantas coisas e ter liberdade para isso. Mas é claro que não pode ser só isso.
A criatividade, inovação e poder sugestivo dos Dead Combo são impressionantes. Deve ser uma dupla única e penso que dificilmente se faria algo parecido com pessoas diferentes. Uma cumplicidade única, de duas pessoas únicas, na música que fazem e na indumentária que usam. Criam uma atmosfera algo ultrapassada mas, também por isso, sempre presente no imaginário.
Experimentem ver o nome das músicas e fechar os olhos enquanto ouvem as músicas. É uma música muito visual que de certo modo capta e sintetiza a realidade. São como fotografias.
De Camané ressalto o virtuosismo de um fadista que me faz, quase excepcionalmente, gostar de fado. A grande maioria dos fados e fadistas não conseguem me fazer sentir qualquer atracção pelo género.
Camané é mesmo muito bom e foi interessante vê-lo em acção com os Dead Combo o acompanhando numa música. Para mim este foi um dos pontos altos do show, esta mistura. Ficou bom.
Estranho ficou o Camané com o José Mário Branco, de estilos tão diferentes. O Camané tem aquele vozeirão e o JMB vence pelas ideias e presença em palco. A experiência dos dois cantando juntos fez com que eu guardasse uma imagem de conflito. Por isso mesmo, achei esta iniciativa espectacular, misturando todas estas atmosferas musicais.
Nunca tinha visto José Mário Branco ao vivo. Ele tem muitas coisas para contar. O que ele não conta ou não opina através da música de intervenção, opina pessoalmente no intervalo das músicas. Histórias (com “H” no início, porque não são ficções) da resistência, da perseguição, do 25 de Abril, da liberdade, do começar de novo, mas, hoje em dia, contadas com um certo desapontamento e desilusão.
Ele tem razão. Abril está meio esquecido, apesar de podermos fazer tantas coisas e ter liberdade para isso. Mas é claro que não pode ser só isso.
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