Foi um sucesso a Concentração/Manifestação pela legalização dos imigrantes na Europa, ocorrida hoje, no Largo Camões pelas 15.00.
Estiveram representadas mais de 40 associações.
Nunca tinha se visto tanta unanimidade em torno de um tema tão importante. Isto, apesar de haver um grande esforço do governo português em dividir a comunidade imigrante.
Lá se demonstrou como é bom andarmos todos a puxar para o mesmo lado.
Vou publicar aqui a nota à comunicação social que me poupa de explicar tudo e foi muito bem feita e trabalhada.
NOTA DE IMPRENSA
CONCENTRAÇÃO PELA LEGALIZAÇÃO DOS IMIGRANTES
As organizações abaixo assinadas (Associações de Imigrantes, de Solidariedade, Sindicatos, Organizações Religiosas entre outras) estão preocupadas com o ambiente de rejeição crescente dos imigrantes em Portugal. Responsabilizamos algumas forças políticas e Comunicação Social por esta situação que, contra as indicações de estudos científicos sérios, continuam a ligar indevidamente a imigração com o aumento do desemprego e da criminalidade.
Preocupa-nos ainda o carácter excessivamente securitário da legislação produzida pelo governo, em particular, o poder conferido ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a inoperância da Inspecção Geral do Trabalho (IGT/IDCT) para lidar com o fenómeno migratório.
As medidas anunciadas no dia 19 de Janeiro pelo governo, no âmbito da regulamentação do DL 34/03 deixam-nos apreensivos. Porém, são um incentivo para que os imigrantes, as entidades que os apoiam e todos os cidadãos portugueses que assim o entenderem, se mobilizem e lutem por uma integração dos imigrantes com direitos, deveres e cidadania plena.
Os imigrantes são fundamentais para a sociedade portuguesa, bem como para os outros países da U.E.. O seu contributo para o enriquecimento cultural, económico, social e demográfico de Portugal é demonstrado quer na vida das empresas, bairros, escolas e comunidades, quer em estudos científicos de várias universidades nacionais e estrangeiras. A Dignidade dos homens e mulheres imigrantes e suas familias, tal como de todos os seres humanos, é fundamental ser efectivada no quotidiano através da sua legalização e no respeito pelos direitos laborais, sociais e de cidadania, entre muitos outros.
Por isso tudo, reivindicamos:
" Legalização dos imigrantes que vivem e trabalham em Portugal até à data da publicação da lei;
" A igualdade de condições de trabalho, tratamento e de direitos sociais;
" Protecção para as crianças filhas de imigrantes, independente da sua situação legal;
" Assistência médica para todos os imigrantes, regularizados ou não;
" Medidas de protecção legal, de apoio psicológico e estruturas de reinserção social para os imigrantes, sobretudo mulheres, vítimas de tráfico humano para fins laborais ou exploração sexual;
" Criação de mecanismos que impeçam que alguém seja despejado da sua habitação, sem que lhe seja proposto uma alternativa condigna;
" Travar a onda crescente de xenofobia face à comunidade cigana através da legalização, entre outras medidas, do estatuto de mediadores sócio-culturais e venda ambulante;
" Tornar expedito o processo de reagrupamento familiar para todos os imigrantes com estadia legal em Portugal;
" Simplificar e agilizar o processo de legalização e de emissão de vistos para que os prazos estabelecidos para cada um dos órgãos do Estados (SEF - IGT/IDICT - IEFP - Consulados, etc.) sejam cumpridos;
" Desburocratização do processo de regularização dos imigrantes brasileiros, no âmbito do Acordo de 11 de Julho de 2003, que até ao momento só concedeu cerca de 100 Vistos de Trabalho num universo de 31.500 trabalhadores, devido às exigências excessivas impostas pelo Estado português;
" Viabilizar o direito à cidadania política;
" Ratificação por parte de Portugal da Convenção Internacional sobre a "Protecção dos Direitos dos Trabalhadores Migrantes e seus Familiares" da ONU, em vigor desde 1 de Julho de 2003.
Por tudo isso, convocamos uma CONCENTRAÇÃO PARA O DIA 31 DE JANEIRO, ÀS 15 HORAS NO LARGO LUIS DE CAMÕES (Lisboa), em simultâneo com outras manifestações levadas a efeito por toda a Europa nesse dia em que se assinala a "Jornada Europeia pela Legalização de todos os Imigrantes", no âmbito do protesto convocado pela Assembleia de Movimentos Sociais do Fórum Social Europeu realizado em Paris.
sábado, 31 de janeiro de 2004
terça-feira, 27 de janeiro de 2004
Queria ver o que vês
When I Look At The World
When you look at the world
What is it that you see?
People find all kinds of things
That bring them to their knees
I see an expression
So clear and so true
That it changes the atmosphere
When you walk into the room
So I try to be like you
Try to feel it like you do
But without you it's no use
I can't see what you see
When I look at the world
When the night is someone elses
And you're trying to get some sleep
When your thoughts are too expensive
To ever want to keep
When there's all kinds of chaos
And everyone is walking lame
You don't even blink now, do you
Or even look away
So I try to be like you
Try to feel it like you do
But without you it's no use
I can't see what you see
When I look at the world
I can't wait any longer
I can't wait till I'm stronger
Can't wait any longer
To see what you see
When I look at the world
I'm in the waiting room
Can't see for the smoke
I think of you and your holy book
While the rest of us choke
Tell me, tell me, what do you see?
Tell me, tell me, what’s wrong with me
Música: U2
Álbum: All that you can't leave behind
When you look at the world
What is it that you see?
People find all kinds of things
That bring them to their knees
I see an expression
So clear and so true
That it changes the atmosphere
When you walk into the room
So I try to be like you
Try to feel it like you do
But without you it's no use
I can't see what you see
When I look at the world
When the night is someone elses
And you're trying to get some sleep
When your thoughts are too expensive
To ever want to keep
When there's all kinds of chaos
And everyone is walking lame
You don't even blink now, do you
Or even look away
So I try to be like you
Try to feel it like you do
But without you it's no use
I can't see what you see
When I look at the world
I can't wait any longer
I can't wait till I'm stronger
Can't wait any longer
To see what you see
When I look at the world
I'm in the waiting room
Can't see for the smoke
I think of you and your holy book
While the rest of us choke
Tell me, tell me, what do you see?
Tell me, tell me, what’s wrong with me
Música: U2
Álbum: All that you can't leave behind
segunda-feira, 26 de janeiro de 2004
Miklos
Jogo nos descontos.
Cartão amarelo.
Sorriso.
O jogador cai.
Nunca mais se levanta.
E o Euro e os estádios de repente ficaram tão insignificantes.
Cartão amarelo.
Sorriso.
O jogador cai.
Nunca mais se levanta.
E o Euro e os estádios de repente ficaram tão insignificantes.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2004
Este gajo é maluco
Pobre de nossa curta, condensada e única vida se não tirarmos dela só coisas boas.
Julgo que a nossa tarefa está facilitada.
A nós todos cabe a simples e singular tarefa de sermos redutores e restritivos.
Com a facilidade de ver tudo só por uma perspectiva.
Com o conforto de só guardar as fotografias que nos interessam.
Enfim, apenas defendendo uma parte no grande tribunal de nossos corações: a melhor.
Julgo que a nossa tarefa está facilitada.
A nós todos cabe a simples e singular tarefa de sermos redutores e restritivos.
Com a facilidade de ver tudo só por uma perspectiva.
Com o conforto de só guardar as fotografias que nos interessam.
Enfim, apenas defendendo uma parte no grande tribunal de nossos corações: a melhor.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2004
Ao trabalho
Depois dos excessos dos feriados de Natal e Ano Novo, o trabalho chega, para nos fazer descansar.
Deve ser para isso que as férias servem.
Para ver que podemos nos cansar ainda mais do que em tempo de trabalho!
Deve ser para isso que as férias servem.
Para ver que podemos nos cansar ainda mais do que em tempo de trabalho!
sábado, 10 de janeiro de 2004
Skap
quando você pinta tinta nessa tela cinza
quando você passa doce dessa fruta passa
quando você entra mãe-benta amor aos pedaços
quando você chega nega fulô boneca de piche
flor de azeviche
você me faz parecer menos só
menos sozinho
você me faz parecer menos pó
menos pozinho
quando você fala bala no velho oeste
quando você dança lança flecha estilingue
quando você olha molha meu olho que nao crê
quando você pousa mariposa morna lisa
o sangue encharca a camisa
quando você diz o que ninguém diz
quando você quer o que ninguém quis
quando você usa lousa para que eu possa ser giz
quando você arde alardeia sua teia cheia de ardis
quando você faz a minha carne triste quase feliz
Letra e música: Zeca Baleiro
quando você passa doce dessa fruta passa
quando você entra mãe-benta amor aos pedaços
quando você chega nega fulô boneca de piche
flor de azeviche
você me faz parecer menos só
menos sozinho
você me faz parecer menos pó
menos pozinho
quando você fala bala no velho oeste
quando você dança lança flecha estilingue
quando você olha molha meu olho que nao crê
quando você pousa mariposa morna lisa
o sangue encharca a camisa
quando você diz o que ninguém diz
quando você quer o que ninguém quis
quando você usa lousa para que eu possa ser giz
quando você arde alardeia sua teia cheia de ardis
quando você faz a minha carne triste quase feliz
Letra e música: Zeca Baleiro
sexta-feira, 2 de janeiro de 2004
Novos tempos
Navegar Impreciso
A Pátria - Avó se volta sem memória
de todos estes anos de amor
Um amor sem beijo e sem resposta
responde agora a uma nova sedução
Teus Joaquins, teus açougueiros, filhos de uma mãe - avó
os bons e os maus tratos que eu te dei
Sucumbem com tamancos, camisetas sob a lei
que ouviste a nova - velha Europa te ditar
E voltas tuas costas para mim
voltas tuas costas para o mar
Prás tuas conquistas, pro teu navegar
prá tua cruz de malta sobre o azul
Um dia foste forte e generosa
mas hoje tua memória não tem sul
Não é porque já não se usa navegar
e nem é por tua idade, eterna sois
Mas nunca mais a nossa velha intimidade
o sabor inigualável dos teus pães
Letra: Herbert Vianna
Música: Paralamas do Sucesso
A Pátria - Avó se volta sem memória
de todos estes anos de amor
Um amor sem beijo e sem resposta
responde agora a uma nova sedução
Teus Joaquins, teus açougueiros, filhos de uma mãe - avó
os bons e os maus tratos que eu te dei
Sucumbem com tamancos, camisetas sob a lei
que ouviste a nova - velha Europa te ditar
E voltas tuas costas para mim
voltas tuas costas para o mar
Prás tuas conquistas, pro teu navegar
prá tua cruz de malta sobre o azul
Um dia foste forte e generosa
mas hoje tua memória não tem sul
Não é porque já não se usa navegar
e nem é por tua idade, eterna sois
Mas nunca mais a nossa velha intimidade
o sabor inigualável dos teus pães
Letra: Herbert Vianna
Música: Paralamas do Sucesso
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