sexta-feira, 29 de agosto de 2008

(Relativo) novo aspecto do Blog

Vá-se perceber a razão, fiz estas alterações no layout da Aldeia, um pouco em função daquela imagem ali em cima - com o outro modelo era impossível colocá-la.
Agora é ver se eu me sinto contente com aquilo ali, ou se prefiro o anterior modelo, mesmo sem a dita.
Pode ser só o costume, mas tudo está fazendo um pouco de confusão na minha cabeça. Indício disso é eu ter usado o máximo de cores parecidas com o outro modelo.
Enfim, vamos ver se isso resulta.
O que vale é que na vida nada tem de ser definitivo. Por isso, vamos dar um tempo e ver se agrada ou não a mim e à meia dúzia de leitores do blog este novo look.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

228

A fronteira foi ultrapassada, este é o post 228 de 2008.
A marca de 227 posts, do ano de 2005, fica para trás, é história.
Nunca se tinha escrito, num ano, mais de 227 postagens aqui na Aldeia. E os aldeões estavam ressentidos, inquietos, angustiados e ansiosos. Inclusive o Chefe da Comissão de Números e Estatísticas ameaçou demitir-se, por falta de apoios, nomeadamente, do escritor/autor e argumentista/criativo.
Não se sabe até onde irá a criatividade e motivação na escrita em 2008, mas o certo é que se quebra em Agosto uma marca que necessitou de todo o ano de 2005 para se cumprir e que nunca havia sido possível igualar, ou sequer chegar perto.
Um dia depois dos Jogos Olímpicos é batido o recorde e não é por acaso. Não ficava bem esvaziar a importância de Phelps e Bolt, com seus recordes e medalhas com quase igual importância. E a Aldeia, com espírito esportivo e num sentimento de grande solidariedade para com os Jogos, não queria promover o esvaziamento deste importante evento desportivo, desviando as atenções de Beijing para a Aldeia Blogal.

Pisar a fronteira

Como estou pisando uma fronteira, devia elaborar aqui um pedido de visto. Dependendo do local de destino e de origem e do meu nível de rendimentos, eu teria maior ou menor dificuldade em obter a autorização de ultrapassá-la.
Por sorte, nada destas coisas são aqui necessárias, porque na Aldeia Blogal quem quer ultrapassar uma fronteira é sempre bem vindo e sempre convidado a tentar melhorar. E o primeiro contacto não é caracterizado pela suspeição ou discriminação. O primeiro contacto é o da amizade e o da hospitalidade.
Aqui também não afogamos as pessoas em procedimentos e burocracias inúteis e demoradas, que apenas propiciam o desespero e a não regularidade.
Posto isto, vamos lá pisar bem pisada esta fronteira, com confiança e de cabeça erguida, para ultrapassá-la logo de seguida.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Em 9 ou Ladrões de Bicicletas

Se eu fosse esperto dividia o post anterior em 9, o que ia ser muito importante e decisivo para as estatísticas da Aldeia.
Por outro lado, um post tão grande pode rivalizar com as postagens do Ladrões de Bicicletas...

Notas sobre POA - tópicos

Centro de Porto Alegre:
odiado por muitos, mas cheio de fãs, entre eles eu. lojas de música, livrarias, livros em segunda mão. gente, gente, gente. rio. candidatos à prefeitura na esquina democrática.
Noite:
- Boteco do Natalício - e as placas, amigos, placas, cervejas brotadeiras e placas;
- Kimik - e os mauricinhos, patricinhas, pessoal bem vestidinho, novinho e perfumadinho. meu primo bruno e aquelas cervejas, que ficaram tão zangadas quando se encontraram com a vodka - céus, fazia tempo que não sentia a cerveja tão zangada assim;
- Preto Zé - na João Alfredo. música ao vivo, pop brasileiro. fê que me levou. que sorte que me convenceu;
- Jantares com primos - com muito vinho chileno, sempre.
Pastelaria/Café:
- Confeitaria Princesa - conheci por acaso, na andradas, enquanto corria atrás de um expresso bom (que encontrei). também havia fatias de torta a preços proibitivos (que me proibi experimentar) e o cachorro quente premiado (que também não experimentei, mas que li na parede o certificado);
- Pastelaria Mateus - na Borges, que maravilha, expresso bom, bolinho de batata, café da manhã bom, eu saindo da casa do caco;
- Confeitaria Maomé - só por si um motivo para se viver em POA;
- Mercado - no centro de POA, o melhor café expresso;
- Media Luna - que pensa que está metida no meio de Buenos Aires.
Cultura/Café:
- Livraria do Globo - que desilusão - o que aconteceu à Livraria! - diminuiu drasticamente de tamanho e surgiu um cogumelo em forma de sapataria na porta de entrada;
- Centro Cultural Érico Veríssimo - que está temporariamente sem café, mas não cafezinho, café estabelecimento;
- Casa de Cultura Mário Quintana - que está como sempre bom. almoço com a Mari;
- Santander Cultural - não gostei da exposição Transfer, mas gostei de ir. dá para explicar isso?
Cultura/Cultura:
- Museu Iberê Camargo - que viveu - e morreu - em meu pensamento. mas como pensei tanto nele não podia deixar de pôr aqui. ano que vem irei;
- Usina do Gasômetro - que não entrei, mas vi o pôr do sol com amigões e com um quentão de um bolichinho (que talvez a ASAE tivesse o mau gosto de fechar);
- Sarau elétrico - conheci o ocidente e me encantei com a iniciativa, que tem 9 anos e público.
Parques:
- Parcão - os 45 minutos mais tranquilos e introspectivos de minha estada, olhando o lago, os patos, aquele pássaro, aqueles pombos, inclusive um branco;
- Redenção - e a chuva. postei sobre isso.
Restaurantes:
- Bauru e Cia - e 3 jantares com meu irmão;
- La Pasiva - depois do Batman, aquele peito de frango grelhado, muito bom. atendimento em castelhano, por um uruguaio e o fê querendo me convencer a ir aos bares da João Alfredo;
- Palatus - o rodízio de pizzas;
- Fornão - o rodízio de filés!
Cinema (sim, anos depois fui ao cinema em POA! graças ao fê e às cervejas zangadas):
- Batman - ele não é o BOPE de Gotham?
Porto Alegre:
Porto Alegre.

Nilmar?

Seria uma burrice enorme vender o Nilmar agora que o Inter ganhou bem um jogo, estando (ainda está, sim!) o time numa crise grande, que se instalou exactamente por causa de mil e uma entradas de jogadores.
Eu mandaria o Zaragoza (time da segunda divisão espanhola) pastar. E o Nilmar devia ajudar o Inter e dizer para os caras e para este Orlando da Hora que o que ele quer é o Inter. Ou não quer?
Por outro lado, espero que os dirigentes colorados tenham um mínimo de bom senso.

Dupla gaúcha nas TV´s portuguesas

É uma sorte muito grande poder assistir ao Brasileirão 2008 em casa.
E foi fantástico transmitirem os jogos da dupla gaúcha na quarta e quinta feira, ao vivo (ou em directo, em Portugal)
Melhor ainda foi ter visto a tunda que o Inter deu no Palmeiras (4-1) na quarta e ontem ter visto o Grêmio perder com o Flamengo.
Só coisas positivas, portanto.
Fazia anos que eu não secava um jogo do Grêmio assim, inteirinho. O último acho que tinha sido com o Ajax, quando eles não tiveram competência para ganhar do Ajax a final da Taça Toyota - competição que nunca se entendeu muito bem a legitimidade para decidir campeões do mundo.
Bom, e é óbvio que depois que o Grêmio teve a sua experiência na Segundona não acompanhei muito mais esta equipe. Se em Portugal não acompanho a campanha do Estoril, do Penafiel ou do Leça na segunda divisão, não faria sentido nenhum acompanhar a campanha de uma equipe sem expressão no Brasil.
Vê-se por isso que o Grêmio subiu uns pontos em minha consideração, por ainda estar no topo da tabela do brasileirão há bastantes jogos, estar jogando bem e ontem felizmente iniciando o processo de derrocada e despencamento rápido na tabela. Estou também interessado e curioso em saber como será a reacção da torcida gremista pelo facto de seu time ser o primeiro campeão de um turno (que por si não tem qualquer valor) a não confirmar a vitória no final do campeonato.
Foi um jogo emocionante. Agradeço particularmente ao Souza aquele gol de falta nos últimos minutos, de empate, e todo aquele festejo gremista. Foi realmente muito bom, depois, quando veio a a enorme alegria de ver o Flamengo (equipe pela qual não nutro qualquer simpatia) desfazer a igualdade e a moral gremista.
Assim, espero que continuem jogando bem e que continuem perdendo.
Agora vem o jogo com o Náutico, no Estádio dos Aflitos. Vitória quase certa do Grêmio que guarda boas recordações do lugar, marcante na sua passagem pela Segunda Divisão. Há até um DVD gremista que relata como gostaram de jogar nos Aflitos e como sentiram orgulho de vencer um jogo na Segundona. Gostos.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

13000

A Aldeia chegou às 13000 entradas!
Fazia tempo que eu não escrevia um post destes.

Ouro Portugal

Nelson Évora ganhou a medalha de ouro no triplo-salto.
Já estava muito contente apenas pela medalha de Ouro para Portugal.
Mas ainda estou mais do que muito contente, por infinitas razões, algumas delas identificáveis:
- porque estava torcendo pelo Nelson;
- por Portugal, que tem poucos medalhados com ouro na sua história olímpica;
- pelo atletismo português, que estava imerso em tristeza e desânimo em Pequim, apesar da prata da campeoníssima e fantástica Vanessa Fernandes, a maior triatleta da actualidade;
- porque Nélson é filho da diversidade - tem Évora no nome, é português, filho de cabo-verdeanos, nascido na Costa do Marfim.

Quando?

tenho tanto por ler em casa, livros comprados e que se amontoam nas prateleiras, cheios de amor para dar e eu lhes ligo tão pouco.
parecem filas de um serviço público...
por isso, quando vou às livrarias tenho tentado me conter ao máximo. outro dia já pequei. comprei 3 livros que não sei quando os vou ler.
mas de todas as formas são um bonito enfeite, por enquanto.
* escrito a propósito de "a voragem dos livros III" postado n'A Outra Voz.

A moral

Um dos aspectos mais negativos da existência humana é o moralismo.
Se o mesmo já é mau por si só, pior é aquele que é manifestado por quem não tem a moral que exige dos outros.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Porto Alegre lembrada em Lisboa: Boteco do Natalício

Boteco do Natalício: o bar do reencontro com os amigos e amigas da infância.
Uma das atracções do Boteco são as placas (neste link há alguns exemplos) que o mesmo ostenta, como a que diz: Proibido Entrar Bêbado, Sair Pode. E de facto, é difícil resistir ao chopp que vai brotando na mesa. Quando o copo vai esvaziando, chega um novo e é preciso ter força para convencer o garçon a ter calma.
O Boteco, durante as minhas férias teve a honra de ser considerado o Boteco Bohemia 2008 de Porto Alegre, graças à sua Costelinha com Mel, ao seu atendimento e ao melhor ritual de servir Bohemia. Ganhou em todas as categorias.
Neste concurso dei 10 a tudo. Ao ritual, à costelinha e ao simpático Márcio, garçon do Boteco. O 10 não sei se era merecido pela costelinha, mas o Boteco em si merecia a melhor consideração.
E com tanto Chopp é possível julgar com imparcialidade?

Posts de 5 páginas

Acabam de dizer-me que, com tanta escrita aqui vertida, ainda poderei candidatar-me a um lugar no blog Ladrões de Bicicletas.

Beijing 2008: algumas notas II

Não quis, propositadamente, misturar "dinheiro" com o post anterior.
Há por aí um discurso de que o nosso dinheiro tem sido mal gasto com os atletas olímpicos, que não nos trazem as medalhas de volta. Investe-se, põe-se as moedas e as máquinas não dão os bonecos.
Até admito que pode haver abusos. Sabe-se muito (ou pouco) acerca do dinheiro investido no futebol.
Retomando, feliz estaria eu, se soubesse que meu dinheiro para os impostos estivesse servindo para o desporto. Mas desporto a sério. Não financiando esta indústria do futebol que temos. (E atenção que eu adoro futebol)
Seria tão bom saber que estava financiando o desporto escolar, ou nas Universidades. Ou espaços públicos para a prática do desporto, abertos a todos, com diferentes modalidades.
Enfim, qualquer coisa que fosse útil ao crescimento das pessoas.
No futuro iria haver mais medalhas.

Beijing 2008: algumas notas

Nos jogos olímpicos competem os melhores dos melhores. Todos estão a procura do mesmo: a sua superação.
Para uns, superar-se é chegar em primeiro. Para outros é ganhar 8 medalhas de Ouro. Ainda para outros, superar-se é ganhar uma medalha qualquer, ou passar de uma qualificação. Ou ficar perto de qualificar-se, com melhor tempo do que tinha.
Com este nível competitivo é completamente normal que nem toda a gente ganhe e é normal que o participar na prova já seja uma vitória, para países que investem menos em desporto (ou que investem só no futebol).
Na verdade, apesar de toda esta pressão das medalhas, que certamente é milenar, os jogos não são provas isoladas, em que se chega ali e como que por milagre as coisas vão ao sítio e faz-se, por acaso, melhor do que os outros. E pior, há apenas 3 medalhas para dezenas de candidatos às mesmas, com o detalhe de umas valerem mais do que as outras.
Mas, apesar de não ser uma prova isolada em termos de condição de vitória, em si mesmo os jogos são isolados das outras provas. Por isso, o que se passa ali não é um resumo ou uma síntese do que se vem passando ao longo do ano. O primeiro do ranking, ou o que tem a melhor marca, ou o que tem maior regularidade, pode não conseguir ser o primeiro, o segundo ou mesmo o terceiro nos jogos. Poderá falhar, por um qualquer motivo ou sem qualquer explicação aparente.
Enfim, relato aqui uma série de banalidades, um monte de coisas que é só raciocinar e se chega lá, porque parece que o bom senso está absolutamente afastado destes jogos, pelo menos na comunicação social. É difícil entender tanto destrutivismo e falta de solidariedade. "Eles" falharam, "eles" não se corrijem, "eles" que mesmo com o nosso dinheiro pisam a raia, não acertam no alvo e correm devagar.
Não sei se ainda se lembram? "O importante é participar". Céus, como ouvi isso. Claro que um atleta quando está lá dentro ou logo que sai de uma prova tem um certo direito ao "mau perder", com os limites impostos pelas regras do jogo. Depois de algum tempo, que não convém ser muito, até pela sanidade mental do atleta, a prova vai ser esquecida (ou parcialmente esquecida, valendo como experiência) pois há mais desafios pela frente.
Agora ficarem buzinando nos ouvidos de quem competiu considerações acerca das suas intenções ou da sua seriedade nas provas é inqualificável.

7:40

Texto para o blog EXIE, que aqui transcrevo.
Nos poucos dias (sei que isso é muito subjetivo) em que estive em Porto Alegre tive vontade de ir ver o IE por dentro. Ir lá visitar.
Não fui.
Passava todos os dias por ele ao longo da Osvaldo Aranha, numa Lotação Ipiranga-PUC. Mas parece que sempre que eu pensava em descer ali, o motorista acelerava o micro-ônibus como o Emerson Fittipaldi. E íamos nós pelo túnel rapidamente.
Desde 1988, ano em que vim para Portugal, nunca mais passei da porta da frente e tive o prazer de ver o IE. Se bem que me contaram (Carlos ou Rafa, já não sei) que o nosso pavilhão esportivo está um desastre. Fechado e tudo.
Enfim, tenho um saudosismo enorme por aquela época, por aqueles corredores e talvez, com toda esta distância, recorde com carinho até um ano em que entravamos cedíssimo da manhã. Nem sei se não era às 7:40.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

O lado bom do fim das férias

Depois de 3 semanas parado, vamos lá começar com isso outra vez.

EXIE

Surgiu um novo blog na internet, de ex-alunos do Instituto de Educação General Flores da Cunha, ano 83-84-85.
Os alunos destes anos são muito famosos, encontrando-se dispersos por várias regiões do Planeta, do Brasil e bairros de Porto Alegre.
Por haver centenas de milhares de interessados em conhecer, fica aqui o endereço: http://exie.blogspot.com/.
Poderá ser difícil acessar, tamanho é o número de pessoas que têm entrado no site.

Assunto: canhotos dos cartões de embarque

Que se saiba - os cartões de embarque têm vários elementos.
Uns são canhotos, outros são destros e outros - raros - jogam com os dois pés.
Os canhotos são os mais famosos, sem dúvida.
É só lembrar que, normalmente, depois de uma viagem, as entidades organizadoras solicitam o "envio" dos canhotos. Querem eles. Não podem ficar para você! Este facto revela o que é óbvio.
E o que é óbvio é que os canhotos dos cartões de embarque são muito melhores do que os destros dos mesmos. Por isso ninguém os quer longe. Imagine-se sem um canhoto do cartão de embarque enquanto viaja. Não sente uma certa preocupação no momento de recolher a bagagem? Ou para trocar os pontos das milhagens? Ou quando vai comprar um Whisky ou perfume no Free Shop? Há milhares - sem exagero - de exemplos que demonstram como os canhotos dos cartões de embarque fazem falta na vida de uma pessoa. Talvez milhões.
Há mesmo quem os compare a Rivelino. Há quem chame o seu, carinhosamente, de "canhotinho de ouro" (ou algum outro metal valioso). Na verdade, o canhoto só passa a ser "de papel" quando se perde. E a indignação da pessoa se verte num: "viram o papelzinho da passagem"? Quando o canhoto vira papelzinho, o negócio está feio.
É, os canhotos são os melhores. Inclusive está a ser ultimado um site sobre os melhores momentos dos canhotos dos cartões de embarque, em breve disponível aqui: http://canhotosdoscartoesdeembarque.com/ (como podem ver ainda está fora do ar, mas é por uns dias).
Sendo certo que ninguém quer saber dos "destros dos cartões de embarque" para nada, peço que se alguém conhecer algum caso em que uma empresa tenha solicitado os mesmos, escreva contando o facto.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

3 meses e uma declaração de princípio

Regressado a Lisboa, entrego a declaração que devia ter sido enviada há 3 meses.
Tudo vai se acomodando no seu lugar.
Minha mesa continua cheia de tralhas. Quero começar a abater toda esta papelada.
Há um sol enorme e quente lá fora.
Lisboa continua charmosa e convidativa.
Incrivelmente ainda não toquei um acorde sequer, desde que estou aqui. Se a mais importante "tarefa" não foi feita em 3 dias de solo português, como quero entregar qualquer coisa dentro do prazo?

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

BES II

Lamentável iniciativa da dupla. Ocasionaram uma situação que, se já de si é ultrajante, teria, obrigatoriamente, um desfecho dramático.
Felizmente não foi dramático, dentro de hipóteses ainda bem piores, para os reféns.
Agora, terapia para todos nós que queremos uma sociedade justa e em paz. E, nesta parte, além de dizer livre de crimes, relaciono com o post anterior: sem que os justos paguem pelo pecador.

BES

Como é importante reconhecer factos e nunca generalizar. Não fazer o justo pagar pelo pecador.
Não julgar um povo por poucas pessoas. Não julgar qualquer pessoa pelos actos de outras.
Acredito no bom senso.
Às vezes manda-se uma boca dali, outra daqui, mas sabe-se o que está certo e o que está errado.
É lamentável, à mesma, as bocas. Mas depois, creio, ou quero crer, que quando as coisas serenarem, as pessoas raciocinarão.
Acredito que é assim. Quero acreditar. Por isso recuso-me a ler, procurar e esmiuçar exemplos de generalizações. Talvez por não as ter vivido em directo. Talvez.
Aguardemos a bonança, que trará, tão-só e apenas, a verdade.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Rumo do Sol

Apesar de ter muita informação para dar, o que me valerá muitos posts sobre as férias, o certo é que não há nada a fazer. É preciso caminhar um pouco mais no chão de Porto Alegre e, talvez no regresso a Lisboa, em casa, terei o gosto de escrever as coisas que fiz por aqui.
E, lamentavelmente, infelizmente, tragicamente, para tristeza minha, estas férias vão dando seus últimos suspiros.
Nada mais resta do que tomar o rumo do Sol (nesta semana o tempo comportou-se) e ir aproveitar um pouco mais da capital gaúcha.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

domingo, 3 de agosto de 2008

Podia ser muito melhor

Passado mais de um ano sobre a entrada em vigor da nova Lei de Imigração, dos 56000 imigrantes que se candidataram à regularização em Portugal, apenas 12000 alcançaram o título de residência que lhes reconhece o seu contributo para o país. E que permite a estes trabalhadores a saída da irregularidade laboral e o poder prestar a sua actividade profissional com dignidade e direitos. Podia ser tanto mais. Podia ser tão melhor. Era tão fácil integrar estes trabalhadores e tirá-los a todos da clandestinidade das suas vidas.
Porque não possibilitar o trabalho com direitos a estas pessoas?
Há quem ache que o índice de 21 % de deferimentos às candidaturas ao art. 88.º, n.º 2 da Lei de Imigração é, para já, suficiente. Mas é pouco.
Como ficam os 79% que estão de fora? Serão esquecidos?
A directiva da vergonha tem este tipo de influências. De repente, o pouco até parece muito, se se abusar da comparação com outros países, ou se se comparar com as maldades que serão possíveis fazer quando se puder aplicar a directiva, este diploma que significa um retrocesso tão grande.
Para não falar do contigente que pretendem aplicar aos imigrantes. Apenas 8500 trabalhadores por conta de outrem se poderão regularizar, por ano. Quando se diz que há quase 100 mil não regularizados e destes 56000 pessoas que demonstram que tem um trabalho (a candidatura ao processo do art. 88.º n.º 2 implica obrigatoriamente apresentar um prova de trabalho) é um contingente manifestamente pequeno, irrisório e uma resposta frágil ao drama dos trabalhadores imigrantes não regularizados.
Na verdade, na prática, no mundo do trabalho, quando há 56000 pessoas integradas em empresas ou a trabalhar para alguém, isso é sinal de que estão sendo necessárias. Não há outra interpretação satisfatória, a não ser interpretações que colocam os trabalhadores imigrantes sob suspeita e que são inaceitáveis para um país com tradições humanistas face às migrações, como é Portugal, um país que há mais de um século tem os seus trabalhadores viajando pelo mundo e ajudando outros países a crescer.